Um vaso Banshan do ano 2.600 a.C. vai à praça no leilão “China: Uma Colecção Erudita”, que terá lugar a 30 de Setembro, em Lisboa. Esta peça, em cerâmica Majayao, é a mais antiga do acervo de 143 objectos e Obras de Arte reunido por um coleccionador privado português, nos últimos 35 anos, e que agora é apresentada em venda pela VERITAS Art Auctioneers.
Entre os objectos e obras de Arte datados do Período Neolítico à Dinastia Qing encontra-se um extenso núcleo de peças “mingqui”, em terracota ou cerâmica vidrada “sancai”. Estes objectos espirituais tão centrais aos rituais funerários e tumulares chineses “servem um único propósito, o de garantir o “conforto” dos mortos”, descreve o especialista em Arte Asiática Robert Bradlow, concluindo: “Os Chineses acreditam que os mortos têm duas almas, a “po”, que permanece enterrada com o corpo, e a “hun”, que pode ascender aos céus. Os rituais funerários têm o objectivo de reunir estas duas almas no túmulo”.
Um conjunto de bronzes arqueológicos, onde se destaca um raro espelho em bronze da Dinastia Tang (618-907), um grande vaso cerimonial “Hu” para vinho da Dinastia Han Ocidental (202 a.C. a 220 d.C) ou um raro punhal "GE" da Dinastia Shang (c.1600 – c.1046 a.C.) são peças a merecer destaque num acervo que cobre quase cinco mil anos de história da China.
Os lotes que integram o catálogo podem ser conhecidos em www.veritas.art ou visitando a exposição, a partir de hoje, e até 29 de Setembro, das 10h às 20h, na Avenida Elias Garcia 157 A/B, em Lisboa. O leilão terá lugar a 30 de Setembro (quarta-feira da próxima semana), pelas 21 horas, no mesmo local, numa sessão sem audiência. A licitação está disponível por telefone, ordem de compra e em plataformas de live bidding.