sexta-feira, 26 de abril de 2024

Um guia para aprender a multiplicar o seu dinheiro



Aprender a Investir – Estratégias comprovadas para multiplicar o seu dinheiro, de Pedro Santos, especialista em investimentos e mentor do projeto Ser Riquinho, será publicado pela Contraponto a 2 de maio.

Num país onde a literacia financeira é deixada para os autodidatas, e onde a expressão “chapa ganha, chapa gasta” faz parte dos hábitos financeiros da generalidade da população, Pedro Santos leva a educação financeira a todos aqueles que querem aprender mais sobre finanças pessoais e mostra como, afinal, enriquecer está ao alcance de todos.

Numa linguagem acessível, começando pela mudança de mentalidade e liquidação das dívidas, passando pela construção de hábitos financeiros saudáveis, até chegar ao alcance da liberdade financeira, o especialista explica de forma detalhada como os investimentos permitem transformar a nossa vida e multiplicar o nosso dinheiro.

Sobre o Autor

Pedro Santos nasceu em Setúbal, em 1992. Licenciado em Gestão de Sistemas de Informação, trabalhou vários anos no setor da banca. Querendo mudar por completo a relação que tinha com o dinheiro – aos 25 anos estava com quatro dívidas e sem poupanças –, começou a estudar e a tirar vários cursos na área dos investimentos. Durante este caminho de transformação pessoal e financeira, criou o projeto digital Ser Riquinho, em 2020, tendo já ajudado milhares de pessoas a terem hábitos financeiros saudáveis e, claro, mais dinheiro. Atualmente dedica-se em exclusivo à sua carreira como educador financeiro, na qual se destaca o trabalho que tem feito nas redes sociais e o curso «O Grande Investimento», que já conta com mais de 2000 alunos. 

Belén López protagoniza “Tiempos” em noite de flamenco no Casino Estoril



Em noite de puro flamenco, Belén López protagoniza, a 22 de Junho, pelas 22 horas, o espectáculo “Tiempos” no Salão Preto e Prata do Casino Estoril. Belén López sobe ao palco para expressar todo o seu talento numa actuação inédita em que irá prevalecer a magia do flamenco. 

“Tiempos” assegura uma noite de flamenco, imperdível, no Salão Preto e Prata. Tudo tem o seu tempo: cada nota, cada gesto, cada compasso, cada lamento, cada silêncio... Quando todos convergem no mesmo espaço, respeitando-se e fundindo-se num só, surge a magia do flamenco. 

Com este espectáculo, Belén López traz-nos uma amostra dessa magia, desnudando a sua alma, acariciando cada momento numa simbiose perfeita com os outros artistas, criando uma mistura de sentimentos que nos faz perder a noção do tempo.

Belén López iniciou uma carreira brilhante aos cinco anos, destacando-se ao vencer o concurso infantil 'Bravo Bravissimo' aos sete. Com passagens internacionais, representou Espanha em São Petersburgo e dançou no prestigiado Teatro de la Zarzuela de Madrid perante a rainha Sofia.

Formada no Conservatório de Dança de Madrid, Belén López brilhou como primeira bailarina na Arena de Verona em “Carmen” de Franco Zeffirelli, ao lado de talentosos artistas. Além disso, recebeu prémios significativos, como o "Mario Maya" de Flamenco e o "Desplante" no Festival de Flamenco de Las Minas e Prémio Alma Flamenca 2024.

Com um percurso versátil, Belén López destaca-se, também, como atriz onde participou em “A casa de papel”, “Operação maré negra” entre outros. Trata-se de uma artista multifacetada que continua a encantar e surpreender o mundo da dança.

MB WAY é official cashless partner da 10ª edição do Rock in Rio Lisboa



O MB WAY é o parceiro de pagamentos do Rock in Rio Lisboa 2024, um dos maiores festivais de música do mundo que celebra 20 anos em Portugal. Esta colaboração tem como objetivo principal oferecer aos festivaleiros uma experiência inovadora e sustentável, com meios de pagamento digitais e eletrónicos, nomeadamente através da opção MB WAY eco. Para além do pagamento MB WAY, mais rápido e conveniente, com a nova opção MB WAY eco os visitantes podem também receber o comprovativo do pagamento em formato digital ao invés dos tradicionais recibos impressos em papel. 

Os utilizadores MB WAY podem ativar esta opção nas Definições do MB WAY em “Preferências eco”.
A parceria entre a SIBS e o Rock in Rio Lisboa representa um marco significativo na evolução dos festivais de música em Portugal, através de pagamentos por meios digitais e eletrónicos, ainda mais convenientes e sustentáveis, no recinto ao longo dos quatro dias do festival. Desde a aquisição de alimentos e bebidas até à compra de merchandising, os visitantes terão disponível, em todos os pontos de venda, o MB WAY eco de forma a melhorar a sua experiência de compra - mais simples, segura, confortável, prática e rápida.

Para otimizar os pagamentos e ter em consideração os fatores de segurança e comodidade, a organização do Rock in Rio Lisboa recomenda que os visitantes não levem dinheiro físico consigo, dando preferência a pagamentos por meios digitais e eletrónicos. Para os visitantes que, ainda assim, optem por levar dinheiro físico, haverá, ao longo dos quatro dias do festival, um sistema (num local a designar, dentro do Parque Tejo Lisboa), que possibilitará a troca deste dinheiro por um cartão que poderá ser utilizado para fazer qualquer pagamento dentro do recinto.

"Estamos entusiasmados por nos associarmos ao Rock in Rio Lisboa e podermos oferecer aos festivaleiros uma experiência de pagamento inovadora e sustentável. O MB WAY representa a vanguarda da tecnologia de pagamentos em Portugal e estamos confiantes de que esta parceria proporcionará uma experiência mais conveniente, ecológica e segura para todos os participantes do festival", afirma Luís Gonçalves, Diretor da SIBS. Acrescenta ainda que, "Qualquer utilizador pode já hoje e de forma bastante simples ativar a opção “Preferências ECO” no MB WAY. São 2 segundos, não tem qualquer tipo de custo e os nossos utilizadores passarão a contribuir ativamente para a redução de utilização de papel nos seus pagamentos. São 11 centímetros de papel que na maior parte das vezes são deitadas fora de forma imediata.”

