A emergente artista alt-folk Ailbhe Reddy partilha a nova comovente faixa “Looking Happy”, o single mais recente do álbum de estreia Personal History, com lançamento previsto para 2 de Outubro pela Street Mission Records.
Ailbhe Reddy diz explica o single: “A música é sobre observar a vida de alguém de longe após o término do namoro. Todos nós deveríamos saber agora que o que as pessoas apresentam online é uma versão brilhante e feliz dos eventos mas, às vezes, é impossível ter essa lógica quando estás a sofrer. A maioria das pessoas provavelmente acaba por visitar o perfil online de um ex e sente que sua vida é cheia de festas e dias divertidos porque isso é tudo o que as pessoas mostram da sua vida no online ”.
Tendo atraído elogios generalizados em toda a comunidade de críticos (Consequence of Sound, The Line Of Best Fit, Clash, Wonderland), grande destaque em todas as ondas de rádio da BBC 6 Music (Reino Unido, Lauren Laverne) e marcando presença em lugares de renome como Glastonbury, Primavera e Latitude, o perfil de Ailbhe está certamente em ascensão e o seu primeiro longa duração chega na altura certa.
Disco Personal History
O disco de estreia de Ailbhe Reddy é uma colecção íntima e introspetiva de canções que ruminam os ritos de passagem de uma artista jovem, emergente e ‘queer’ de Dublin.
Em Personal History, a capacidade de Ailbhe de escrever canções de auto-avaliação sincera e honesta vê-a navegar autobiograficamente por finais de relacionamentos na era das redes sociais (“Looking Happy”), fazer reflexões sobre a dualidade entre solidão e independência durante as suas tours (“Time Difference”), e a revelar a sua orientação sexual (“Between Your Teeth” e “Loyal”).
Tendo feito uma pausa na música para estudar psicoterapia por um ano durante a gravação do seu álbum, há uma sensação de que Ailbhe aplica uma nova compreensão e empatia às perspectivas e problemas das pessoas que a rodeiam, além de analisar indirectamente os problemas da sua vida. O estimulante “Self Improvement” dá lugar a um diálogo sobre as dificuldades em lidar com a saúde mental, enquanto outras músicas dissecam com maior precisão questões como aprender a conviver com o fracasso ("Late Bloomer") e enfrentar os medos de compromisso ("Failing" e "Walk Away").
Reflectindo sobre o impacto que a psicoterapia teve nas suas composições, Ailbhe diz:
“Estive um ano a estudar psicoterapia antes de começar a escrever este álbum e apercebi-me, enquanto o gravava, de que de forma subconsciente inclui vários termos clínicos nas minhas letras. Palavras como ego, verdadeira intimidade, história pessoal e auto-melhoramento. Os temas sobre compreensão do meu medo e dependência das relações com os outros, a minha frustração comigo mesma, o meu percurso de auto-aceitação. O conjunto de canções que no final decidi juntar neste álbum estão todas ligadas ao meu desejo, como compositora, de me compreender e de compreender os que me rodeiam. Escrever é ser compreendido, a música é terapia.”
Reunindo estas experiências externas a melodias aperfeiçoadas ao longo dos anos, Ailbhe chega a uma longa lista de 18 gravações demo. Sentindo-se confiante com o seu trabalho, contactou Erland Cooper (a quem foi apresentada em 2017 quando escreveu “Walk Away”) e Tommy McLaughlin (produtor e membro da tour de SOAK) que receberam os seus temas com forte entusiasmo, ambos oferecendo as suas qualidades e experiência de produção. Tendo estabelecido a sua residência no ambiente estimulante dos Attica Audio Recording Studios de McLaughlin em County Donegal (Irlanda), imersos num cenário inspirador e longe das distrações da cidade, o trio desenvolveu uma calorosa sintonia com o sentimento de visão partilhada que originou o disco de estreia de Ailbhe.
“Após cada sessão com o Erland, senti que aprendi sempre sobre mim e sobre a minha escrita, o que é bastante raro.” Elogia Ailbhe. “Trabalharam várias vezes juntos e eu admiro o trabalho do Tommy há anos, o que para mim acabou por ser uma oportunidade para trabalhar com os meus dois produtores de sonho no meu álbum de estreia. Pretty sweet!”
Uma visita de James Byrne, o companheiro de banda de McLaughlin (ex-Villagers), deu a oportunidade ao baterista de gravar alguns dos seus ritmos. Após duas semanas, o grupo refinou as 18 demos e transformou-as em 10 canções altamente polidas, chegando finalmente a Personal History. Seja o pop mais perguiçoso da canção de abertura do álbum, “Failing”, ao estilo de Julia Jacklin, as influências das girl bands dos anos sessenta em “Time Difference”, a acústica íntima e sussurrante de “Walk Away”, o folk delicado de “Loyal”, ou o título marcante ao estilo Big-Thief da balada “Personal History”, um resultado de várias influências e histórias reais. Embora magistralmente embelezadas por um estúdio de música de classe mundial, as canções de Personal History permanecem tão expressivas musicalmente quanto as letras são emotivas, nunca perdendo de vista as suas origens.
“Enquanto escrevia este álbum ia mergulhando bastante no mundo da psicoterapia e da teoria do apego… os diferentes aspectos que moldam uma pessoa acabarão por afectar o seu relacionamento contigo.” disse Ailbhe. “Todas as canções do álbum falam sobre as minhas relações com outras pessoas e a última canção fala da minha relação comigo mesma, por isso o titulo ‘Personal History’ fez sentido.”
Personal History, com capa também da autoria de Ailbhe, é um álbum que não só é fiel ao seu título como também é fiel à própria artista. É um disco que documenta tanto a história que acompanha o seu crescimento e evolução, como é uma análise terapêutica. Um capítulo muito específico da história de Ailbhe até hoje com o qual muitas pessoas se irão identificar. Uma catartese, um estudo de caso da alma. Personal History é um álbum para apreciar e para estimar.