segunda-feira, 13 de novembro de 2017

"A Fábrica de Nada" vence em Sevilha


A Fábrica de Nada, filme colectivo assinado por Pedro Pinho e produzido pela Terratreme, recebeu no passado sábado, dia 11 de Novembro, o Giraldino de Oro, Prémio para Melhor Filme no Festival de Cinema de Sevilha. Este é o galardão máximo deste certame, que começou no passado dia 3 de Novembro.

O júri do Festival justificou a sua decisão com as seguintes palavras: "El documental, la ficción y el musical conviven brillantemente en esta atrevida y cercana película, que lleva al espectador a un viaje visionario y dramáticamente realista. Por centrarse en la compleja situación económica contemporánea con una enfoque antirretórico, poético y profundamente original."

Este prémio vem juntar-se a outros, como o mais recente Prémio do Público atribuído no Ficvaldivia, no Chile, que se realizou no passado mês de Outubro, ou o Prémio CineVision, no Filmfest München, o Prémio de Melhor Realização no Duhok IFF'17, o Grande Prémio do Júri no CineFest Miskolc Internacional Film Festival'17 e o Prémio da Crítica no Festival de Cannes.

Recordar que depois da exibição em sala em Portugal, o filme A Fábrica de Nada vai ter estreia comercial em países como França (13 de Dezembro), Espanha, Reino Unido, Sérvia, Croácia, Bósnia, Kosovo, Suíça, Brasil, Argentina, China. A distribuição internacional é assegurada pela Memento Film International. 

Sinopse

Uma noite um grupo de operários percebe que a administração está a roubar máquinas e matérias-primas da sua própria fábrica. Ao decidirem organizar-se para proteger os equipamentos e impedir o deslocamento da produção, os trabalhadores são forçados - como forma de retaliação - a permanecer nos seus postos sem nada que fazer enquanto prosseguem as negociações para os despedimentos. A pressão leva ao colapso geral dos trabalhadores, enquanto o mundo à sua volta parece ruir.
A FÁBRICA DE NADA é ao mesmo tempo um convite para repensar o papel do trabalho num tempo em que a crise se tornou a forma dominante de governo, um hino à impotência destituinte e um musical lamentável.