Todas as histórias têm os seus segredos… E todos os mistérios têm os seus motivos. Na noite de 3 de dezembro de 1926, após uma discussão com o marido, Agatha Christie deu um beijo no rosto da sua filha, Rosalind, que deixou depois aos cuidados de uma criada de quarto na sua mansão em Sunningdale, na fronteira do Surrey com o Berkshire, e saiu de casa. Estaria desaparecida durante os 11 dias seguintes, num acontecimento que espantou o mundo e que permanece até hoje como o episódio mais misterioso da vida da autora – as únicas palavras que se lhe podem atribuir a este propósito são: «Não me consigo lembrar de nada.»
Com o livro O Caso Christie, que a Bertrand Editora publica, Nina de Gramont oferece-nos agora uma explicação através das possibilidades, encantadoras, que apenas um romance – um dos melhores romances – permite. Uma história dentro da história, que sendo uma recriação brilhante, imersiva e refrescante do desaparecimento, é muito mais do que isto. É sobre a forma como situações-limite – a dor e a vingança – podem alterar irreversivelmente o nosso carácter e desejos. É sobre a resistência insuperável de duas mulheres que não deixam pedra sobre pedra num mundo de homens. É sobre personagens extraordinárias numa época de glamour e paixão irrepetíveis. É sobre uma jovem disposta a fazer tudo ao seu alcance para repor a verdade. Custe o que custar.
Sobre a Autora
Nina de Gramont vive com o marido e a filha na costa da Carolina do Norte, em cuja
Universidade da Carolina do Norte-Wilmington leciona o curso de Escrita Criativa. O
seu mais recente romance, O Caso Christie, tornou-se um enorme sucesso
internacional. O famoso desaparecimento de Agatha Christie durante 11 dias
fascinou Nina, e a recusa da rainha do crime em dizer uma palavra sobre o episódio
sempre a deixou intrigada: como não adorar que a maior mestre no solucionar de
mistérios tenha conseguido manter o seu para sempre por desvendar?