quarta-feira, 12 de abril de 2023

27º Super Bock Super Rock



O Super Bock Super Rock está de regresso ao Meco, onde milhares de melómanos já foram felizes, e promete voltar oferecer três dias da melhor música com o melhor cenário envolvente. Nos dias 13, 14 e 15 de julho, uma das paragens obrigatórias para quem gosta de música que arrisca artisticamente e, simultaneamente, nos faz dançar é o Palco Somersby do Festival. E a programação para este palco está completa e é de luxo, com as confirmações de 2manydjs, LX-90, Róisín Murphy, DJ Premier, Nuno Lopes, BIIA, BLOND:ISH, Moullinex Δ GPU Panic e Chico da Tina.  




Desde 1995 que David e Stephen Dewaele têm desafiado os limites da música, encontrando um território novo e inovador, um espaço que é só seu por mérito artístico. Deste esforço criativo já nasceu uma banda - Soulwax, o trabalho enquanto DJs - 2manydjs, uma editora - DEEWEE, um sistema de som – Despacio, e até uma rádio digital - Radio Soulwax. São conhecidos em todo o mundo como um dos grupos mais inovadores dedicados à nobre arte do remix e da produção e, ao longo desses anos, já reinventaram a partir da música de nomes como Fontaines DC, Chet Faker, Róisin Murphy, LA Priest, Robyn, Arcade Fire, The Rolling Stones, Tame Impala, Metronomy, Daft Punk, The Gossip, Hot Chip, MGMT, Warpaint, entre muitos outros. São mais de vinte anos de carreira em que esta dupla belga sempre fez por manter a chama criativa bem acessa. Depois de uma série de singles, discos e atuações um pouco por toda a parte, em maio de 2020, enquanto Soulwax, editaram “EMS Synthi 100 – DEEWEE Sessions Vol.1”. E em julho deste ano vêm a Portugal mostrar essa boa forma em formato DJ Set no Palco Somersby do Super Bock Super Rock, no dia 13 de julho.




Os LX-90 foram uma mítica banda da década de 80 e 90. Depois do fim dos Heróis do Mar, Rui Pregal da Cunha e Paulo Pedro Gonçalves deram início a este projeto. Da formação original também faziam parte Tó Pereira (aka DJ Vibe), Nuno Roque e António Garcia. "Uma revolução por minuto", o disco editado em 1991, deixou uma marca de originalidade da música portuguesa - "Dah Wah", um dos singles mais marcantes do grupo, fazia parte deste registo de estreia. E, depois de uma digressão de 33 anos à volta do sol, os LX-90 aparecem com novo single: "Viver na Lua Não é Fácil". Do infinito nasce a música que nunca foi… Rui Pregal da Cunha, Paulo Pedro Gonçalves, Nuno Roque, DJ Vibe, João F Gomes, Samuel Palitos juntam-se para um regresso que promete conquistar o público presente no Palco Somersby do Super Bock Super Rock, no dia 13 de julho. 




Ao longo dos anos, Róisín Murphy sempre fez por surpreender, apresentando uma pop omnívora, chamando para si influências tão distantes como a música disco e o hot jazz, fazendo destes e de outros ritmos matéria para a sua própria expressão artística. Começou por dar nas vistas na dupla Moloko, com Mark Brydon. Depois do fim do projeto, a irlandesa Murphy lançou o seu primeiro registo a solo. "Ruby Blue", editado em 2005, revelava toda a energia e originalidade de Róisín e logo se tornou num objecto de culto para milhares de melómanos. Em 2007 editou "Overpowered", um disco mais próximo de uma pop mainstream, sem nunca perder a sua assinatura muito pessoal e o seu estilo idiossincrático, capaz de desconcertar os ouvintes mais conservadores. Ao longo da última década nunca parou de querer fazer diferente, editando uma série de EPs e singles vitais para o corpo total do seu trabalho. Em 2015 editou "Hairless Toys", um disco nomeado para um  Mercury Music Prize e mais uma prova do seu ecletismo. Em 2020 volta aos discos com a edição de "Róisín Machine". O quinto disco de Murphy conquistou os fãs e a crítica, e agora prepara-se para conquistar o público presente no Palco Somersby do Super Bock Super Rock, no dia 13 de julho. 




