Romance de estreia de Mary Roberts Rinehart, considerada «a Agatha Christie norte-americana», O Mistério da Escada de Caracol é um clássico marcante na história da literatura policial e o n.º 12 da original Coleção Vampiro, há muito esgotado. A autora ditou as regras de um novo subgénero conhecido pela fórmula «se eu soubesse», colocando a investigação não nas mãos do detetive, mas nas da protagonista que recolhe e oculta pistas até chegar, por si, ao culpado. Será ele o mordomo ou não, eis a questão.
Publicada originalmente em 1907, em cinco fascículos na revista de culto All-Story, e só um ano depois em livro, esta história foi adaptada ao ecrã em duas ocasiões: primeiro, logo em 1915, num filme mudo, e, passadas quatro décadas, num episódio da série da CBS Climax.
O Mistério da Escada de Caracol
Há férias que simplesmente não dão descanso. Decidida a aproveitar uns dias na ociosidade idílica do interior do país, Rachel Innes e os seus dois sobrinhos alugam uma enorme casa de verão conhecida como Sunnyside. Mas, para lá da beleza das habitações dispersas na paisagem, esconde-se a perversidade do mundo rural: a impunidade e o isolamento convenientes aos crimes mais horrendos. A tranquilidade das noites em Sunnyside é rapidamente esquecida quando sucessivas invasões à casa desencadeiam a morte de um homem, mesmo aos pés da misteriosa escada de caracol. Em 1908, Mary Roberts Rinehart publicou este que foi o seu romance de estreia e com o qual alcançou um êxito estrondoso: O Mistério da Escada de Caracol é um livro cheio de humor e, claro, com um criminoso (ou mais?) por capturar.
Sobre a Autora
Mary Roberts Rinehart nasceu em Pittsburgh, nos Estados Unidos da América, a 12 de Agosto de 1876. Formada em enfermagem, cujos conhecimentos técnicos veio a aplicar com mestria nas tramas que concebeu, foi após uma queda de valores na Bolsa americana que Rinehart, vendo-se sem poupanças, começa a escrever as primeiras histórias. O seu livro de estreia, O Mistério da Escada de Caracol (1908), tornou-se um enorme êxito e é ainda hoje considerado um título pioneiro do romance policial. Responsável pelo desfecho «o culpado é o mordomo», que ficaria para sempre associado ao romance de mistério, a autora inovou e amplificou o género, destacando-se ainda com a obra O Homem da Cama n.º 10 (1909), ou a peça O Morcego, que serviria de inspiração à personagem de Batman. Morre em Nova Iorque, a 22 de Setembro de 1958.