Roberta Medina, Vice-Presidente Executiva do Rock in Rio, acrescenta ainda que: "Estamos muito satisfeitos por contar com a SIBS como nosso parceiro oficial de pagamentos eletrónicos. O dinheiro físico não será aceite nesta edição do nosso festival porque acreditamos que a adoção do MB WAY como método de pagamento principal, ou de qualquer outro tipo de método que não seja o dinheiro físico – como o contactless ou um cartão - irá melhorar significativamente a experiência, o conforto, a praticidade e a segurança de quem nos vai visitar durante os quatro dias do Rock in Rio Lisboa!”.
A 10.ª edição do Rock in Rio Lisboa realiza-se nos dias 15, 16, 22 e 23 de junho no Parque Tejo, em Lisboa. Esta parceria entre a SIBS e o Rock in Rio promete oferecer uma experiência única, onde a música, a tecnologia e a sustentabilidade se unem para criar momentos inesquecíveis.

Mais informações sobre esta parceria, disponíveis nos sites oficiais do MB WAY e do Rock in Rio Lisboa.

Casino Lisboa recebe Monólogos do Pénis



A comédia “Monólogos do Pénis” está de volta ao Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa. Após o assinalável êxito registado, em 2023, os actores Gonçalo Diniz e Ricardo Carriço sobem ao palco para protagonizar um curto ciclo de cinco representações nos dias 31 de Maio e 1, 6, 7 e 8 de Junho, às 21 horas. 

Em “Monólogos do Pénis” uma conversa entre dois amigos revela o que os homens silenciam quando as mulheres estão presentes. Os seus desejos, preferências e inquietações.

Santiago e Guilherme são dois amigos interpretados pelos actores Ricardo Carriço e Gonçalo Diniz no premiado texto do brasileiro Carlos Eduardo Novaes. A adaptação à actualidade foi entregue ao génio criativo do Luis Filipe Borges (Bóinas) e a encenação ao irreverente Paulo Cintrão.

A peça “Monólogos do Pénis” é um fenómeno de audiências no Brasil, tendo sido vista por mais 1,5 milhões de espectadores. Esteve em cena durante mais de uma década!

Maio traz Brown's Jazz Sessions especiais



Com hora marcada para as 19h em ponto, as três alternadas sextas-feiras de maio, prometem ser inolvidáveis. Dia 3 de maio o tributo será a Elis Regina e Tom Jobim, dia 17 a John Coltraine, e dia 31 o tributo será ao Fado. Os eventos intimistas e com lugares limitados, sujeitos a reserva, vão acontecer no Library Lounge do Brown’s Avenue Hotel.

“As Brown’s Jazz Sessions são inovadoras, no sentido em que recriam um verdadeiro ambiente de clube de jazz, trazendo-nos à raiz deste estilo musical. Em Lisboa não temos nada semelhante, e este cariz intimista e quase exclusivo dos eventos, torna-os muito especiais e por isso têm esgotado muito rapidamente” refere André Rala, Director Geral do Hotel.

“O nosso library lounge já foi palco de nomes muito sonantes do jazz, assim como de artistas emergentes, que proporcionam verdadeiros espetáculos junto da nossa comunidade. Atualmente, em parceria com a Universidade Lusíada, estamos a fazer, com alunos da licenciatura em Jazz e Música Moderna, tributos a músicos incomparáveis, como Elis Regina, Tom Jobim, e John Coltraine. Para a programação de junho e julho, vamos apostar no mesmo formato de sucesso”, acrescenta André Rala. As Brown’s Jazz Session contam com a parceria absolutamente inestimável da Sónia Garcia e da Casa Oliver e com a curadoria do Professor da Universidade Lusíada, Nuno Costa. Os bilhetes podem ser adquiridos através dos canais digitais do Hotel.

Casino Estoril acolhe Gala Solidária APPW



É já no próximo dia 30 de Maio, pelas 21h30, que o Auditório do Casino Estoril recebe a Gala da Associação Portuguesa de Prader-Willi – APPW. Será um evento especial de glamour, música e solidariedade que pretende angariar fundos em prol das pessoas com Prader-Willi e suas famílias.

O Auditório do Casino Estoril acolhe um evento único que será abrilhantado por actuações de música ao vivo e muito mais. APPW convida o público a fazer a diferença e a ser um agente de mudança, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas com Prader-Willi.

A Associação Portuguesa de Prader-Willi - APPW, é uma IPSS formada por familiares e amigos que acreditam no sucesso das pessoas com a Síndrome de Prader-Willi. Por isso mesmo, a APPW nasceu com o objetivo fundamental de protecção, assistência, educação e integração social de indivíduos com a síndrome.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Estreias de cinema de 25 de Abril de 2024



Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:



A Grande Viagem 2: Entrega Especial

O urso pardo Mic Mic e o coelho Óscar já são experientes em resolver as trapalhadas das cegonhas que, de vez em quando, se enganam a entregar os bebés às respectivas famílias. Na última vez que os vimos, andaram ocupados com um filhote de panda, que lhes foi acidentalmente entregue e que tiveram de restituir aos verdadeiros progenitores. Agora, o caso repete-se com um pequeno urso, filho de uma figura importante da política das Florestas Unidas da América, que parece estar a ser alvo de uma trapaça de um velho rival.

Um filme de animação produzido pela Licensing Brands e realizado por Vasiliy Rovenskiy, que continua a história por si iniciada em 2019. Na versão dobrada em português, as vozes pertencem a Rui Unas, José Raposo, José Figueiras e Fátima Lopes. 



Amo-te Imenso

Fábio veio do Brasil para fazer um semestre numa Universidade lisboeta. Na capital, fica a viver com Celsinho, um amigo brasileiro instalado em Portugal já há algum tempo, que o apresenta ao seu grupo de amigos. Entre eles está Maria, uma portuguesa por quem Fábio se apaixona e com quem vai viver momentos verdadeiramente transformadores. Mas, para que a relação possa funcionar, ele tem de se libertar de coisas que há muito o têm impedido de avançar com a sua vida.

