Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
Flight Risk - Voo de Alto Risco
Madolyn, uma oficial da Força Aérea norte-americana, tem como missão escoltar um criminoso que será testemunha-chave num julgamento que envolve tráfico de estupefacientes. A viagem aérea sobre as vastas paisagens do Alasca e com o prisioneiro devidamente algemado prevê-se sem incidentes. Até Madolyn se aperceber de que o piloto do helicóptero não é quem ela imaginava, mas sim um assassino contratado para abater a testemunha e todos os que se intrometerem no caminho.
Um “thriller” de acção escrito por Jared Rosenberg e realizado por Mel Gibson (“Braveheart - O Desafio do Guerreiro”, “O Herói de Hacksaw Ridge”) e escrito por Jared Rosenberg que conta com apenas três actores: Mark Wahlberg, Michelle Dockery e Topher Grace.
Paddington na Amazónia
Paddington é um jovem urso-pardo originário das florestas do Peru que vive há vários anos em Windsor Gardens, Londres, com a família Brown, que o adoptou como se fosse do próprio sangue. Toda a vizinhança se habituou à sua presença e ele sente-se feliz por fazer parte daquela comunidade humana.
Nesta sua terceira aventura, vamos segui-lo até ao interior da floresta amazónica, depois de ter recebido uma carta a informá-lo do súbito desaparecimento da tia Lucy, que ele considera como se fosse sua própria mãe.
Determinados a nunca o deixar sozinho, os elementos da família Brown juntam-se uma vez mais para o acompanhar na jornada. Nessa busca, vão conhecer um caçador de tesouros de intenções duvidosas que acredita estar prestes a encontrar a mítica cidade de El Dorado que, segundo a lenda, é totalmente construída de ouro.
Com realização do estreante Dougal Wilson e argumento de Mark Burton, Jon Foster e James Lamont, este é o terceiro filme a adaptar ao grande ecrã a personagem criada, em 1958, por Michael Bond, cujos livros correram o mundo em mais de 30 línguas. O elenco conta com Ben Whishaw e Imelda Staunton (na voz do urso Paddington e da tia Lucy, respectivamente), e também com Hugh Bonneville, Emily Mortimer, Jim Broadbent, Hugh Grant, Olivia Colman e Antonio Banderas.
O Brutalista
László Tóth (Adrien Brody), um arquitecto de origem judia sobrevivente do Holocausto, emigra para os EUA em 1947 para escapar à pobreza de uma Europa que se tenta levantar depois da destruição causada pela Segunda Grande Guerra. Para trás, devido a burocracias e algum infortúnio, ficam Erzsébet (Felicity Jones), a sua mulher, e Zsófia, a sobrinha órfã que ficou a cargo de ambos. Decidido a singrar e a encontrar um modo de trazer a família para junto dele, László fixa-se em Filadélfia, onde fica a trabalhar com Attila, um primo, numa empresa de mobiliário. Algum tempo depois, são chamados para renovar a biblioteca de Harrison Lee Van Buren (Guy Pearce), um industrial rico que, num momento de raiva, os despede sem pagamento. Anos mais tarde, Harrison volta para saldar a dívida, explicando a László que o seu trabalho foi muito elogiado e que o quer contratar para construir um centro comunitário em honra da falecida mãe. Para o compensar, ajuda-o com a documentação necessária para trazer a mulher e a sobrinha para junto dele. O projecto, demorado mas muito inovador e ambicioso, transforma-se num sucesso, mudando radicalmente as vidas de László e de Erzsébet, sem, contudo, lhes trazer a felicidade ou a paz que tanto ambicionavam.
Com realização de Brady Corbet, que co-escreveu o argumento com a também realizadora Mona Fastvold, sua companheira, um drama histórico sobre a reconstituição da América dos anos 1940, com três horas e meia de duração e 15 minutos de intervalo pelo meio. Para além de Brody, Jones e Pearce nos papéis principais, o filme conta ainda com as actuações de Joe Alwyn, Raffey Cassidy, Stacy Martin, Emma Laird, Isaach De Bankolé e Alessandro Nivola.
Leão de Prata e Prémio Fipresci (pela crítica internacional) na 81.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, foi considerado um dos dez melhores filmes de 2024 pelo American Film Institute e teve sete nomeações para os Globos de Ouro, vencendo nas categorias de melhor filme dramático, actor (Brody) e realizador.