sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Textos irreverentes e absolutamente perspicazes na terceira compilação de ensaios de Margaret Atwood



Desde os gigantes da tecnologia, passando, como não podia deixar de ser, pela literatura, as questões feministas, o ambiente, os direitos humanos – e até os cereais do pequeno-almoço –, Margaret Atwood, nome maior da literatura contemporânea, autora de A História de Uma Serva ou de Os Testamentos, faz uma análise minuciosa deste início de século XXI numa série de ensaios irreverentes e absolutamente perspicazes, nos quais não prescinde do seu apurado sentido de humor nem da argúcia que sempre caracteriza as suas observações. Questões Escaldantes, com tradução de Eugénia Antunes e Paulo Rêgo, é agora publicado em Portugal pela Bertrand Editora.

Fruto do olhar atento de um nome incontornável das letras, Questões Escaldantes é uma obra fundamental que nos convida a todos à reflexão, e onde tão importantes como as respostas são as perguntas. Em tempos de inquietação, façamos deste o nosso livro de cabeceira.

Já disponível nas livrarias.

Sinopse

Margaret Atwood, ícone cultural e uma das mais importantes escritoras contemporâneas, está de regresso com uma extraordinária coleção de ensaios – divertidos, eruditos, terrivelmente curiosos e assombrosamente premonitórios –, que procuram dar resposta às questões mais prementes dos nossos dias, tais como: porque é que todas as pessoas contam histórias, em todos os pontos do planeta, em todas as culturas (onde se incluem dissertações da autora a propósito do processo de escrita de A História de Uma Serva, Os Testamentos, Órix e Crex, e outras das suas maravilhosas obras)? Quanto de nós podemos dar aos outros, ou de quanto podemos prescindir, sem que fiquemos vazios? Será possível viver no planeta Terra? Como? É «verdade», seja o que for? E é justo? O que têm os zombies que ver com autoritarismo? 

Ao longo de cinquenta peças literárias, Atwood convoca o melhor do seu prodigioso espírito crítico e do seu humor irreverente, discorrendo sobre o fim da História, a crise financeira, a ascensão de Trump ao poder e a herança do trumpismo, e a própria pandemia. Da dívida pública aos grandes gigantes tecnológicos, da crise climática ao nosso conceito de liberdade, das velhas às novas gerações, daquilo que escreve àquilo que os outros escrevem... Não haverá melhor guia para os muitos e variados mistérios do universo humano. 

Sobre a Autora

Margaret Atwood nasceu em Otava, em 1939. É uma das mais celebradas autoras canadianas, senão a melhor, e, além de A História de Uma Serva – agora uma série de televisão multipremiada –, publicou mais de quarenta livros de ficção, poesia e ensaio. Recebeu diversos prémios literários ao longo da sua carreira, incluindo o Arthur C. Clarke, o Booker Prize (em duas ocasiões, por O Assassino Cego, em 2000, e por Os Testamentos, em 2019), o Prémio Príncipe das Astúrias para a Literatura, o Pen Center USA Lifetime Achievement Award e o Prémio da Paz dos Editores e Livreiros Alemães. Foi ainda agraciada com o título de Chevalier da Ordem das Artes e das Letras de França e com a Cruz de Oficial da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha. Uma das mais ativas vozes do feminismo moderno, na ficção e na não ficção, está traduzida para trinta e cinco línguas. Vive em Toronto.