Neste inicio de setembro, a Albatroz publica Queimar Depois de Escrever. Criado pela britânica Sharon Jones, Queimar Depois de Escrever foi pensado como um diário para contornar o uso das redes sociais como um enorme confessionário, numa era em que tudo se partilha pelos feeds e murais. Este é um caderno privado, um registo “antissocial” destinado a ser escondido ou, como sugere o título, queimado depois de terminado.
Mas o que torna Queimar depois de escrever tão pessoal e intransmissível? É o desafio, lançado sob forma de questões, jogos mentais ou experiências de pensamento, de escrever nestas páginas de forma totalmente honesta, como se de uma extensa e íntima entrevista se tratasse. Ao longo deste livro, os leitores são confrontados com elementos aleatórios (como jogos de associação de palavras ou listas de desejos) e outros mais deliberados, para instigar a reflexão sobre si mesmo e a sua vida, longe de pressões sociais ou medo de julgamento. Não há uma ordem pré-definida para percorrer estas páginas – a autora sugere que se tente a sorte e se abra o livro ao acaso – e há apenas uma regra incontornável: honestidade total, por muito dolorosas que as perguntas sejam.
Queimar depois de escrever já vendeu mais de 1 milhão de cópias em todo o mundo, tornando-se num verdadeiro fenómeno de popularidade, mesmo nas redes sociais.