Com mais de cinquenta anos de viagens, Paul Theroux veste a pele de gringo e decide enveredar pela fronteira que separa os Estados Unidos do México, a terra de todas as aventuras e de todos os sonhos. Descobre um país grandioso e cheio de história, «com a esperança em novas perspetivas do país estrangeiro entrevistas da alta vedação ao fundo da rua». Com tradução de Telma Costa, Na Planície das Serpentes chega às livrarias a 25 de setembro.
«Durante quanto tempo seria capaz de guiar o meu carro sozinho em grandes tiradas, através dos desertos, cidades e montanhas do México? Depois de fazer os 76, é preciso renovar a carta de dois em dois anos. Se falhasse o teste dos olhos da próxima vez, seria o fim dos meus tempos de condutor», escreve o autor, em jeito de justificação para esta aventura, enquanto explica que a cobra-chicote, tão numerosa nesta planície como as cascavéis, de que o México possui 26 espécies, não é venenosa.
«Nada nos prepara completamente para a estranheza da experiência da fronteira», acrescenta, enumerando as 68 diferentes línguas e 350 dialetos para explicar a complexidade daquele país, «demasiado confuso e multilingue».
Na cultura ocidental, o México é a terra da liberdade – foi o país procurado pelos foragidos e pelos aventureiros, pelos escritores europeus e americanos e pelos viajantes em busca de exotismo, pacificação e turbulência. Da fronteira com os EUA até ao limite das grandes montanhas a sul, o México é o mapa da literatura, do cinema, da música e do gosto de viver e de viajar.
Paul Theroux percorre toda a extensão da fronteira EUA-México (onde encontra emigrantes em busca de conforto) e depois mergulha profundamente no interior, nas estradas secundárias de Chiapas e Oaxaca, vai a Monterrey e a Veracruz para descobrir um mundo fascinante escondido por detrás da brutalidade e da violência das manchetes dos jornais e das histórias dos cartéis da droga.