Os tempos difíceis que atravessamos juntos, relembraram-nos uma lição tão simples quanto verdadeira: tudo o que é real tem mais que uma dimensão. Nada nem ninguém é sempre só uma coisa. Não conseguimos reduzir uma canção ao seu refrão, um beat ao prato choque ou uma melodia ao teclado porque para haver um lado A, é preciso um lado B.
Lisboa tem muitos ritmos e muitas línguas, muitas danças e muitas gingas. Bateu Matou são uma banda dessa pluralidade e por isso difícil de reduzir a um único descritivo, quanto mais a um só single. Por isso, em antecipação do seu primeiro disco “CHEGOU”, o trio composto por Ivo Costa, RIOT e Quim Albergaria lança um single duplo para mostrar (pelo menos) dois lados da mistura única de vida, identidade e ritmo do que compuseram, gravaram e produziram durante o confinamento.
Por um lado, preparados para as madrugadas e as pistas de dança de Lisboa, juntam-se a Papillon para criar uma outra forma de bater até virar “Clichê”.
"Cliché" é a nossa reposta à pergunta : " Mas ainda há coisas para inventar com um beat e um peito cheio de rimas?" As coisas mudam quando a gente muda.
Por outro, em "Subi Subi" levantam com Irma uma celebração de luz num hino pop de superação com uma cadência que só podia ter batuque no coração para nos levantar o espírito.
"Subi Subi" é o balanço com que sobe quem decide levantar-se do chão.