Brandos Costumes… é a mais recente obra coordenada por Luís Reis Torgal. A análise dos processos da polícia política de figuras «exemplares» no panorama cultural português torna este livro absolutamente necessário a todos os interessados pela história do período do Estado Novo.
O título, escolhido propositadamente, procura mostrar que é impossível ter havido – como defendido por Salazar – uma adaptação do Estado aos «brandos costumes» do povo português.
Uma obra dedicada «a todos os intelectuais e a todos os
cidadãos que foram vítimas da PIDE, tendo sido presos,
demitidos das suas funções públicas, prejudicados nas suas
carreiras profissionais ou simplesmente vigiados».
Um livro escrito a várias mãos, Brandos Costumes… traz ao
leitor as histórias de figuras emblemáticas como Tomás da
Fonseca, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro, Miguel Torga,
Natália Correia, Luís Sttau Monteiro e tantos outros artistas
que, fazendo «oposição», defendiam a liberdade da escrita.
Usando variadíssimas fontes, mas privilegiando os processos
da polícia política, os vários autores deste livro dão ao leitor a
perceção das possíveis consequências para quem ousava
criticar o regime de Salazar e Marcello Caetano.
Publicado pela Temas e Debates, este livro estará disponível nas livrarias de todo o país a partir do dia 15 de setembro.
Sobre o coordenador
Luís Reis Torgal, nascido em Coimbra em 1942, é professor catedrático aposentado da Universidade de Coimbra e
membro fundador do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (CEIS20). Publicou diversas
obras e artigos sobre vários temas de várias épocas, entre elas o tempo do Estado Novo. Neste âmbito destaca-se a
obra Estados Novos, Estado Novo (Coimbra: Imprensa da Universidade, 2009). O seu último livro, integrado no
Bicentenário da Revolução de 1820, intitula-se Essa Palavra Liberdade… (Lisboa: Temas e Debates, 2021).