São 267 anos que nos separam da cidade de Lisboa tal como era antes da tragédia que decorreu a 1 de novembro de 1755, o dia que ficou marcado para sempre na história, não só de Portugal, mas da Europa e até do Mundo. Um dia que influenciou, profundamente, disciplinas tão distintas como a Filosofia, a Ciência ou a Arte.
O Quake – Centro do Terramoto de Lisboa é o espaço dedicado a este evento sísmico, que visa contar, através da combinação de história, ciência e entretenimento, o que foi este trágico desastre natural, assinalando esta data no mês de novembro e procurando mostrar o impacto e as consequências - económicas, sociais e políticas - que este tipo de eventos podem ter nos locais onde ocorrem, mas também como se perpetuam e contribuem para alterar o curso da história das diferentes geografias e comunidades que envolvem.
O Quake pretende, também, tornar novembro no mês que assinala a consciencialização para os terramotos e atividade sísmica no nosso País, com especial foco no marcante acontecimento de 1755. Para que os portugueses façam parte deste momento e assinalem esta data no dia e sítio certo, o Quake preparou um conjunto de sessões, a decorrer no dia 1 de novembro, que, transformadas numa experiência única, com atores que dão vida às personagens do século XVIII, ao som de música da mesma época tocada ao vivo, vão transportar todos para o trágico dia em que Lisboa tremeu e quase desapareceu.
Este acontecimento tornou-se num marco para a história da cidade, não só pelo impacto que teve na sua geografia, com a reconstrução da zona da Baixa, mas também pela mudança de pensamento quase radical para a altura, que passou a moldar a sociedade. Assim, e de forma a preencher todo o mês de novembro, estão preparadas um conjunto de iniciativas e atividades que vão ser desenvolvidas pelo Quake, com o objetivo de tornar mais reais e evidentes os acontecimentos desta data.
Para Ricardo Clemente e Maria Marques, fundadores do Quake – Centro de Terramoto de Lisboa, “novembro é o mês de eleição no Quake para, mais do que apenas alertar para o aniversário do grande Terramoto de Lisboa, fazermos de todos os dias do mês, momentos de consciencialização para os fenómenos sísmicos em Portugal, de uma forma pedagógica e preparando todos os que ainda não têm consciência do que deve ser feito numa situação de catástrofe como esta. Queremos relembrar e reforçar a importância do dia que mudou o mundo, através de momentos ainda mais especiais, que o tornam numa referência para a sensibilização de um tema que consideramos fundamental”.
A todos aqueles que querem garantir a sua entrada na Lisboa de 1755 para aprender mais sobre o Grande Terramoto, os preços variam entre os 29€ (bilhete normal) e os 24€ (preço por bilhete para um grupo de mais dez pessoas).
Além das já referidas sessões especiais no Quake, será organizada uma feira do livro temática, em parceria com a Junta de Freguesia de Belém, com títulos alusivos a temas de interesse dentro da temática terramoto – da ciência à gastronomia, da história à arquitetura -. Contando com palestras, sessões de autógrafos e formações, a feira decorrerá entre 12 e 20 de novembro no Terreiro das Missas, em Belém.
No âmbito desta efeméride, será lançado um jogo no Instagram que nos transporta de volta a 1755 e nos coloca uma simples questão: “Se lá estivesse, como é que teria vivido o terramoto de 1755?”.
Esta foi a premissa que levou o Quake a criar o Dia Inesperado. Um jogo interativo no Instagram, que nos coloca na pele de Manuel Queiroz, um lisboeta que tenta escapar ao terramoto que devastou Lisboa.
Através de escolhas que nos levam entre várias páginas de Instagram, somos desafiados a tomar decisões que podem ser a diferença entre sobreviver, ou não, a este terrível acontecimento que mudou a cidade, o país e o mundo.
Este jogo, concebido pela NOSSA™, tem 15 níveis, 27 páginas e 41 escolhas possíveis, numa experiência interativa que junta diversão e conhecimento de uma forma...inesperada.
Todas as informações vão sendo divulgadas através das redes sociais da experiência, assim como no site oficial - lisbonquake.com. O Museu está preparado para receber pessoas de várias idades, no entanto, a sua experiência não é permitida a menores de seis anos. As visitas devem ser agendadas, para assegurar o dia/hora mais desejado.