Após a sua entrada na F1, a Alpine prossegue a sua escalada até topo do desporto automóvel, inscrevendo um protótipo LMP1 na próxima temporada. Competindo nos Campeonatos de Endurance desde 2013, a equipa Signatech Alpine ganhou dois títulos europeus, dois cetros mundiais e registou três vitórias nas 24 Horas de Le Mans, na categoria LMP2. Com mais ambição do que nunca, a Alpine será, a partir de 2021, uma das principais protagonistas na categoria rainha do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), através da equipa Alpine Endurance Team.
Regressada à competição para apoiar o desenvolvimento e lançamento do Alpine A110, a Alpine tem-se mostrado à altura da sua rica herança desde que regressou às corridas de Resistência.
A associação entre a Alpine e a equipa Signatech conquistou os títulos de Pilotos e Equipas em 2013, no ano de estreia no European Le Mans Series (ELMS), antes de repetir e aumentar o pecúlio, com uma dobradinha, em 2014. Um ano depois, os “Blues” subiram de escalão, apostando no Campeonato do Mundo FIA de Resistência (WEC) para marcarem novamente encontro com o sucesso, conquistando dois títulos mundiais, na categoria LMP2, num palmarés que enriqueceram ainda com três vitórias nas quatro últimas participações nas míticas 24 Horas de Le Mans.
Com um currículo desportivo invejável, a Alpine lança-se agora num novo desafio, oficializando a inscrição de um protótipo LMP1 na categoria principal do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) e nas emblemáticas 24 Horas de Le Mans de 2021.
A partir do próximo ano, a marca criada por Jean Rédélé será um dos únicos construtores a participar, em simultâneo e ao mais alto nível, em dois dos mais importantes Campeonatos do Mundo reconhecidos pela FIA (F1 e WEC), ao mesmo tempo, que colocará, em pista e na estrada, um completo programa de competição-cliente com os Alpine A110 Cup, GT4 e Rally.
Apesar da aparente semelhança, as categorias LMP1 e LMP2 têm duas filosofias bem distintas. Enquanto a LMP2 é reservada a equipas privadas ou semiprivadas, que só podem usar um dos chassis “mandatados” e o mesmo motor, a LMP1 é destinada a equipas oficiais de construtores, livres dessas restrições. Os seus protótipos são mais potentes, mais leves, dispõe de uma aerodinâmica mais complexa, o que, a juntar à livre escolha de pilotos que as equipas podem fazer, se traduz na maior rapidez em pista.
Esperado há muito tempo, este regresso ao topo das corridas de Endurance faz parte da história e do ADN da marca, que já participou nas 24 Horas de Le Mans 11 vezes, entre 1963 e 1978. Nesta clássica corrida, a Alpine ganhou tudo o que havia para ganhar: desde a categoria de “Índice de Eficiência Energética” em 1964, 1966 e 1968, à categoria de “Índice de Desempenho”, em 1968 e 1969, passando pela conquista de sete vitórias na classe – um número que agora ascende a 10 –, sem esquecer, naturalmente, o triunfo absoluto com o Alpine A442B, conduzido por Jean-Pierre Jaussaud e Didier Pironi, em 1978.
Fiel aos valores que a guiam desde 1955, a Alpine Endurance Team aproveitará as novas oportunidades oferecidas pela evolução do regulamento da categoria rainha para 2021.
O ACO, promotor do Campeonato do Mundo FIA WEC e das 24 Horas de Le Mans, vai autorizar a participação dos protótipos do LMP1 ao lado dos novos Hipercarros no próximo ano, graças ao equilíbrio de desempenho (BoP), garantindo o equilíbrio das forças em presença.
Assim, à partida das provas, estará um protótipo LMP1 Alpine, concebido e inspirado no chassis Oreca e animado por um motor Gibson, qualquer um deles com provas dadas. Este conjunto beneficiará de toda a experiência técnica da Oreca e da Signatech para atingir um nível de performance que lhe permita lutar pela vitória, enquanto estuda potenciais sinergias com a equipa de F1.
Nos próximos meses, a Alpine Endurance Team irá revelar o seu protótipo LMP1, cores e equipa de pilotos, antes de iniciar o seu programa de testes.
Patrick Marinoff, Diretor-Geral da Alpine explica: “O desporto motorizado é inseparável da marca Alpine, cuja paixão pela competição e pelo espírito desportivo está no seu ADN. Após oito anos de sucessos contra algumas das melhores equipas do mundo, é hora de mais um passo em frente, desafiando os construtores da categoria principal, como também faremos na F1. As últimas alterações do regulamento para 2021 oferecem à Alpine a oportunidade demonstrar o seu ‘know-how’ técnico e experiência de corrida, num ambiente competitivo e justo. Pretendemos escrever novas páginas na história desta grande marca, nascida da competição para a competição, que é a Alpine, bem como colocar as cores francesas ao mais alto nível do desporto automóvel.”
Philippe Sinault, Diretor da Signatech fala dos novos caminhos da marca: “A história da Alpine foi feita de desafios. Poucos acreditavam no seu regresso em 2013, mas, passo a passo, provámos, a nós mesmos, que eramos capazes de evoluir até ao mais alto nível. Hoje, este novo desafio segue a mesma linha, graças à abertura de uma janela de oportunidade única. A confiança da Alpine neste projeto é uma imensa fonte de orgulho para as nossas equipas e parceiros que se juntaram a esta aventura desde o início. Abordamos este programa com o desejo de fazer boa figura e, simultaneamente, ter os meios para trabalhar com muita qualidade durante época de 2021. É um desafio estimulante e incrivelmente motivador a nível desportivo e queremos estar à altura para que a Alpine tenha ainda mais presença na história do automobilismo francês e mundial.”