quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Festival Emergente 2022



A 4ª edição do Festival Emergente vai acontecer nos dias 28 e 29 de Dezembro, respetivamente no Music Box e no B.Leza. Dois espaços icónicos da noite lisboeta e cada vez mais associados à programação de novos valores.

Como já é marca do festival, o talento Super Emergente será o foco. Seis projetos musicais, distribuídos pelas duas salas, subirão aos palcos do Emergente mediante a seleção por Open Call, aberto de 18 a 30 de Novembro. A convite da organização, o cartaz será completado por três projetos musicais da nova geração de valores da música portuguesa, e um Set DJ na última noite, para a partilha de energias na pista entre artistas e público. O Line-up completo do festival será revelado no dia 5 de Dezembro, inclusive as seis bandas e projetos musicais Super Emergentes.

É a quarta edição do festival e a sua quarta versão, com novas datas. Gostamos desta variabilidade em consonância com o carácter fresco, dinâmico e imprevisível que caracteriza o Emergente. Este ano o festival emerge no seu final, como último festival de 2022. E para a novíssima geração de músicos portugueses, haverá melhor forma de terminar o ano do que ser um dos nomes do cartaz do Festival Emergente 2022, garantido uma das seis Slots disponibilizadas para o Concurso Super Emergentes?

Três das bandas selecionadas a concurso apresentar-se-ão no Musicbox, no dia 28 de Dezembro, a partir das 20h30, com abertura de portas às 20h00. A primeira noite termina com Bandua, o vibrante projeto de Bernardo D’Addario e Edgar Pereira Valente, emergido este ano da colaboração entre os dois músicos, cujo talento foi recentemente reconhecido pela RTP, que os convidou para comporem um dos temas do Festival da Canção 2023. Será o último concerto de 2022 de Bandua, a apadrinhar e a motivar os ainda mais emergentes, depois de um ano a tocar por todo o país o seu prodigioso álbum de estreia com o mesmo nome “Bandua”. São nove temas com base nas tradições musicais da Beira Baixa, revistos à luz do “downbeat” eletrónico, que resulta em sonoridades de uma contemporaneidade lancinante e dançável, evocando a cada beat a ancestralidade da cultura beirã.

As outras três bandas selecionadas para o cartaz do festival através do concurso Super Emergentes, apresentam-se no dia 29 de Dezembro no B.Leza, a partir das 21h30, com abertura de portas às 21h00 para o início de uma noite que durará até às 03h00. Nessa noite, sobem ao palco emergente, a convite da organização, Unsafe Space Garden e SFISTIKATED. Tendo iniciado o seu percurso pela irreverência musical em 2019, os Unsafe Space Garden vêm ao Emergente tocar os temas de "Bro You Got Something In Your Eye - A Guided Meditation" pelo espectro de emoções que caracteriza o ser-se humano, servido em forma de tragicomédia musical “para que as burocracias de estar vivo deixem de fazer sentido e se desvende a pedra de que somos feitos.” Os SFISTIKATED são a dupla João Marques (First Breath After Coma) e Roberto Oliveira (Whales). Partem dos cânones da eletrónica para logo a seguir se desconstruírem através de um jogo de colaborações que cruza fronteiras e géneros. Uma mão cheia de convidados, oriundos da Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, criaram com eles um primeiro disco que reconstrói “de forma original e pertinente, ligações na área da música eletrónica, pop e hip-hop, sem fugir aos padrões convencionais, mas desafiando estes com toques de experimentalismo e glitch”. No mesmo dia em que lhes comunicámos a decisão de os programar para o Festival Emergente, ficámos a saber que abririam o concerto de Alt-J no Campo Pequeno. Ficámos muito felizes por eles, por nós e pela sintonia da escolha. A noite e o festival termina com o DJ Set de James Flower (alter ego de Tiago Narciso, produtor e dj lisboeta). Apaixonado por música eletrónica e atmosferas melódicas vibrantes, James decidiu desenvolver uma abordagem pessoal e perspicaz para as suas composições, criando faixas atraentes que misturam sonoridades nostálgicas e texturas quentes.

Um cartaz cheio de talento, emergente e diverso, mais eclético que nos anos anteriores, a dar o mote para mais um Open Call Super Emergentes que se espera fortíssimo, tendo em conta a qualidade dos dois anos anteriores e a expectativa que o concurso já suscita junto daqueles que ambicionam iniciar os seus percursos artísticos e gravar um primeiro ou segundo álbum (ver regulamento).

O Emergente faz assim de novo jus à sua principal missão de apoiar a nova geração da música portuguesa, não baixando os braços, reinventando-se a cada edição e oferecendo todos os anos o maior número de oportunidades possível, oferecendo visibilidade e condições para os projetos selecionados puderem brilhar e fazer emergir o seu talento.

Sabemos que bons músicos se tornam ainda melhores músicos quando têm boas condições para fazer o que melhor sabem. Acreditamos que esse é o maior incentivo que podemos dar a esta nova geração para prosseguirem com os seus sonhos. 

O Festival Emergente tem já um enorme lastro de talento que vai deixando a sua marca na história da música portuguesa. Em 2022 vamos continuar a contribuir para essa história da melhor forma, combinando talentos Super Emergentes com outros confirmados pelo público e pela indústria musical e que agora emergem noutras dimensões dos seus percursos artísticos, como é o caso do duo Bandua, formado por Bernardo D’Addario e Edgar Valente, mas também do duo SFISTIKATED quer nos seus projetos paralelos (First Breath After Coma e Whales), quer nas suas atuações mais recentes (MIL e primeira parte de Alt-J), reinventando-se noutros formatos e explorando outras sonoridades com arrojo e ambição, e ainda com outros ainda à procura do seu espaço, como os Unsafe Space Garden, através da irreverência e da qualidade da sua proposta única, estética e musicalmente tão exigente quanto inspiradora.  

E desta vez, as bandas que atuarão no Festival Emergente 2022, sobem aos palcos de duas salas que são elas mesmo parte integrante da história da música portuguesa e da noite lisboeta,  juntando-se à lista de mais de 40 nomes que fizeram até agora a história do festival: em 2021, Solar Corona, Humana Taranja, Los Chapos, Caio, April Marmara, Biloba, Bia Maria, Falso Nove, Quase Nicolau, Madalena Palmeirim, Chinaskee, Sreya, Gator the Alligator, Mike Vhiles, Conjunto Júlio, Eva Cigana, Mikee Shite, Too Many Suns; em 2020, Dream People, Hause Plants, Meta, Fugue, Rui Rosa, Cíntia, Vila Martel, Lana Gasparøtti; em 2019: Dji Jays, Stone Dead, Sunflowers, Cave Story, Ossos D’Ouvido, Palmers, Elephant Maze, Môrus, Venga Venga, Pedro Mafama, Filipe Sambado e os Acompanhantes de Luxo, Tourjets, Time for T, Sun Blossoms, Cosmic Mass.