Depois dos premiados A Terceira Mãe e Um Muro no Meio do Caminho, Julieta Monginho regressa à ficção com Volta ao Mundo em Vinte Dias e Meio. Eis uma narrativa de tonalidade fantástica, que coloca personagens de carne e osso em contacto com figuras de quadros célebres do Rijksmuseum de Amsterdão.
Sinopse
Um dia – na realidade, num somatório de dias –, uma criança decide empreender uma viagem. A ideia é fugir de uma vez por todas: já não lhe bastam as visitas periódicas ao Rijksmuseum de Amsterdão para brincar com o cão Puck, em exibição na sala 1.15, ou as escapadelas ao moinho do outro lado da casa amarela. A braços com uma família disfuncional assente num triângulo desamorável formado por foragidos – do amor, do talento, dos traumas de uma infância reprimida e passada no Portugal rural –, a fuga de Leo é quase um imperativo moral, uma imposição hereditária. Do outro lado da fuga, o dilúvio, o mais universal dos mitos, oferece às personagens, vítimas da lógica e dos paradoxos das suas vidas, e a nós, leitores, essa possibilidade de, purificando a humanidade, abrir caminho ao renascimento e à renovação.
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