DJ Premier é um dos nomes decisivos na história do hip-hop, desbravando novos territórios ainda no final da década de 80. Na década seguinte transforma-se num dos produtores mais relevantes, imprimindo o seu estilo único a cada uma das suas produções. Agressivo, cru, pesado, nunca procurou escolher o caminho mais fácil para encontrar reconhecimento. Além de comandar os sete discos de Gang Starr, um duo do qual fez parte, incluindo a histórica sequência de "Step in the Arena" (1991), "Daily Operation" (1992) e "Hard to Earn" (1994), Premier também emprestou o seu génio da produção a muitos outros discos icónicos da década de 90: como “Nas' Illmatic" de Nas, "Ready to Die" de Notorious B.I.G., "Reasonable Doubt" de Jay-Z , "Black on Both Sides" de Mos Def, entre vários outros. Nas décadas seguintes também mostrou o seu valor na produção de alguns sucessos pop  ("Ain't No Other Man" de Christina Aguilera é um exemplo), sem nunca deixar de ter um pé na cena rap mais underground. Profícuo ao longo de toda a carreira, Premier ainda produz ao mais alto nível e também edita a solo. "Hip Hop 50: Vol. 1" (2022) é o mais recente exemplo. Parte da história do hip-hop mundial passa pelo Meco neste ano de 2023 - DJ Premier atua no dia 14 de julho no Palco Somersby. 




Nuno Lopes é um dos mais reconhecidos rostos portugueses, um actor celebrado e justamente premiado com uma assinalável carreira internacional. Mas há uma pele que Nuno Lopes veste com um agrado especial, uma pele que lhe assenta com uma luva e para a qual não é necessária preparação ou sequer algum método especial de concentração, uma pele que não implica leitura de guiões, transformações físicas ou emocionais. E essa pele, que desde 2006 Nuno Lopes tem amiúde vestido, é a de DJ. Integrou a dupla Lovely Bastards com mad.mac até 2013, e desde então tem-se apresentado de forma solitária em notáveis cabines nacionais, mas também em festivais. Seja onde for, a sua preocupação é sempre a agitação na pista de dança, a movimentação dos corpos e a energia que se desprende do sistema de som. E para isso conta sempre com a sua cuidada e eclética seleção de batidas electrónicas de diversas cadências, do house mais deep ao techno mais clássico e daí até onde quer que a inspiração o possa levar, já que, como aliás acontece nos ecrãs grandes e pequenos, o improviso é também fundamental nesta arte que dispensa guiões. Nuno Lopes diz que não gosta de preparar sets com antecedência porque nunca sabe o que vai encontrar e que a energia de uma sala ou de uma plateia é fundamental para o seu trabalho como DJ. E é isso que vai acontecer no Palco Somersby do Super Bock Super Rock, no dia 14 de julho.  




BIIA mergulhou de cabeça na música eletrónica quando visitou a loja de DJ e produção do seu primo aos 14 anos, movida por uma curiosidade emocional que hoje se encontra espelhada no processo criativo com que conduz os seus DJ sets e produz as suas primeiras músicas. É a forma que descobriu de passar sentimentos, de construir relações, de guiar uma pista por entre momentos efusivos e nostálgicos, envolvendo-nos numa espiral de afetos de onde não nos queremos libertar. Os seus sets são influenciados por um som que se situa algures entre o som de Londres, Berlim e Detroit. São histórias contadas a partir do techno e das suas vertentes, ora marcadamente energéticas, ora ríspidas e mentais com composições abstratas, como se de uma montanha-russa se tratasse: subidas e quedas vertiginosas, inversões e loops inesperados. BIIA vai continuar a conquistar e a cimentar o seu trilho eletrónico, transportando a sua abordagem eclética para as pistas de dança. BIIA vai estar no Palco Somersby do Super Bock Super Rock, dia 14 de julho.