Um drama realizado por Hermano Moreira (“Mulher Arte”, “Hotel Amor”), que escreve o argumento em parceria com Juliana Calejan e cujo elenco conta com as actuações de Guilherme Gorski, Filipa Pinto, Julia Palha, Rafael Canedo, Sónia Balacó e Inês Sá Frias. 



Challengers

Na juventude, Tashi (Zendaya) foi uma promissora tenista cuja carreira terminou abruptamente após uma lesão grave no joelho. Apesar de ter sido forçada a deixar as competições, ganhou fama e respeito de todos enquanto treinadora de Art (Mike Faist), um tenista pouco dotado que, com a ajuda dela, se tornou um campeão mundialmente famoso e com quem acabou por se casar.

Asfrentar Patrick (Josh O’Connor), em tempos seu melhor amigo e antigo namorado de Tashi. Essa partida vai reacender rivalidades, dentro e fora do campo de ténis.

Um drama realizado pelo italiano Luca Guadagnino, também autor de “Chama-me Pelo Teu Nome”, Óscar de melhor argumento adaptado (James Ivory), e de “Ossos e Tudo”, Leão de Prata de melhor realização em Veneza. 

Entrevista - Paul Christopher Manuel autor de "Vozes da Revolução — revisitando o 25 de Abril de 1974"



Com as celebrações do cinquentenário do 25 de Abril a todo o vapor, o Cultura e Não Só entrevistou o autor Paul Christopher Manuel a propósito do lançamento do seu livro «Vozes da Revolução — revisitando o 25 de Abril de 1974», editado pela Tinta-da-china em parceria com a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.

Esta é apenas a primeira parte de uma conversa que nos leva a descobrir as vozes que fizeram o 25 de Abril e também detalhes curiosos de uma família luso-descendente alheada da política portuguesa até ao momento em que o patriarca se vê envolvido num episódio insólito.



Cultura e Não Só (C.N.S.) - Qual é a sua ligação com Portugal?
Paul Christopher Manuel (P.C.M.) - A minha ligação com Portugal é pessoal e profissional, começa com a história da minha família.
Os meus avós nasceram em Portugal, eram de uma pequena vila perto de Santarém e vieram para os Estados Unidos da América em 1919.

O meu avô trabalhou nas minas de carvão durante a Primeira Guerra Mundial, não tinha qualquer tipo de educação escolar, assim que atingiu a maioridade e conseguiu juntar algum dinheiro informou os seus pais que vinha para os E.U.A. porque na altura não tinha qualquer perspectiva de vida.

Ele contou-me que quando teve de deixar a aldeia conseguia ouvir o eco da voz da sua mãe a chamar por ele a dizer “filho, fica!”.

O meu avô era muito peculiar porque na realidade nunca deixou Portugal, ao contrário da restante diáspora ele regressava todos os anos à sua aldeia.

Quando o meu pai nasceu em Rhode Island, a minha avó ainda era portuguesa e o meu pai teve dupla-cidadania, por isso é que também tenho a cidadania portuguesa.

C.N.S.- Lembra-se da primeira vez que visitou Portugal?
P.C.M. - Eu era adolescente quando fui a Portugal pela primeira vez e a primeira paragem que fizemos foi no cemitério em Alcanede, para visitar a minha bisavó, e ele dizia-lhe “mãe, voltei.”
É uma ligação muito profunda e forte com o país.

C.N.S.- A sua família era muito ligada à realidade política em Portugal?
P.C.M. -  Os meus avós não se preocupavam com a política portuguesa, eles votavam sempre nos democratas nos E.U.A, mas era o máximo que se falava de política em casa.
Para eles, o importante era Fátima, Fado e Família.

C.N.S. -  Como surge este interesse com o 25 de Abril de 1974?
P.C.M. -  Os meus avós ficaram chocados quando vieram a Portugal no ano de 1975, eles iam visitar um amigo chamado Manuel Santos que vivia em Rio Maior, um percurso de 30 minutos de carro.
Eles estavam no carro à espera do amigo quando o meu pai que estava com uma grande dor de cabeça, decide ir à farmácia buscar uma aspirina, enquanto os restantes ficaram a aguardar o amigo.
O meu pai sai e só regressa passado mais de uma hora, segundo a minha avó ele parecia ter visto um fantasma, estava pálido e assustado.

O meu pai caminhou até à praça principal, onde durante a noite os militantes socialistas apreenderam e destruíram carros e armas que pertenciam aos militantes comunistas. Ele entra neste cenário de destruição e começa a tirar fotos.

Deveriam estar na praça perto de 200 a 300 pessoas que o cercaram porque pensavam ser um jornalista que fazia parte de um jornal comunista, queriam tirar-lhe a máquina fotográfica para se vingarem dos comunistas.

Começaram logo a confrontá-lo na praça, a acusá-lo de ser um espião, comunista, e o meu pai só conseguia dizer que não era nada disso e que era americano, só que o meu pai não soava como um americano, ele sentiu-se ameaçado e que a sua integridade física ia ser posta em causa, a sorte foi que no meio da multidão estavam três primos que o reconheceram e identificaram.

Quando me encontrei com o meu pai perguntei-lhe o que se passava em Portugal, porque era um país calmo e pacifico, e de um momento para o outro com este acontecimento a nossa família ficou mais interessada na política.

No inicio do meu livro conto a história do ponto de vista da diáspora, que via o país como algo estável e tradicional. Como tínhamos a nossa liberdade na América não existia noção dos abusos do regime.

C.N.S. - Quando teve contacto com a revolução em Portugal?
P.C.M. - Estava a estudar em Boston quando se deu a revolução, e no ano de 1976 vim a Portugal para estar com a família.

Ao sair do aeroporto vi os retornados, vi os graffitis e também vi o país parar para ver o discurso do presidente Eanes.

Esperava ver um país calmo e ordeiro, mas estava tudo muito agitado. Como referi fiquei com a família em Porto de Mós, e nessa altura a vila apenas tinha 3 cafés, um para comunistas, um para socialistas e outro para o PSD/CDS.

