Este ano, a Fundação EDP celebra os vinte anos da criação do Prémio Novos Artistas e do Grande Prémio Fundação EDP Arte com uma exposição que, pela primeira vez e de forma inédita, reúne obras dos artistas vencedores das várias edições dos dois galardões – Um Oásis ao Entardecer. 20º aniversário Prémios Fundação EDP, que estará patente até 18 de fevereiro de 2021, no MAAT. Com curadoria de Inês Grosso e Rosa Lleó, a exposição promove um diálogo e interação únicos entre artistas de diferentes gerações e linguagens, apresentando, lado a lado, uma seleção de trabalho pré-existentes e novas obras especialmente concebidas para a ocasião.
“Recorrendo a obras existentes e a novas encomendas — algumas das quais são o resultado de contaminações, diálogos, trocas e citações entre artistas —, esta exposição junta pela primeira vez os artistas vencedores das várias edições do Prémio Novos Artistas e do Grande Prémio Fundação EDP Arte e constitui-se como um exercício experimental de encontros visuais e conceptuais, diálogos inéditos que atravessam fronteiras geracionais e estilísticas, relações hierárquicas e cronológicas para engendrar deambulações e errâncias poéticas, disrupções e contaminações mútuas”, salientam as curadoras.
A exposição vem, uma vez mais, destacar a importância dos dois prémios no panorama artístico nacional e o seu contributo para o mapeamento e consolidação da trajetória de sucessivas gerações em Portugal.
A par desta intenção de celebrar os artistas que fazem parte da história dos prémios da Fundação EDP, esta mostra é também uma resposta à atual conjuntura: um ano atípico, com limitações e restrições, marcado pelo isolamento social e confinamento, que obrigou a uma adaptação e transformação dos vários tecidos sociais, nomeadamente, da comunidade artística. A poética do título Um oásis ao entardecer alude a uma ideia de esperança e refugio (oásis) num momento em que as conversas e os diálogos em torno da exposição, aconteciam inesperadamente, através do mundo virtual: “Quando os dias se confundiam com as noites e o céu avermelhado do entardecer cedia rapidamente lugar a um novo amanhecer, e experimentávamos uma nova ordem do mundo, alheia à circularidade do tempo. Entre quatro paredes, construímos relações e discutimos ideias, mediadas por um ecrã, com um grupo disperso pelos quatro cantos do mundo”, como descrevem as curadoras.
A palavra contaminação tem, por isso, uma dupla presença: aparece como referência à situação pandémica e aos tempos de incerteza que vivemos durante este ano, mas também porque a exposição resulta dessas mesmas contaminações, diálogos e trocas que geram múltiplas ligações entre as obras e os artistas.
Esta é uma iniciativa da Fundação EDP que tem como principal objetivo agradecer e prestigiar os artistas que, nas últimas duas décadas, tão generosamente têm colaborado e possibilitado o sucesso das referidas premiações.
Artistas: Álvaro Lapa, Ana Jotta, Ana Santos, André Romão, Artur Barrio, Carlos Bunga, Claire de Santa Coloma, Diana Policarpo, Eduardo Batarda, Gabriel Abrantes, Joana Vasconcelos, João Leonardo, João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Jorge Molder, Leonor Antunes, Lourdes Castro, Mariana Silva, Mário Cesariny, Priscila Fernandes, Vasco Araújo.
Curadoria: Inês Grosso e Rosa Lleó
Design expositivo: Diogo Passarinho
Design gráfico: ATLAS Projetos