Em cerimónia solene, agendada para o próximo dia 20 de Novembro, a partir das 18 horas, no Auditório do Casino Estoril, Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente do Júri dos Prémios da Estoril Sol, entrega o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural a Maria do Céu Guerra, bem como os Prémios Literários Fernando Namora e Agustina Bessa-Luis, referentes a 2018, respectivamente, a Carlos Vale Ferraz e Judite Canha Fernandes.
Nesta quarta edição do Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, o Júri deliberou atribuir o galardão à actriz Maria do Céu Guerra. Lançado pela Estoril Sol, o Prémio, com periodicidade anual e no valor de 20 mil euros, constitui uma homenagem à memória de Vasco Graça Moura.
Da acta do Júri ressalta o singular percurso de Maria do Céu Guerra, “por se ter destacado, ao longo da vida, numa prática de cidadania cultural, enquanto actriz, que levou à cena e por diferentes modos divulgou os grandes textos da literatura portuguesa e, nessa intervenção, que manteve em ”A Barraca” como núcleo de irradiação cultural, formativo e vocacionado para a descoberta e criação de novos públicos”.
Em relação à 21ª edição do Prémio Literário Fernando Namora, promovido pela Estoril Sol, com o valor pecuniário de 15 mil euros, o Júri distinguiu, por unanimidade, Carlos Vale Ferraz pelo romance “A Última Viúva de África”.
Em acta, o Júri salientou na obra “ A Última Viúva de África” que “a memória da experiência colonial pode ser aterradora - Congo Belga e Angola constituem neste romance o eixo geopolítico de acções de guerra e desvarios humanos no qual uma mulher (Madame X) emerge, simultaneamente, como figura de ligação da estória do romance e da História dos anos sessenta no início da guerra nacionalista”.
Por sua vez, no que diz respeito à 11ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, com o valor de 10 mil euros, o Júri distinguiu, por unanimidade, Judite Canha Fernandes com o seu primeiro romance “Um Passo para Sul”.
Ao eleger “Um Passo para Sul”, o júri considerou tratar-se de “um romance fundado num triângulo geográfico e existencial, repartido por Cabo Verde, São Tomé e Açores. Os registos linguísticos e imaginativos do crioulo inscrevem-se criativamente na estrutura global da narrativa, contribuindo para a formatação de uma linguagem literária muito estimulante”.
O Júri dos Prémios da Estoril Sol, além de Guilherme d`Oliveira Martins, foi ainda constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e, ainda, Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.