Apercebi-me que tinha havido um corte com o passado e que a juventude estava atraída pelo comunismo europeu.

C.N.S. - Em que momento percebeu que tinha de falar sobre a revolução do 25 de Abril?
P.C.M. -  Foi algo que demorou tempo até me aperceber, porque tal como o meu avô eu ia todos os anos a Portugal.
Na altura eu inscrevia-me em cursos para os luso-descendentes aprenderem português, e em 1988 decidi que queria fazer a minha dissertação sobre Portugal apesar de não ter um tema em específico.
Inscrevi-me num curso para luso-descendentes em Coimbra, e acontece que têm um centro de documentação do 25 de Abril, alguns dos meus colegas e amigos falaram-me deste centro e incentivaram-me a ir visitar este centro.

Comecei também a interessar-me sobre as origens da democracia e a verdade é que ninguém liga a Portugal, tivemos um momento na história em que controlávamos o mundo e isso desapareceu, mas de repente vem uma terceira onda democrática e um dos meus professores indica-me esta onda de que ninguém falava e que tinha origem em Portugal.

Pensei para mim ao ver os recursos que tinha em Coimbra e ao presenciar todas as mudanças a que tinha assistido que era o momento para falar com os Capitães de Abril, porque eles estavam disponíveis para falar ao mesmo tempo, eu era visto como um estranho por ser americano e estar a estudar a história mas também era visto como português pelas minhas raízes ao país.

A directora do Centro 25 de Abril a Dra. Natércia Coimbra começou a telefonar em meu nome, e apresentou-me a todos os capitães, depois conheci o Vasco Lourenço que me colocou em contacto com outros capitães através da Associação 25 de Abril.

Através de amigos que trabalhavam para o Presidente Mário Soares fui também estabelecendo contactos com outras pessoas ligadas à revolução.

Os meus maiores interesses ao falar com os capitães era o porquê de terem feito a revolução, mas principalmente que refletissem naquilo que tinha lido sobre Portugal ter lançado esta nova terceira revolução da democracia no mundo, e se eles concordavam ou não com esta ideia.

Continua……

Entrevista conduzida por Rui Cardoso em exclusivo para o "Cultura e Não Só".

Sergio & Os Assessores comemoram o 25 de Abril "ao vivo"



Na estrada desde Março passado com salas esgotadas, "LIBERDADE25" vai neste semana em que se comemoram o 50º aniversário do 25 de Abril de 1974, chegar à rua!

Com uma óbvia relação com a celebração que este ano se celebra, a nova produção de palco tem hoje e nos próximos dias apresentações agendadas para Évora, Loulé e Lisboa, em espectáculos de acesso livre, e ainda no Auditório Municipal de Lousada:
  •      24 ABR | PRAÇA DO GIRALDO | ÉVORA (entrada livre)
  •      25 ABR | LG. MON. ENGº DUARTE PACHECO | LOULÉ (entrada livre)
  •      27 ABR | AUDITÓRIO MUNICIPAL | LOUSADA
  •      28 ABR | PALÁCIO BALDAYA | LISBOA (entrada livre)
Recorrendo à canção publicada em 1974 no álbum "À queima roupa", SÉRGIO & OS ASSESSORES construíram um espectáculo evocativo da sua obra cuja lírica, ou não fosse Sérgio Godinho o "escritor de canções", se confunde com o relato do quotidiano nacional das cinco décadas que nos separam daquela "madrugada".

Com uma discografia iniciada em 1971 e que se mantém activa até ao dias de hoje,  Sérgio proporciona em "LIBERDADE25" uma viagem carregada de emoção por algumas das suas canções mais representativas - de "Maré Alta" a "Grão da mesma mó", passando por "Com um brilhozinho nos olhos" ou "Cuidado com as imitações", SÉRGIO & OS ASSESSORES transportam o público numa viagem temporal que tem a particularidade de confirmar a contemporaneidade da mensagem e da intuição musical de Sérgio Godinho. Fundamental, a presença de OS ASSESSORES, a banda que o acompanha há um par de décadas, dirigida por Nuno Rafael.

Inevitável ainda de destacar em "LIBERDADE25", a justa evocação  aos companheiros de sempre: a Zeca Afonso, com uma assombrosa versão de "Os Vampiros"; ou a José Mário Branco, relembrando parcerias do início de carreira e que se prolongaram até "Mariana Pais, 21 Anos", canção do álbum "Nação Valente". Ou ainda, partilhando um dos seus fétiches musicais mais antigos, trazendo a palco "Ora Vejam Lá", original do Conjunto de António Mafra, um divertido tema em que a reivindicação pela "semana inglesa" se confunde com compromissos amorosos.

Karetus celebram 50 anos da Revolução dos Cravos e uma década de reconhecimento do cante com "Liberdade"



Carlos Silva e André Reis são os protagonistas de Karetus. Apaixonados pela música electrónica, ambicionam mudá-la para o que chamam de “Full Flavour”, uma ideia que não liga a estilos ou ritmos, e cujo principal objectivo é simplesmente fazer e tocar boa música. São conhecidos pelos seus espetáculos eletrizantes e pelo seu repertório com sucessos como Burra, Maluco (feat. Wet Bed Gang) ou Bella Ciao, para enumerar alguns.

O ano de 2024 carrega um duplo marco histórico profundamente enraizado na cultura portuguesa: os 50 anos da Revolução do 25 de Abril e a comemoração de uma década desde o reconhecimento do cante alentejano como Património Imaterial da Humanidade. Assinalando tão importantes momentos, os Karetus editam hoje nas suas redes sociais Liberdade.

Trata-se de uma colaboração que inclui as vozes do Grupo Coral "Os Camponeses de Pias", de Paulo Ribeiro, com João Parreira nas teclas.

O vídeo musical, concebido por Vasco Eusébio e Ricardo Reis, captura a essência vibrante e alegre desta celebração.



O tema vai integrar o próximo álbum do duo. Intitulado Modas, procura homenagear a tradição musical portuguesa, reimaginando-a com novas cores e texturas sonoras.

