A exposição Faraós Superstars desenvolve-se em torno da figura do faraó e do lugar que este tem ocupado no nosso imaginário coletivo ao longo de 5000 anos, da Antiguidade aos dias de hoje.
Uma dupla celebração está na origem desta exposição: os 100 anos da descoberta do túmulo de Tutankhamon, no Vale dos Reis, pelo egiptólogo britânico Howard Carter e os 200 anos da decifração dos hieróglifos, por Jean-François Champollion.
Apresentada recentemente no Mucem, em Marselha, a exposição reúne cerca de 250 obras de importantes coleções europeias, entre antiguidades egípcias, iluminuras medievais, pinturas clássicas, documentos, obras históricas, mas também vídeos, música pop, bens de consumo e publicidade do nosso tempo.
Este conjunto tão variado de obras convida a uma reflexão sobre a popularidade destas personagens históricas, e por vezes míticas. Porque são alguns faraós autênticas celebridades, enquanto a memória de outros se perdeu ao longo do tempo?
A natureza efémera desta popularidade, nem sempre associada ao reconhecimento histórico, é outro tema explorado nesta exposição. Khufu (Quéops, em grego), Nefertiti, Tutankhamon, Ramsés e Cleópatra continuam a ser nomes reconhecidos milhares de anos após a sua morte. Mas, atualmente, quem se lembra de Teti, de Senuseret ou de Nectanebo?
O público poderá cruzar-se com obras únicas vindas das coleções do British Museum (Londres), do Museu do Louvre (Paris), do Museo Egizio (Turim), do Ashmolean Museum (Oxford), do Musée d’Orsay (Paris), do Mucem – Musée des Civilisations de l’Europe et de la Méditerranée (Marselha) ou da Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa), entre outras.
Em foco estarão também peças do núcleo de arte egípcia do Museu Gulbenkian, ponto de partida para uma reflexão sobre a relação que Calouste Gulbenkian estabeleceu com Howard Carter, conselheiro para a maioria das suas aquisições.
A exposição conta também com um vídeo de Sarah Nagaty, produzido especificamente para a exposição em Lisboa, intitulado Egito: A Longínqua Terra Próxima. Ao longo de 8 minutos, a investigadora e curadora explora o seu Egito contemporâneo, comparando-o com o Egito Antigo que tanto fascina as pessoas com quem se encontra em Portugal.
Além do habitual programa de visitas, as atividades paralelas a esta exposição incluem workshops, oficinas de férias, vídeos e curso online, um colóquio internacional, um ciclo de cinema e uma exposição bibliográfica, entre outras iniciativas dirigidas a públicos específicos.
Para as famílias, foi criado o jogo A Cartela do Faraó, que permite a pequenos e adultos explorar a exposição de um modo divertido e criativo.
Foi também desenhado um programa de acessibilidade visual, que contempla várias estações táteis localizadas ao longo da exposição. Os textos sobre as obras são disponibilizados online em formato ampliado.
Os vídeos pedagógicos incluídos na exposição, bem como as visitas orientadas, têm interpretação em Língua Gestual Portuguesa.
Curadoria: Frédéric Mougenot (Palais des Beaux-Arts de Lille) e João Carvalho Dias (Museu Calouste Gulbenkian).
Mecenas: Bankinter