sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Palavras ilustradas por Sérgio Godinho


O jogo de palavras é o que Sérgio Godinho faz de melhor, como é comprovado por algumas das mais memoráveis letras das suas canções, que todos os portugueses sabem trautear de cor, assim que ouvem os primeiros acordes. É essa capacidade de envolver que Sérgio Godinho nos traz também em Palavras São Imagens São Palavras, que chega às livrarias a 25 de novembro. Desta vez, num jogo encantado de imagens e palavras.

Este é um livro de poemas ilustrados, ou de imagens vertidas em poemas, de um grande letrista português. As palavras não dão origem a canções, mas a imagens, que Sérgio Godinho procurou ativamente, ou que foi registando espontânea e aleatoriamente e que vieram a encontrar a «sua» letra. O diálogo que assim se estabelece entre poemas e fotografias atravessa os temas da viagem, do amor, da memória e da arte, produzindo instantâneos de pessoas, lugares, presenças (e ausências), e de acontecimentos ora recorrentes, ora únicos e irrepetíveis.

Sobre o Autor

Sérgio Godinho nasceu no Porto e aí viveu até aos vinte anos, altura em que saiu de Portugal. Estudou Psicologia em Genève durante dois anos, antes de tomar a decisão «para a vida» de se dedicar às artes. Foi actor de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 1960. É de 1971 o seu primeiro álbum, Os Sobreviventes, seguido de mais vinte e sete até aos dias de hoje. Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes dos últimos cinquenta anos. Sobre si próprio disse: «Não vivo se não criar, não crio se não viver. Essa balança incerta sempre foi a pedra-de-toque da minha vida.» O seu percurso espelha, precisamente, essa poderosa interação entre a vida e a arte. Voz polifónica, Sérgio Godinho levou frequentemente a sua escrita a outras paragens. Guiões de cinema (Kilas, o Mau da Fita), peças de teatro (Eu Tu Ele Nós Vós Eles), séries de televisão, histórias infanto-juvenis (O Pequeno Livro dos Medos), poesia (O Sangue por Um Fio), crónicas (Caríssimas Quarenta Canções), entre vários exemplos. Estreou-se na ficção com Vidadupla, um conjunto de contos publicado em 2014, a que se seguiram os romances Coração Mais Que Perfeito e Estocolmo.