Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
O Ano da Morte de Ricardo Reis
Depois de 16 anos a viver no Brasil, Ricardo Reis chega a Lisboa, debaixo de chuvas torrenciais, no dia 29 de Dezembro de 1935. Instalado no Hotel Bragança, na Rua do Alecrim, assiste ao desenrolar de um tempo particularmente sombrio na Europa, marcado pelos horrores do fascismo de Mussolini, pelos ideais nazis de Hitler, pela terrível Guerra Civil espanhola e, em Portugal, pelo autoritarismo salazarista do Estado Novo. Depois de uma visita à sepultura de Fernando Pessoa (Reis é, na realidade, uma personagem surgida da heteronímia de Pessoa), o fantasma do poeta faz uma série de aparições no quarto de Reis onde, durante meses, ambos se perdem em reflexões sobre a vida, o país e o mundo.
Escrito em 1984, por José Saramago, prémio Nobel da literatura em 1998, “O Ano da Morte de Ricardo Reis” é agora adaptado ao cinema por João Botelho ("A Corte do Norte", "Filme do Desassossego", "Os Maias" ou “Peregrinação”). Com o brasileiro Chico Díaz a encarnar Ricardo Reis e Luís Lima Barreto a assumir o papel de Fernando Pessoa, o elenco conta também com a participação de Catarina Wallenstein, Rui Morisson, Victoria Guerra, Marcello Urgeghe e Hugo Mestre Amaro.
Fantasmas de Guerra
A acção decorre em França, nos dias finais da Segunda Grande Guerra. Cinco soldados norte-americanos são destacados para defender uma mansão isolada que foi usada por altos cargos das forças nazis. Mas a tarefa, que lhes parecia relativamente simples, revela-se um pesadelo quando se apercebem de que a casa está povoada por forças malignas. Numa ânsia de sobrevivência, vão ter de medir forças com um inimigo muito mais forte e cruel do que tudo o que alguma vez enfrentaram.
Um filme de terror sobrenatural com argumento e realização de Eric Bress (“Efeito Borboleta”), com Brenton Thwaites, Kyle Gallner, Alan Ritchson, Theo Rossi e Skylar Astin, entre outros.
Liga dos Animais Fantásticos
Roger é um cão vadio com um grande sentido de justiça. Cansado de tanta desigualdade entre os seus semelhantes, não se coíbe de roubar aos ricos para alimentar os mais desfavorecidos de Robotrópolis, a cidade ultramoderna onde sempre viveu. Um dia, Frank Stone, o implacável presidente da Câmara, expulsa todos os seres vivos que lá existam, independentemente da espécie, para dar início a uma sociedade puramente constituída por robôs. Em pânico, os humanos põem-se em debandada, deixando atrás de si os seus pertences e animais de estimação. Habituados a mordomias e incapazes de cuidarem de si mesmos, os bichos mais "civilizados" são os que se vêem em maiores apuros. É assim que, forçados a pôr de lado o que os divide, todos unem forças para lutar contra a nova lei que quer aniquilar a vida na cidade. A ajudá-los nesta dificílima missão, vão ter a seu lado Bob, um robô cuja "perfeição" foi maculada pelo conceito de certo e errado.
Uma comédia de animação com argumento e realização de Reinhard Klooss ("Impy na Terra da Magia", "Animais Unidos Jamais Serão Vencidos", "Tarzan") que, na versão dobrada em português, conta com as vozes de José Mata e Sara Prata.