Quanto vale a Liberdade? instalação/jogo de Guilherme Gomes e Tânia Guerreiro no CCB



Construída por Luís Santos, esta instalação é uma máquina/jogo de revoluções. Nela poderemos reconhecer metáforas para as estruturas que formam a nossa Sociedade:  como estamos ligados uns aos outros e nos influenciamos e o sobre papel único que cada um de nós tem.

Inspirado pelo mecanismo do relógio, e pela diversidade de propostas de toda a equipa artística, o cenógrafo cria este invento; um engenho-engenhoca que é uma maquineta, que é uma nave, que é um veículo para descobrir e para expressar a Liberdade. No decorrer do processo criativo, contamos com alunos do curso de relojoaria do Centro de Educação e Desenvolvimento de Pina Manique da Casa Pia de Lisboa, como parceiros de trabalho.

A música original de Leonardo Outeiro é parte integrante desta máquina de revoluções, que pode ser visitada e experimentada a sós, em grupo, ou ainda revelada através dos solos que os atores e as atrizes nos propõem ao longo dos meses.

E a Liberdade? Será que podemos medi-la, pesá-la, cheirá-la, escutá-la? Quem sabe, até tocá-la?

No dia em em que nos libertámos da ditadura, vamos celebrar os 50 anos de democracia com a inauguração da instalação «engenho – engenhoca que é uma maquineta da Liberdade» e os cinco performers que dão voz aos desdobramentos desta temática: André Pardal, Bernardo Souto, David dos Santos, Inês Minor, Nádia Yracema. A inauguração da instalação/jogo “Quanto Vale a Liberdade? Dramaturgias da Revolução” terá lugar no dia 25 de abril, às 11h00, na Fábrica das Artes.

A entrada para a instalação é feita mediante inscrição para o número (+351) 213 612 899 ou para o e-mail fabricadasartes@ccb.pt

CCB
25 a 28 abr - 12 a 30 jun - 10 a 31 jul - 4 a 29 set
quarta a domingo - 10h00 às 13h00 e 14h30 às 17h30
Espaço Fábrica das Artes

ART LAB celebra o Dia Mundial da Dança com espectáculo inédito no Casino Estoril



A Associação ART LAB apresenta, no próximo dia 5 de Maio, pelas 21 horas, o espectáculo de comemorativo do Dia Mundial da Dança em Cascais, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril. 

Este ano a ART LAB, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, promove este espectáculo que será apresentado pela actriz Rita Pereira e terá a participação especial de diversas entidades que fazem com que a dança tenha um papel central nas nossas vidas.

O espectáculo conta, também, com a fase final do Concurso Nacional de Dança, Dance Challenge Cascais 2024, onde o público presente determinará os/as grandes vencedores/as.

Será, certamente, uma noite especial, em que se assinala o Dia Mundial da Dança e, em simultâneo, se celebra o 5º aniversário da Associação ART LAB.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Mimicat junta-se à Orquestra Maestro José Calvário para reinterpretar "E Depois do Adeus" e "A Portuguesa"



Já estão disponíveis nas plataformas digitais as reinterpretações de E Depois do Adeus, de Paulo de Carvalho, e do hino nacional, A Portuguesa, que juntam Mimicat à Orquestra Maestro José Calvário.

Além do espírito comemorativo do 25 de Abril, a versão de E Depois do Adeus tem como principal objetivo associar a extraordinária orquestração realizada em 1994 pela Orquestra Maestro José Calvário à modernidade da interpretação pop de Mimicat.

A comemorar 50 anos, E Depois do Adeus é, assim, revisitada de forma elegante e demonstrativa da capacidade diferenciada de interpretação da artista. Essa mesma característica está patente na versão de A Portuguesa, não desvirtuando o hino nacional.

Depois de no ano passado ter representado Portugal na Eurovisão, Mimicat está a preparar o terceiro álbum de originais. Com edição prevista para o outono, contará com os singles Peito, Vais Ter Saudades e também Ai Coração.

Luciana Abreu celebra 25 anos de carreira com “The Woman Show” no Casino Estoril



Luciana Abreu celebra 25 anos de carreira, no próximo dia 7 de Junho, no Casino Estoril. A artista sobe ao palco do Auditório para protagonizar “The Woman Show”. Um espectáculo, a não perder, pelas 21h30. 

Aos 39 anos de idade, Luciana Abreu comemora 25 anos de uma versátil carreira. Foi em 1999, com apenas 14 anos, que Luciana Abreu iniciou o seu percurso artístico, tendo vencido o talentshow “Cantigas da Rua”. Mas, o salto para a ribalta deu-se, em 2005, ao interpretar a protagonista da telenovela “Floribella”.

Luciana Abreu não mais parou, até aos dias de hoje, a sua actividade profissional, distinguindo-se como atriz, apresentadora, cantora e empresária. Como atriz integrou o elenco de novelas de grande sucesso e de peças de teatro de excelência. Já como apresentadora destacou-se em programas que se tornaram uma referência a nível nacional. No cinema, dobrou ou fez parte do elenco de variados filmes. Na sua carreira musical, fez concertos a nível mundial e lançou 6 CDs, sendo que um deles atingiu a 12x platina: Floribella, Floribella: o melhor Natal, Floribella II, O melhor do mundo, Lucy e Luciana Abreu.

O baú de memórias de Álvaro Laborinho Lúcio abre-se no Porto de Encontro



A 27 de abril, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, o autor apresenta o seu último livro, A Vida na Selva.
 
Álvaro Laborinho Lúcio é o autor convidado da sessão de abril do Porto de Encontro. Dez anos após a publicação do primeiro romance, o magistrado, político e escritor apresenta-nos agora um livro que é, como o próprio refere, “o produto de uma memória propositadamente não elaborada, sem trabalho de reconstituição, escorrendo em palavras a partir de uma mistura de lembranças e de esquecimentos”.

No dia 27 de abril, a partir das 17:00, o auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, será palco para a apresentação da obra, na companhia do jornalista Sérgio Almeida e da convidada especial Adélia Carvalho. As leituras estão a cargo de José Carlos Tinoco.

