Seja brasileiro ou português, serão poucos aqueles que ficarão indiferentes ao nome Zeca Pagodinho. Com mais de 35 anos de carreira, o cantor e compositor brasileiro, consolidado como um dos maiores sambistas do Brasil, regressa a Portugal a 15 de fevereiro, bem a tempo de antecipar o Carnaval e trazer a festa e a alegria desta época para um espetáculo único no Casino do Estoril (Salão Preto e Prata).
Muito mais que um concerto, a Roda de Samba do Zeca - produzida pelo Bossa Music - é uma verdadeira festa. Nela não faltarão os grandes clássicos do samba que fizeram do músico um dos mais internacionais sambistas brasileiros (como “Deixa a Vida me Levar”, “Brincadeira Tem Hora”, “Coração em Desalinho”, entre tantos outros); temas mais recentes do seu recém-lançado Mais Feliz (o 24.º álbum do artista, editado no passado mês de setembro); e, claro, muita cerveja. Mas a festa não fica - nem começa - por aqui e a Zeca Pagodinho juntam-se outros artistas e atrações como Carol Campolina (que fará a abertura, às 21h00), o bem conhecido dos lisboetas Projeto Viva o Samba Lisboa (que continuará a animar a plateia após Zeca se despedir, às 23h30), seguindo a festa com o DJ Jeco Thompson (01h00).
Os bilhetes já se encontram à venda na Ticketline e locais habituais, a partir de 45€. Além da plateia, onde ficará a pista para todos os que quiserem "dar um pézinho de samba", existe também a possibilidade de adquirir bilhetes para lugar sentado e para a Zona VIP (com vista privilegiada para o palco e bebida incluída).
O carioca “que deixa a vida levá-lo”
Com mais de 35 anos de carreira e mais de 20 álbuns lançados (que venderam mais de 12 milhões de cópias), Zeca Pagodinho é um dos maiores nomes da música brasileira. Além de uma parafernália de sucessos hoje cantados (e sambados) nos quatro cantos do mundo, o artista conquistou 4 Grammys latinos na categoria de “Melhor Álbum de Samba e Pagode”, além de ter sido o primeiro sambista a gravar um espetáculo acústico para a MTV Brasil (apenas artistas pop e rock o haviam feito até então).
Desde pequeno que Zeca frequenta as rodas de samba no subúrbio do Rio de Janeiro e o seu talento para compôr versos desde cedo se fez notar. No início dos anos 80 ganha o nome artístico de “Zeca Pagodinho” e com o apoio da “madrinha” - a cantora Beth Carvalho, com quem gravou a composição “Camarão que Dorme a Onda Leva” - passou a fazer pequenos espetáculos, chegando a ter músicas gravadas por Alcione e pelo Fundo de Quintal. Em 1986 lançaria o seu primeiro álbum a solo, um grande sucesso de crítica e vendas. Assim começava a era de ouro do pagode no Brasil.
Zeca Pagodinho foi o responsável por sucessos como “Coração em Desalinho”, “Quando Eu Contar (IáIá)”, “Judia de Mim” e “Brincadeira tem Hora”, atingindo o marco de um milhão de cópias vendidas. No final desta década, até início dos anos 90, a sua produção musical foi intensa. Lançou os álbuns Jeito Moleque (1988), Boêmio Feliz (1989), Mania da Gente (1990), Pixote (1991), Um dos Poetas do Samba (1992) e Alô, Mundo! (1993).
Com o nome reconhecido e a agenda preenchida de espetáculos, a consagração veio com o álbum Deixa a Vida Me Levar (2002), que ganhou o Grammy Latino de “Melhor Álbum de Samba”. A música-título do álbum torunou-se no tema do Campeonato do Mundo de Futebol de 2002, em que o Brasil conquistou o título de pentacampeão.
Apesar do sucesso ao longo de tanto tempo, Zeca Pagodinho mantém-se fiel ao seu jeito simples e de família.