A(s) ideia(s) de Europa na cultura portuguesa é o tema de A Europa ao Espelho de Portugal, o mais recente livro do historiador e especialista dos mitos na cultura portuguesa José Eduardo Franco.
A obra, que chegará às livrarias em Janeiro, é um contributo para o conhecimento das diferentes leituras da Europa que, ao longo da história da cultura portuguesa, se foram realizando com sentidos e funcionalidades diversos, mas todas elas guiadas por um fio subjacente: projectar e repensar o lugar de Portugal na Europa e no mundo.
«Está aqui bem claro um dos problemas nacionais: saímos um dia da Europa e, nas mentes mais influenciadas pela mitologia, ainda não voltámos a ela. Ela continua a ser um mito, o sítio do desenvolvimento que ambicionamos, mas demoramos a alcançar. A distância entre nós e a Europa poderá crescer perante as actuais contradições e tergiversações europeias. Numa época em que a Europa – e nós nela e com ela – se encontra em profunda crise, recomendo vivamente esta reflexão de José Eduardo Franco, que nos permite assentar no passado as nossas reflexões sobre o futuro.»
(Carlos Fiolhais, prefácio)
«Uma leitura que urge justamente num momento de crise e, portanto, de debate aceso, em que os nacionalismos parecem sobrepor-se à noção da Europa como terra prometida (...)».
(Paulo Serra, Postal do Algarve)
Sinopse:
«É nossa condição irrenunciável sermos europeus, pois a Europa é a nossa matriz geográfica e cultural. Neste globo, que ajudámos a encurtar, a geografia sempre foi condicionante da cultura. A Europa é, para nós, um facto. Mas a Europa, para além de facto, por vezes mais próximo e outras mais distante, sempre foi um mito.
O historiador José Eduardo Franco, especialista dos mitos na cultura portuguesa, analisa neste livro, que percorre toda a história de Portugal, os mitos que fomos construindo a respeito do continente que integramos.
Numa época em que a Europa – e nós nela e com ela – se encontra em profunda crise, recomendo vivamente esta reflexão de José Eduardo Franco, que nos permite assentar no passado as nossas reflexões sobre o futuro. O futuro é obviamente uma incógnita. Apesar de o Padre António Vieira ter escrito a História do Futuro, a Segunda Lei da Termodinâmica impõe a diferença entre passado e futuro, impedindo que exista ou venha algum dia a existir uma história do futuro. Mas haverá com toda a certeza futuro e não há futuro sem história. O conhecimento e a compreensão da história ajudam-nos a construir o futuro.»
Carlos Fiolhais
Adaptado do Prefácio
PVP: € 16,60