Laborinho Lúcio tem uma longa carreira na magistratura, na academia e na política. Foi agraciado pelo rei de Espanha, com a Grã-Cruz da Ordem de S. Raimundo de Peñaforte, e pelo Presidente da República Portuguesa, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. É membro da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e doutor honoris causa pela Universidade do Minho. Em 2023, a Assembleia da República atribuiu-lhe a Medalha de Ouro Comemorativa do 50.º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Parte da vida cultural da cidade desde 2011, este ciclo de conversas com escritores reuniu mais de 28 000 espectadores em 105 edições realizadas em diversos espaços da cidade, como o Teatro Rivoli, a Casa das Artes, a Casa da Música ou o Teatro Nacional São João. As sessões têm entrada gratuita, limitada aos lugares existentes.

Esta edição conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, da Antena 1, do Jornal de Notícias e das Livrarias Bertrand. Mais informações em www.portoencontro.pt.

Casino Estoril acolhe espectáculo “10 Anos Sitio Azul”



O Salão Preto e Prata do Casino Estoril recebe, no próximo dia 4 de Maio, a partir das 18 horas, o espectáculo “Sitio Azul” da Academia de Dança do Estoril. O público poderá assistir, na primeira parte, a Fairy Doll (Ballet Suite) e na segunda parte Bohemian Dance Rhapsody 

O espectáculo "10 anos Sítio Azul” conta com um elenco de mais de 100 crianças, jovens e adultos das turmas de iniciação, dança clássica, contemporâneo e acrodance da academia e colégios parceiros e a participação especial da academia de ginástica Rhythmic.

50 anos do 25 de Abril na RTP2



EXÍLIOS NO FEMININO
A história de sete mulheres, de gerações diversas e de exílios marcados pela diversidade geográfica, cujos testemunhos espelham acontecimentos políticos e sociais que marcaram Portugal desde finais da década de 50 até ao 25 de Abril de 1974. São histórias de vida e de exílio comuns a milhares de jovens portugueses, mulheres e homens, que nas décadas de 60 e 70, abandonaram Portugal em busca da liberdade e em protesto contra o regime do Estado Novo e a guerra colonial.

Hoje, às 22h59, e amanhã pelas 23h25.



VERMELHO O CÉU NAQUELA MADRUGADA
Espetáculo comemorativo dos 50 anos da Revolução dos Cravos. A história contada, cantada e ilustrada pelas vozes de Pedro Flores e Gisela João e arranjos de Gui Salgueiro. Uma criação de Daniel Gorjão com texto de Teresa Paixão a celebrar com arte 50 anos de liberdade.

Dia 25, quinta, às 23h05.

“Odisseia da Dança: Passos Através do Tempo” no Casino Estoril



É já no próximo dia 1 de Maio, pelas 17 horas, que a Escola de Dança Ana Mangericão - ADAM apresenta o espectáculo “Odisseia da Dança: Passos Através do Tempo” no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.

“Odisseia da Dança: Passos Através do Tempo” é um espectáculo inovador que celebra a história da dança, apresentado, com orgulho, pelos dedicados alunos e professores da EDAM.

Ao longo de todas as coreografias, meticulosamente preparadas, esta viagem cativante, atravessa as eras, desde as danças rituais ancestrais até às vibrantes expressões contemporâneas e vislumbres do futuro da dança.

Cada actuação é um testemunho do trabalho árduo, paixão e criatividade da nossa comunidade escolar. “Odisseia da Dança: Passos Através do Tempo” não é apenas uma demonstração de habilidade técnica e expressão artística; é uma homenagem à universalidade da dança como forma de ligação cultural e pessoal através das gerações.

A Escola de Dança Ana Mangericão convida o público a associar-se a esta celebração emotiva e inspiradora, que promete deixar uma marca permanente no coração de todos os presentes.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Hard Rock Cafe Lisboa reforça aposta noturna com novo menu para comer e beber fora de horas



O Hard Rock Cafe Lisboa criou um novo menu “after hours” para os notívagos da capital. O emblemático restaurante situado na Avenida da Liberdade passa a disponibilizar uma variedade de opções gastronómicas das 22h30 à 1h00, de domingo a sexta-feira, por apenas 14,95 €. Uma proposta ideal para saciar a fome após um concerto, uma ida ao teatro ou ao cinema, ou simplesmente para quem procura uma experiência gastronómica memorável tardia. Este menu especial complementa a carta habitual do Hard Rock Cafe Lisboa.

As opções do novo menu “fora de horas” são variadas e deliciosas, começando pelos clássicos Nachos do Hard Rock Cafe Lisboa servidos com sour cream, pelas Wings, asinhas de frango assadas lentamente, acompanhadas com o molho à escolha e pelas Boneless Wings, coxas de frango assadas lentamente com cobertura à escolha.

Outros aperitivos que se destacam são o Jumbo Pretzel, servido com queijo de cerveja e mostarda em grão ou os Loaded Tater Tots, pequenos pedaços de batata em camadas com molho de queijo de cerveja, carne de porco desfiada, coentros, pickles de cebola, creme de lima e queijo fresco.

As alternativas mais completas incluem os Crispy Chicken Sliders, cobertos com uma salada cremosa de repolho com jalapeño, pickles crocantes e mel picante; os All-American Sliders, cobertos com queijo americano derretido, aro de cebola crocante e salada cremosa de repolho; o Smash Burguer Taco, composto por três tacos recheados com carne de hambúrguer, cebola, queijo americano e suíço, alface, pickles e coberto com molho Legendary; e o Buffalo Chicek Flatbread, um flatbread coberto com pedaços de frango crocantes, molho Buffalo, queijo mozzarella e finalizado com molho ranch, mel picante e cebolinho.

Para acompanhar, o Hard Rock Cafe Lisboa preparou alguns cocktails de assinatura por 12.30 € cada: o All Nighter, um cocktail com Vodka Grey Goose, licor de café Kahlúa e expresso fresco, batido até ficar espumoso e gelado; o Encore, uma mistura energética caseira com Red Bull, Aperol de Laranja e um toque de refrigerante; e o One Last Song, com Tequila Patron Silver, sumo de lima e água tónica Fever-Tree de toranja.

