terça-feira, 26 de novembro de 2019

Era uma vez a vida, por Bill Bryson



Sabia que o cromossoma Y, o que dá origem aos seres humanos de sexo masculino, está em vias de extinção? Tem apenas 70 genes; outros cromossomas chegam a ter 2000. E tem vindo a encolher desde há 160 milhões de anos. Ao ritmo actual de deterioração, estima-se que pode desaparecer por completo daqui a 4,6 milhões de anos. Sim, os homens podem desaparecer, restando apenas as mulheres.
Mais, sabia que o corpo das mulheres ainda é um mistério? O ponto G, por exemplo, só foi identificado em 1944, pelo ginecologista alemão Ernst Gräfenberg. Porém, continua ainda hoje a haver um debate, por vezes acalorado, sobre a sua existência. E se lhe contarmos que a superfície mais externa da epiderme, chamada estrato córneo, é composta unicamente de células mortas? Dá que pensar, tudo o que nos torna belos está morto. Onde o corpo entra em contacto com o ar, somos todos cadáveres. 
Esta frase não é nossa, mas de Bill Bryson, o autor do bestseller Breve História de Quase Tudo que regressa às livrarias com o seu novo livro, O Corpo – Um guia para ocupantes. Uma obra que nos revela, por exemplo, que uma em cada oito pessoas, aproximadamente, tem um par de costelas extra, enquanto as pessoas com síndrome de Down têm frequentemente um par a menos. Traduzido para português por Elsa T. S. Vieira, O Corpo – Um guia para ocupantes é uma extraordinária investigação que, de forma leve e descontraída, ensina como o corpo humano funciona e como consegue a extraordinária proeza de crescer, reproduzir-se e curar-se a si próprio.