quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Holocausto de Irene Flunser Pimentel


Da conceituada historiadora Irene Flunser Pimentel, chega amanha às livrarias Holocausto, uma investigação exaustiva e detalhada sobre a Shoá e também do papel de Portugal face a esse medonho acontecimento da história da humanidade. Um livro sobre os horrores do extermínio de milhões de inocentes com a complacência dos cidadãos de vários países, para que a história não se repita.

Apesar de ser um dos assuntos mais estudados a nível internacional, em Portugal o tema do Holocausto, ou Shoá, ficou submerso num limbo – devido à ditadura de Salazar e à sua política de neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial. Depois do 25 de Abril começou-se a investigar mais o tema, mas sempre com a diplomacia portuguesa e os refugiados que passaram por Portugal como objeto de estudo. Nesta obra de Irene Flunser Pimentel, é abordado o papel do nosso país e são esclarecidas muitas das dúvidas que ainda persistem sobre o Holocausto. Dividido em duas partes, o livro primeiro faz uma contextualização histórica da Shoá – os  seus antecedentes, a sua linguagem, como foi visto pela comunidade internacional –, para depois se focar em Portugal, no Estado Novo, na política externa de Salazar e na opinião do público português sobre a guerra e o extermínio de milhões de inocentes às mãos dos nazis.

Irene Flunser Pimentel apresenta uma obra essencial, para historiadores, leitores curiosos e todos aqueles que querem saber mais e melhor sobre o Holocausto.

Sobre a Autora

Irene Flunser Pimentel é mestre em História Contemporânea (Século XX) e doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH da UNL), é autora de História das Organizações Femininas do Estado Novo (2000), que obteve o Prémio Carolina Michaëlis em 1999, de Fotobiografia de Manuel Gonçalves Cerejeira (2002), de Judeus em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial. Em Fuga de Hitler e do Holocausto (2006), Prémio ex-aequo Adérito Sedas Nunes, atribuído pelo Instituto de Ciências Sociais em 2007, de A História da PIDE (2007), que mereceu o Prémio Especial Máxima em 2008, de Tribunais Políticos. Tribunais Militares Especiais e Tribunais Plenários durante a Ditadura e o Estado Novo, em coautoria (2009), de Fotobiografia de José Afonso (2009), de A cada um o seu lugar (2011), que recebeu o Prémio Ensaio 2012 da Máxima, e de Salazar, Portugal e o Holocausto, em coautoria (2013). Foi distinguida com o Prémio Pessoa em 2007 e com o Prémio Seeds of Science, na categoria «Ciências Sociais e Humanas», em 2009.