As outras opções de cocktails de assinatura incluem o Last Dance, com Gin Hendrick’s com cereja preta, Licor de Laranja Cointreau e lima fresca; o Second Wind, onde o doce encontra o picante com Tequila Patrón, pêssego, jalapeño, lima fresco e agave; e o Secret Track: Hendrick’s Gin, Blue Curaçao, limão fresco e sumo de lima, finalizado com um toque de Sprite.

As bebidas incluem ainda cervejas Premium Sagres, Bohemia e Heineken por €5.95, enquanto as opções para um copo de vinho (também por €5.95) incluem o branco da Adega da Azueira, de Lisboa, um branco da Olaria do Alentejo, um tinto da Azueira de Lisboa, um Olaria Seleção Red do Alentejo e um Prosecco da Bairrada.

Este menu junta-se à vasta programação musical do Hard Rock Cafe Lisboa, que acontece de domingo a sexta-feira e inclui música ao vivo, DJ Sessions e o famoso Sing Like a Rock Star com Music à la Carte. A programação é constantemente atualizada aqui.

“Estamos comprometidos em proporcionar uma experiência gastronómica memorável até de madrugada. Reconhecemos que existem vários desafios em encontrar opções para um jantar tardio em Lisboa, e é por isso que mantemos as nossas portas abertas e a cozinha em funcionamento até à 1h00, garantindo que os nossos clientes possam desfrutar de uma refeição deliciosa mesmo quando a cidade adormece”, afirma Marian Fitzgerald, General Manager do Hard Rock Cafe Lisboa.

O novo menu “after hours” é a oportunidade perfeita para uma visita ao Hard Rock Cafe Lisboa!

Prime Video confirma segunda temporada de Fallout



Após a incrível estreia de Fallout, a Prime Video anuncia a renovação da série para uma segunda temporada.  Fallout é uma obra da Kilter Filmes e dos produtores executivos Jonathan Nolan e Lisa Joy Nolan, que realizaram os três primeiros episódios. Geneva Robertson-Dworet e Graham Wagner são os produtores executivos, criadores e co-realizadores da série. Nos primeiros quatro dias, a série converteu-se num êxito de audiência mundial, situando-se entre os três títulos mais vistos do serviço e a temporada mais vista a nível global desde O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder. A primeira temporada de Fallout estreou em exclusivo na Prime Video a 11 de abril em mais de 240 países e territórios em todo o mundo.

"Jonah, Lisa, Geneva e Graham tomaram o mundo de assalto com esta série inovadora e louca. A fasquia foi colocada muito alta para os fãs deste icónico vídeojogo, e até agora, parece que excedemos as suas expectativas, bem como atraímos milhões de novos fãs para o franchise". O elenco, liderado por Ella Purnell, Aaron Moten, Walton Goggins e Kyle MacLachlan, "arrasou", afirma Jennifer Salke, Head of Amazon MGM Studios. "Gostaríamos de agradecer a Jonah,  Lisa e aos nossos colegas da Bethesda por terem trazido a série até nós, bem como à Geneva e ao Graham por terem entrado a bordo como showrunners.  Estamos muito entusiasmados por anunciar a segunda temporada apenas uma semana após a estreia e por podermos levar os espectadores ainda mais longe no mundo surreal de Fallout."

"Abençoados sejam os nossos brilhantes showrunners, Geneva e Graham, o nosso fantástico elenco, Todd e James, e todas as lendas da Bethesda, Jen, Vernon e a maravilhosa equipa da Amazon pelo seu grande apoio a esta série. Mal podemos esperar para voltar a surpreender o mundo", afirmam Jonathan Nolan e Lisa Joy da Kilter Films.

"Caramba! Obrigado a Jonah, Kilter, à Bethesda e à Amazon por terem tido a coragem de criar uma série que aborda seriamente os problemas mais graves da sociedade atual: canibalismo, incesto, bolo de gelatina.... Ainda há mais para vir!", afirma Geneva Robertson-Dworet e Graham Wagner, produtores executivos, criadores e co-showrunners.

"Tem sido um dos projetos mais espetaculares em que alguma vez estivemos envolvidos. Jonah e a sua equipa fizeram um trabalho incrível e estamos entusiasmados não só com a boa receção da série, mas também por podermos trabalhar ainda mais com pessoas tão extraordinárias", afirma Todd Howard, produtor executivo da Bethesda Game Studios.

Sobre Fallout

Baseada no franchise de videojogos mais vendido de todos os tempos, Fallout é a história dos que têm e dos que não têm, num mundo onde não há quase nada para ter. 200 anos depois do apocalipse, os tranquilos habitantes dos luxuosos refúgios anti-nucleares vêm-se obrigados a regressar ao mundo infernal cheio de radiação que os seus antepassados deixaram e ficam surpreendidos ao descobrir que os espera um universo incrivelmente complexo, alegremente estranho e muito violento.

Ella Purnell é Lucy, uma habitante de um abrigo com uma alma otimista e entusiasta. A sua natureza pacífica e idealista é posta à prova quando é forçada a vir à superfície para salvar o seu pai. Aaron Moten interpreta Maximus, um jovem soldado que ascende ao posto de escudeiro na fação militarista Brotherhood of Steel e que fará tudo o que for preciso para atingir os objetivos da irmandade e fazer cumprir a lei e a ordem no deserto. Walton Goggins é Ghoul, um caçador de prémios ambíguo que guarda dentro de si duzentos anos de história deste mundo pós-nuclear.

A série é protagonizada por Ella Purnell (Yellowjackets), Walton Goggins (Os oito odiados), e Aaron Moten (Desajustados). O resto do elenco inclui nomes como Moisés Arias (Os Reis do Verão), Kyle MacLachlan (Twin Peaks), Sarita Choudhury (Homeland), Michael Emerson (Person of Interest), Leslie Uggams (Deadpool), Frances Turner (The Boys), Dave Register (Heightened), Zach Cherry (Severance), Johnny Pemberton (Ant-Man), Rodrigo Luzzi (Dead Ringers), Annabel O'Hagan (Lei & Ordem: Unidade Especial) e Xelia Mendes-Jones (A Roda do Tempo). 

