Em 2020, o Concerto Por Um Novo Futuro traz-nos um espectáculo solidário protagonizado por José Cid & Quinteto. No dia 10 Setembro, na Altice Arena, em Lisboa, o Concerto Por Um Novo Futuro será feito de emoções, numa noite em que as letras, as melodias e o carisma de José Cid, juntamente com a qualidade dos músicos que o acompanham, são os ingredientes perfeitos para uma noite que se quer solidária e memorável. Clássicos como “20 anos”, “Um Grande, Grande amor”, “Minha Música”, “A Rosa Que Te Dei”, “Ontem, Hoje e Amanhã”, entre muitos outros, (não falando em outros temas mais recentes e que já são êxitos certos) vão fazer as delícias do público.
De mãos dadas, a Música e a Solidariedade juntam-se pelo décimo ano consecutivo para ajudar a associação Novo Futuro. José Cid, nome incontornável da música portuguesa, premiado como poucos e adorado pelo público português, vai trazer os seus clássicos de sempre para contribuir para a melhor das causas – ajudar as crianças institucionalizadas.
José Cid não é só um dos grandes intérpretes e compositores da música portuguesa das últimas décadas, como também está na origem daquilo que é a música pop e rock em Portugal. Com mais de 60 anos de carreira, o músico da Chamusca tem mais de 25 discos de prata, oito de ouro, três de platina, além de inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro, como por exemplo o Globo de Ouro SIC, Prémio Carreira, ou o Grammy Latino de Excelência Musical, atribuído em 2019. Desde a sua primeira canção composta na adolescência, José Cid nunca mais parou, coleccionando êxito atrás de êxito, num percurso absolutamente singular, tanto pela notoriedade adquirida, como pelos inúmeros empreendimentos artísticos abraçados ao longo dos anos – José Cid atirou-se a vários géneros e passou sempre com distinção.
Em 1956 fundou a primeira banda rock portuguesa, Os Babys. E esses foram anos de preparo para aquele que é, até hoje, um dos maiores marcos da música portuguesa: os míticos Quarteto 1111. “A Lenda de El-Rei D. Sebastião” ainda é a música mais premiada em Portugal, com dois prémios Pouzal Domingos. Infelizmente todo esse vanguardismo foi castigado pelo anterior regime, que chegou ao ponto de censurar 28 canções do grupo – recorde para qualquer compositor. A partir desse momento, e nos anos seguintes, José Cid editou uma série de temas que o confirmam com um compositor de excelência: “20 Anos”, “Yesterday, Today and Tomorrow” (prémio Yamaha em Tóquio no Búdokan para “outstanding composition” e “Mosca Superstar” (com o grupo Cid, Scarpa, Carrapa Nabo) são alguns exemplos dessa capacidade criadora.
O capítulo seguinte desta história foi disco “10.000 Anos Depois entre Vénus e Marte”, editado em 1977, e um verdadeiro acontecimento na história do rock progressivo – foi incluído na lista de 100 melhores álbuns de rock progressivo do mundo, organizada pela revista americana Billboard, e, em 2015, a Sputnick Music Magazine UK colocou esse disco nos 5 (cinco)melhores álbuns de sempre do chamado rock sinfónico. O sucesso lá fora teve vários outros capítulos ao longo dos anos, como quando encantou a Venezuela com o tema “Na cabana junto a praia, considerada por muitos a mais bela balada de amor escrita em Portugal, ou quando gravou o tema “Spring Time of My Life”, para a editora “Family”, em Los Angeles, ou ainda quando lançou dois álbuns em inglês na Austrália e na África do Sul, com considerável êxito. Também colecionou inúmeras digressões internacionais, contracenando com nomes como Menat Work, Amália Rodrigues, Xutos & Pontapés, Julio Iglesias, Water Boys, Rodger Watson, entre muitos outros.
E enquanto Cid conquistava o mundo, o sucesso dentro de portas continuava a crescer. Em 1980 venceu o Festival RTP da Canção com a música “Um Grande, Grande Amor”. Depois de tantos sucessos Cid sempre soube arriscar e reinventar a sua personalidade artística. “Fados de Sempre” (1997) surpreendeu pela alma fadista inesperada, “Vendedor de Sonhos” foi considerado um dos melhores álbuns pela crítica mais exigente, a produção jazzística de “Cais do Sodré” espantou tudo e todos e ainda conseguiu revelar a sua vasta cultura literária em “Ode a Garcia Lorca” (1999), editado no mercado espanhol na comemoração do Centenário do nascimento de Lorca, ou em “Entre Margens” (1999), com poemas de Lorca, Camões, Pessoa, Natália Correia, David Mourão Ferreira, Neruda, entre outros.
Com o advento da internet, foi descoberto pelas novas gerações graças a temas divertidos e intemporais como “Como o Macaco Gosta de Banana” e “Favas com Chouriço”. Isso torna-o assíduo nos concertos universitários de norte a sul do país. A partir daí, José Cid passou a ser chamado pelas novas gerações de “Tio Zé” e arrasou nos tops com os discos “Baladas da Minha Vida” e “Quem Tem Medo de Baladas”, esgotando todos os concertos feitos no mítico recinto no Campo Pequeno entre 2010 e 2015. Tal feito viria a resultar no multiplatinado “Ao Vivo no Campo Pequeno”. Mais recentemente editou “Menino Prodígio”, um registo bem rockeiro, já na sua própria label, a “aCid Records”. E a maior prova de que José Cid continua em grande forma é olhar para o seu ano de 2019: ganhou um Grammy Latino de Excelência Musical, enchendo de orgulho todos os portugueses, e editou um novo disco, de World Music: “Fados, Fandangos, Malhões e... uma Valsinha”.
Depois de uma carreira também marcada pela solidariedade – como provam o disco “Pelos Direitos do Homem”, dedicado à causa da independência de Timor, ou o facto de promover concertos para ajudar bombeiros em todo o país. E isso faz de José Cid a pessoa certa para ajudar a Associação Novo Futuro em mais uma noite memorável, em que ajudar é um espectáculo – dia 10 de Setembro de 2020, na Altice Arena, em Lisboa.
Os bilhetes já estão à venda na Blueticket e locais habituais e variam entre os 18€ e os 45€