Uma lenda do folclore medieval alemão, um dos loucos mais ilustres da tradição literária europeia, um artista e um bobo. Daniel Kehlmann pega nesse personagem e transporta-o para um cenário de guerra e um acontecimento que marcou a Europa no século XVII. Tyll – O Rei, o Cozinheiro e o Bobo é um romance monumental, numa invulgar fusão entre a ficção histórica, o picaresco e o realismo mágico.
Na Alemanha do século XVII, numa aldeia como qualquer outra, um rapaz esquelético tenta equilibrar-se em cima de uma corda esticada entre duas árvores. Tenta. Cai. Volta a tentar e torna a cair. Sem saber, aquele treino e aquelas quedas estão a prepará-lo para uma vida de desafios. Entre campos de batalha e cortes reais, junto do povo doente e a morrer à fome, o rapaz cresce e descobre diferentes pontos de vista sobre a mesma guerra e os mesmos episódios.
O romance entra no palco da Guerra dos Trinta Anos, com Tyll no campo de batalha, mas também nas minas e nos tribunais, um saltimbanco de aldeia em aldeia, um acrobata e um bobo, entre nobres obesos, caçadores de bruxas e rainhas intrigantes.
Pautado por uma humanidade tocante, o novo romance de Daniel Kehlmann põe a nu a guerra e os seus efeitos devastadores, a fome e a doença, as lutas do povo e as perdas dos nobres. Mas a obra é também caracterizada pelo humor, ao estilo dos Monty Python, na forma como trata as hierarquias, o poder dos homens e acontecimentos rocambolescos.
Finalista do Booker International Prize 2020, Tyll – O Rei, o Cozinheiro e o Bobo é considerado o magnum opus de Kehlmann, um dos romancistas alemães de maior sucesso no pós-guerra.
Sobre o Autor
Daniel Kehlmann nasceu em Munique em 1975. Aos seis anos, mudou se com a família para Viena, onde estudou Filosofia e Estudos Alemães, e hoje vive em Nova Iorque, Berlim e Viena. É autor de um dos maiores sucessos literários em língua alemã de sempre, A Medida do Mundo, um bestseller internacional traduzido para mais de quarenta línguas e que foi também adaptado ao cinema. Os seus livros conquistaram diversos prémios literários, entre os quais, o prémio Thomas Mann, o Die Welt, o Candide, o Kleist e o Doderer.