sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

"Conta-me Como Não Foi” analisa mitos e mentiras da História de Portugal


A Casa das Letras edita na próxima terça-feira, 22 de fevereiro, “Conta-me Como Não Foi”, do jornalista Rui Cardoso, que analisa mitos e mentiras da História de Portugal. Da escola náutica de Sagres que nunca existiu, ao pioneiro Viriato, que, em boa verdade, andou mais pela Andaluzia do que pela Serra da Estrela. Já para não falar da padeira de Aljubarrota...

“As inverdades e mentiras na nossa História são, elas próprias, uma história sem fim, que se estende até tempos bem mais recentes. Ainda hoje há quem acredite que, em 1975, Portugal esteve à beira de uma guerra civil e que só a vitória das ‘forças democráticas’ no golpe militar de 25 de Novembro desse ano reconduziu o país ao bom caminho. Só que esta tese é tão historicamente informada como dizer que Portugal começou com um filho a bater na mãe… Viajemos, pois, ao encontro dos mitos da História de Portugal”, escreve Rui Cardoso, na introdução em que explica que dividiu o livro em duas partes.

Uma primeira, dedicada aos mitos e à sua génese, seja em matéria de heróis, seja dos monumentos que celebram os seus feitos, sem esquecer as releituras encenadas do passado, os atentados à memória histórica e ao património, para além dessa quinta‑essência da mitificação que são os hinos, nomeadamente os nacionais. Na segunda e última parte analisam‑se caso a caso alguns mitos que me pareceram centrais, começando pelo nebuloso Viriato e por esse arremedo freudiano de Afonso Henriques a bater na rainha Teresa e, navegando séculos fora, Aljubarrota, a suposta Escola Náutica de Sagres, Alcácer‑Quibir, o ultimato britânico, a guerra colonial, o 25 de Abril ou o PREC.

Sobre o Autor

Rui Cardoso nasceu em Lisboa, em 1953, formou‑se em engenharia electrotécnica, mas cedo enveredou pelo jornalismo. Começou no Diário Popular, passou pela revista Face e por O Independente, mas foi no Expresso que fez a maior parte da sua carreira, entre 1989 e 2018. Dedicou‑se também aos livros, uns sobre a descoberta do nosso país nas mais diversas vertentes (turismo científico, passeios a pé, património, etc.), outros virados para aspectos menos conhecidos da História de Portugal, à qual volta com esta obra.