Depois do sucesso do álbum de estreia “Esperar Pra Ver”, Perpétua estão de volta para mais uma aventura. “Muito Mais”, EP de homenagem a Carlos Paião, é agora lançado em formato vinil e vem acompanhado de um videoclipe do single homónimo.
Perpétua acabam de lançar “Muito Mais”, um Extended Play composto por três grandes êxitos - “Pó de Arroz”, “Playback” e “Cinderela” - e duas canções - “Muito Mais” e “Eu Não Sou Poeta” -, que não tiveram tempo de brilhar na obra do cantautor ilhavense Carlos Paião. Resultado de uma parceria com a Câmara Municipal de Ílhavo, é uma celebração da discografia de Paião, refrescada por uma banda que se eleva para além dela própria através do repertório do seu conterrâneo.
Carlos Paião partiu cedo demais, mas façamos um exercício. Imaginemos que ele teria nascido em meados dos anos 90. Como seria a sua música, caso ele fosse um jovem suburbano contemporâneo, ao mesmo tempo saudosista do fenómeno disco dos anos 70 e 80 e entusiasta das estéticas mais modernas, da sensibilidade pop às nuances alternativas? Foi neste exercício de reinvenção que Perpétua decidiram trabalhar, colorindo com as suas cores os desenhos deixados pelo seu conterrâneo no século passado, bem antes do nascimento de qualquer um dos membros.
O videoclipe de “Muito Mais” personifica as raízes de ambos, na natureza e serenidade do Jardim Oudinot, com o célebre Navio-Museu Santo André como pano de fundo. Carlos Paião nasceu a 1 de novembro de 1957 e, desde cedo, desenvolveu uma forte ligação a Ílhavo e ao Mar. Filho dos ilhavenses Capitão Carlos Manuel Paião e Professora Ofélia Machado, contribuiu para enaltecer a Cultura local (e nacional) no mundo. O teledisco tenta dizer Paião sem nunca o dizer, numa viagem audiovisual minimalista, descontraída e contagiante captada pela câmara de Bernardo Limas e com edição de Xavier Sousa, baixista da banda.
O EP “Muito Mais” pode ser escutado em todas as plataformas digitais habituais e conta com uma edição exclusiva em vinil, que será lançada durante a Milha - Festa da Música e dos Músicos de Ílhavo, na próxima sexta-feira, dia 4 de novembro. O vinil poderá ser adquirido nos espaços do 23 Milhas, na loja do Museu Marítimo de Ílhavo e na Loja Online do Município de Ílhavo.
Diogo Rocha, Rúben Teixeira e Xavier Sousa conheceram-se numa escola de música, na Gafanha da Nazaré - Município de Ílhavo, onde se iniciaria o percurso musical de cada um, bem como uma amizade que viria a ser a semente de onde germinaria a Perpétua. O Diogo viria a conhecer a Beatriz Capote no ensino secundário e foi o gosto pela música que os fez manter contacto desde então.
Juntos pontuam o território com uma bateria marcante, um baixo cavalgante, guitarras que oscilam entre as profundezas da reverberação e os tons saltitantes disco, uma voz suave e teclados que cosem tudo isto em paisagens sonoras imaginativas e frescas. O resultado final são refrões “orelhudos” e melodias doces inéditas, que prometem uma jornada sonora memorável, composta e pensada no dia a dia de um qualquer alguém.
Lançaram o seu primeiro single “Condição” em setembro de 2020 e estrearam-se logo em novembro do mesmo ano. Lançaram o seu álbum de estreia “Esperar Pra Ver” em março de 2021 e com ele o single “Perdi a Cor”, que tem tido airplay constante, em rádios nacionais e regionais, e foi também escolhido para integrar a coletânea Novos Talentos FNAC 2021.