Nas últimas décadas, a transformação tecnológica tem dado saltos de gigante. De casas a carros, passando por televisões, telemóveis e assistentes pessoais, a Inteligência Artificial já faz parte do nosso dia a dia, embora muitos não se apercebam disso. A automatização é um risco para o mercado laboral, ameaçando milhares de empregos por todo o mundo, inclusive profissões ditas especializadas. Mas e nas artes? Poderá uma máquina ser criativa? Poderá ser ensinada a ser criativa? E o que é, afinal, a criatividade? Estas são apenas algumas das perguntas a que Marcus du Sautoy, professor de Matemática da Universidade de Oxford, procura responder no livro que a Temas e Debates publica a 25 de setembro. O Código da Criatividade apresenta uma visão fascinante e muito diferente da Inteligência Artificial e da essência do que significa ser humano. Um estudo brilhante da natureza da criatividade e um guia essencial para entendermos o funcionamento dos algoritmos e as regras matemáticas em que se baseiam.
Já há algoritmos capazes de reproduzir quadros de Jackson Pollock, de criar diálogos e cenas dignas de verdadeiras epopeias literárias, e até de enganar um painel de especialistas em Bach com as suas composições musicais. Será que esses programas apenas copiam a informação que lhes é dada ou têm capacidades criativas? Marcus Du Sautoy leva-nos por uma deslumbrante viagem multidisciplinar para tentar explicar a noção e a expressão da criatividade ao longo do tempo e das mais variadas formas – da música às artes plásticas, da teoria matemática aos jogos; e para tentar responder a várias perguntas: poderá a Inteligência Artificial criar algo por ela própria? Poderão as máquinas entrar no reino que muitos consideram ser uma característica essencialmente humana: a criatividade? Não são perguntas novas, mas com os avanços da tecnologia, tornaram-se cada vez mais relevantes, até essenciais.
Sobre o Autor
Marcus du Sautoy, nascido em 1965 em Londres, é professor de Matemática da Universidade de Oxford, onde foi nomeado em 2008 para a cátedra Simonyi Chair for the Public Understanding of Science, e membro da Royal Society. Apresentou numerosos programas na televisão e rádio, entre os quais a excecional série da BBC The Story of Maths e o concurso televisivo sobre matemática The School of Hard Sums. Colaborador habitual dos jornais The Guardian, The Times e The Daily Telegraph, escreveu e interpretou uma peça intitulada X&Y, apresentada no Museu da Ciência de Londres e no Festival de Glastonbury. Foi distinguido com a Ordem do Império Britânico pelos serviços à ciência em 2010.