O festival Que Jazz é Este? entra este ano na sua oitava edição, desta vez em cinco dias não consecutivos, sempre à quarta-feira: 22 de Julho, 12 e 26 de Agosto, 9 e 30 de Setembro. Em resposta aos tempos de pandemia que atravessamos, o festival vê assim redesenhada a sua programação para a eficácia do cumprimento das normas de segurança, mas mantendo a matriz e principais pilares do festival.
Os concertos de palco, a formação musical profissional, assim como a sensibilização de novos públicos constituem os ingredientes que garantem a ligação à comunidade e ao público em tempo de vidas e rotinas suspensas em que é necessário insistir na continuidade e em mantermo-nos ativos e criativos.
Cada um dos cinco dias do festival terá uma programação estruturada de forma similar. O dia começa com a Rádio Rossio, que emite este ano na sua confortável e aromática plateia sob as tílias do Rossio de Viseu onde a caravana da rádio se encontra estacionada. São seis horas diárias em blocos de três programas por dia alavancados em parcerias com várias rádios locais, rádios nacionais e organizações de outros festivais de jazz da zona Centro e Norte. Vozes que habitualmente escutamos na Antena 3, Vodafone FM, Estação Diária, Rádio Jornal do Centro, RCI e outras, irão estar em Viseu com programas únicos, dedicados ao jazz e às histórias que o rodeiam.
Para públicos menos próximos aos palcos tradicionais, haverá Jazz na Rua a percorrer a cidade de Viseu, sem esquecer o incontornável centro histórico da cidade de Viseu. A ideia Jazz ao Domicílio já vem de edições anteriores e tem algo de saudavelmente subversivo: em vez de levar as pessoas aos concertos, levam-se os concertos às pessoas. Hospitais, lares e outras instituições, recebem concertos ao domicílio e desta forma alarga-se o acesso a este bem precioso que é a cultura.
Durante as manhãs há ainda tempo para famílias - e não só - usufruirem de oficinas na área da música com desafios como percussão dixieland, produção áudio, circle singing ou até fazer parte de uma orquestra de brinquedos.
Quanto aos concertos, destaque para os fins de tarde, no bloco das 19h, no jardim da Casa do Miradouro, com concertos de ampla variedade estilística. Neste palco figuram os viseenses Miguel Rodrigues com o seu álbum de estreia EMPA e Gustavo Dinis a solo com UHAI. Completam este bloco o coletivo jazz/eletrónica/rock dos lisboetas Whosputo com o álbum de estreia Art of Decay, e ainda Pedro Oliveira, sob o alter-ego de Krake, que nos fará viajar pela mitologia nórdica num crescente de imagética sonora.
No horário das 21h30, o primeiro dia do festival é assegurado pelo trio fantástico Carlos Bica + André Santos + João Mortágua e seguem-se depois os Troll's Toy com a sua fusão de estilos e explosões rock – atenção metaleiros de mente aberta! Marcam também presença o cósmico João Guimarães Grupo e o grupo da casa Coletivo Gira Sol Azul com um concerto especial a anunciar. O festival fecha em alta com o aclamado trio de Mário Laginha.
Sendo a formação uma das componentes incontornáveis do evento, acontecem três importantes formações na área da música e da profissionalização musical. São estas uma oficina de música dixieland orientada por Leonardo Outeiro dirigida à geração mais jovem de estudantes de música, o já estrutural Workshop de Jazz de Viseu que na sua 12.ª edição faz este ano uma chamada aberta aos músicos profissionais da região de Viseu e ainda uma residência artística com o coletivo de músicos da Gira sol Azul e um convidado especial.
Todas as atividades estão sujeitas a reserva de lugar. Os concertos são gratuitos e as oficinas têm um custo simbólico de 2€.