De 16 a 23 de outubro, a vida e obra de Ana Luisa Amaral será celebrada em Penafiel na Escritaria. Penafiel prestará assim homenagem a um grande nome da poesia, que infelizmente nos deixou recentemente, mas cuja marca de excelência literária estará sempre connosco.
Depois de Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Mário Cláudio, Alice Vieira, Miguel Sousa Tavares, Pepetela, Manuel Alegre, Mário Zambujal e Germano Almeida, Penafiel prepara-se para contaminar as suas ruas em torno da Vida e Obra de Ana Luísa Amaral.
A cidade de Penafiel voltará a estar “contaminada” com literatura em todos os cantos e recantos e das mais variadas formas. Além da transformação habitual, da cidade, em torno da escritora homenageada e da sua obra – com alusões nas montras, exposições, arte de rua, teatro, música e apresentação de livros - a Escritaria contará ainda com algumas surpresas em torno da obra de Ana Luisa Amaral.
Apesar de esta ser a primeira edição da Escritaria em formato de homenagem póstuma, Penafiel irá inaugurar quer a silhueta da escritora, quer uma frase que marca a cidade para memória futura, a par com os anteriores homenageados.
Para Antonino de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, “Ana Luisa Amaral construiu ao longo da sua vida uma obra singular e prestou um serviço de excelência à língua e à literatura Portuguesa, motivos que nos levaram a manter a homenagem, como previsto, à sua vida e obra, apesar de nos ter deixado recentemente. Esta será uma edição, estou certo, repleta de emoções que procurará ser uma grande homenagem à autora”
Sobre a Autora
Ana Luísa Amaral ensinou na Faculdade de Letras do Porto e doutorou-se sobre Emily Dickinson. É autora de mais de duas dezenas de livros de poesia e livros infantis, e traduziu diversos autores para a nossa língua, como John Updike ou Emily Dickinson. A sua obra encontra-se traduzida e publicada em vários países, tendo obtido diversos prémios, de que destacamos o Prémio Literário Correntes d'Escritas, o Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi ou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. Em outubro de 2020, foi galardoada com o Prémio Literário Espanhol Leteo. Em novembro do mesmo ano foi-lhe atribuído o Prémio Literário Vergílio Ferreira pela totalidade da sua obra. Em maio de 2021, foi galardoada com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana, atribuído pelo Património Nacional Espanhol e pela Universidade de Salamanca, pelo seu contributo para o património cultural do espaço ibero-americano; no mesmo ano, recebeu o Prémio Literário Francisco de Sá de Miranda. Escuro (2014), E Todavia (2015), What’s in a Name (2017), Ágora (2019), Mundo (2021) e a antologia O Olhar Diagonal das Coisas (2022) são os seus títulos publicados pela Assírio & Alvim.