terça-feira, 13 de outubro de 2020

Crónica de Saúde - Joana Franco

Esta semana iremos abordar sintomas e forma de diagnóstico da Anemia.

Os sintomas variam dependendo da gravidade da anemia e da velocidade do seu desenvolvimento. Algumas pessoas com anemia leve, especialmente quando se desenvolve lentamente, não apresentam absolutamente qualquer sintoma. Outras pessoas podem apresentar sintomas somente ao realizar esforço físico. Uma anemia mais grave pode causar sintomas mesmo quando a pessoa está em repouso. Os sintomas são mais exacerbados quando uma anemia leve ou grave se desenvolve rapidamente como, por exemplo, no caso de uma hemorragia associada à ruptura de um vaso sanguíneo.

Uma anemia leve provoca frequentemente fadiga, fraqueza e palidez. Além desses sintomas, anemias mais graves podem causar desfalecimento, tonturas, aumento da sede, sudorese, pulso fraco e rápido e respiração rápida. A anemia grave pode causar cãibras dolorosas na parte inferior das pernas durante o exercício físico, falta de ar e dor no peito, sobretudo se a circulação do sangue nas pernas já estiver comprometida ou se a pessoa sofrer de certos tipos de doenças pulmonares ou cardíacas.

Alguns sintomas também podem oferecer pistas da causa da anemia. Por exemplo, fezes escuras e pastosas, sangue na urina ou nas fezes ou tosse com sangue sugerem que a anemia é causada por hemorragia. Urina escura ou icterícia (uma tonalidade amarelada da pele ou do branco dos olhos) sugere que a destruição de glóbulos vermelhos pode ser a causa da anemia. Uma sensação de formigueiro nas mãos ou nos pés pode indicar deficiência de vitamina B12.

Anemia em adultos mais idosos

Muitas doenças que causam anemia, como por exemplo, alguns tipos de cancro, tendem a ser mais comuns entre pessoas mais idosas. Assim, muitas pessoas mais idosas desenvolvem anemia. A anemia por doença crónica e anemia ferroptiva provocadas por hemorragia anormal são as causas mais comuns de anemia entre pessoas mais idosas. A anemia não é uma consequência normal do envelhecimento e, quando identificada, deve-se sempre perceber a sua origem.

Os sintomas da anemia são basicamente os mesmos, independentemente da idade. Além disso, mesmo quando a anemia é leve, as pessoas mais idosas são mais propensas a ficarem confusas, deprimidas, agitadas ou inquietas do que as mais jovens. Elas podem também perder o equilíbrio e ter dificuldades no andar. Esses problemas podem interferir na capacidade de viver de forma independente. Contudo, algumas pessoas mais idosas com anemia leve não apresentam sintoma algum, especialmente quando a anemia se desenvolve gradualmente, como frequentemente acontece.

Nas pessoas mais idosas, a anemia causada por deficiência de vitamina B12 pode ser confundida com demência, uma vez que esse tipo de anemia pode afetar a função mental.

Ter anemia pode diminuir a expectativa de vida das pessoas mais idosas. Assim, identificar a causa e corrigi-la é particularmente importante.

Diagnóstico:

A melhor forma de diagnóstico são a realização de análises sabguíneas.

Por vezes, a anemia é detectada antes de as pessoas apresentarem sintomas, quando análises sanguíneas de rotina são realizadas.

Níveis baixos de hemoglobina ou redução do hematócrito (porcentagem de glóbulos vermelhos presentes no volume total do sangue) numa amostra de sangue confirmam a anemia. Outros exames, tais como de amostra de sangue ao microscópio e, com menor frequência, exame de uma amostra da medula óssea, ajudam a determinar a causa da anemia.

Até para a semana. Cuidem sempre da vossa saúde. Da vossa e da dos que os rodeiam. Procure ajuda especializada quando necessário, sem preconceito. Uma boa semana para todos.


Apresentação Joana Franco

Chamo-me Joana Franco, tenho 32 anos, e sou natural de Geraldes, aldeia pertencente ao Concelho de Peniche.
Enfermeira de Profissão, terminei o Curso de Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Francisco Gentil, em Lisboa, no ano de 2010.

Nos anos mais recentes abracei desafios noutros países, nomeadamente Dubai onde fiz parte um projecto na área de Turismo, e em Inglaterra, onde trabalhei como Enfermeira em “Nursing Homes”, a cuidar de Pessoas com Demência.

Em Portugal, demonstrei o meu trabalho como Enfermeira no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Hospital Júlio de Matos e, actualmente, trabalho na Clínica Psiquiátrica de Lisboa, em Telheiras.

Sou uma pessoa que aceita novas aventuras e, como tal, aceitei o convite de escrever para o Blog ‘Cultura e não Só’, em que apresento novos pontos de vista e dicas para tornar melhor a saúde do leitor.