No Dia Mundial do Livro leve companhia para a viagem



O Grupo Porto Editora celebra o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor com várias ações a nível nacional que visam incentivar a leitura e promover o contacto com os autores.

No dia 23 de abril, o Grupo Porto Editora, em parceria com o Metropolitano de Lisboa, vai disponibilizar estantes com livros para oferta aos passageiros das estações de Entrecampos, Rato e Restauradores. A partir das 8h00, leve companhia para a viagem e escolha um dos títulos disponíveis, de vários estilos literários e para todas as idades.

O Grupo Porto Editora vai ainda entregar dezenas de livros a 49 Estabelecimentos Prisionais e a 6 Centros Educativos, em parceria com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, para enriquecer o espólio destes estabelecimentos.

Conheça toda a programação do Grupo Porto Editora para o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor:

• 08h00 às 10h00 – Leve companhia para a viagem: em parceria com o Metropolitano de Lisboa, o Grupo Porto Editora oferece milhares de livros aos passageiros.
Local: Estações de Entrecampos, Rato e Restauradores, Lisboa

• 18h00 às 22h00 – Encontro literário da APEL, que conta com a presença de vários autores do Grupo Porto Editora.
Local: Largo de São Carlos, Lisboa

• 18h30 – Apresentação de Rebentar, de Rafael Gallo: o autor que venceu o Prémio Literário José Saramago 2022 vai apresentar a sua obra mais recente numa conversa com Nuno Galopim.
Local: Kees Eijrond Foundation Portugal, Palácio Verride, Lisboa.

Maratonas Fotográficas FNAC registam a Liberdade nos 50 anos do 25 de Abril



A ‘Liberdade’ é o mote da 19.ª edição das Maratonas Fotográficas FNAC, iniciativa cultural que este ano estará associada aos 50 anos da Revolução dos Cravos. Com mais de 9.000€ em prémios, as inscrições já estão abertas para todos os amantes de fotografia e decorrem até 31 de maio. Nesta edição, os participantes serão desafiados a registar as melhores imagens que captem a essência da Liberdade, tendo como subtemas a paz, pão, habitação, saúde e educação. Com data de arranque a 8 de junho, os cenários propostos pela FNAC vão de Norte a Sul do país, passando ainda pelo arquipélago da Madeira, nomeadamente: Minho, Porto, Ilha do Porto Santo, Lisboa, Coimbra, Cascais, Sul do Tejo, Algarve e Aveiro.

As rotas propostas, que incluem museus, castelos, aeródromos, monumentos históricos e jardins emblemáticos, oferecem a oportunidade aos participantes de conhecerem novos espaços que  muitas vezes passam despercebidos no frenesim do dia a dia. Estas maratonas vão proporcionar também o acesso a locais especiais que não estão acessíveis ao público, como o Quartel da Serra do Pilar, o Ateneu Comercial do Porto ou o Aeródromo de Manobra N.º 3 da Força Aérea do Porto Santo.

“As Maratonas Fotográficas são uma celebração da liberdade de expressão, tendo em conta o poder transformador da fotografia”, afirma Inês Condeço, diretora de marketing e comunicação da FNAC Portugal. “Ao longo das edições anteriores, estas maratonas têm capturado momentos que refletem a liberdade de expressão acabando por criar, um valioso arquivo do nosso compromisso com este valor fundamental. A FNAC assume-se como um agente promotor da cultura em todos os seus níveis, impulsionando a partilha de conhecimento e o reconhecimento de talentos emergentes através de várias iniciativas, sendo as Maratonas Fotográficas um exemplo claro desse investimento”.

Independentemente do nível de experiência ou do equipamento utilizado, seja um smartphone ou uma câmara profissional, todos podem participar nesta celebração fotográfica, sendo o único requisito a paixão pela fotografia e o desejo de fazer parte desta jornada emocionante. Os interessados podem inscrever-se nas lojas físicas da FNAC, através do site www.fnac.pt/maratonas-fotograficas ou ligando para o serviço Liga & Encomenda FNAC através do 211 536 000. A participação tem um custo associado de 35€ por inscrição, sendo que para os aderentes do Cartão FNAC a inscrição é de 30€.

A avaliação das participações ficará a cargo de um único elenco de jurados composto por dois fotojornalistas, Diana Tinoco e José Goulão, a quem se junta Marisa Cardoso, uma fotógrafa com trabalhos em diversas áreas. Os critérios de avaliação têm por base a qualidade técnica, criatividade e consistência do conjunto das fotografias enviadas. No mês de outubro, serão anunciados os vencedores, entre os quais um primeiro lugar e duas menções honrosas por cada maratona. Cada um dos vencedores receberá de prémio um cartão oferta FNAC no valor de 750€ e as menções honrosas no valor de 150€, além de verem os seus trabalhos exibidos numa exposição fotográfica num dos fóruns FNAC.

A agenda das Maratonas Fotográficas FNAC, assim como mais detalhes sobre os percursos e processo de inscrição, podem ser consultados no website oficial da iniciativa em https://www.fnac.pt/maratonas-fotograficas.

Mallu Magalhães estreia-se no Casino Estoril



O Casino Estoril acolhe, no próximo dia 8 de Junho, a partir das 20 horas, a primeira edição do Estoril Fest que terá como protagonista a estrela da música brasileira Mallu Magalhães. Trata-se de um programa inédito que abre com a actuação da cantora portuguesa Diana Lima e encerra com o DJ brasileiro Zecka Pinheiro.

Nascida em 1992, em São Paulo, Maria Luiza de Arruda Botelho Pereira de Magalhães, mais conhecida pelo seu nome artístico Mallu Magalhães, é uma referência da música brasileira, distinguindo-se como cantora, compositora, instrumentista e produtora. Com cinco álbuns e um DVD lançados, “Esperança” é o seu mais recente trabalho que estará, a par de outros êxitos, em destaque no concerto de estreia de Mallu Magalhães no Casino Estoril.

A Primeira Batida apresenta o Estoril Fest, um novo evento que propõe um diversificado programa destinado a animar as noites lisboetas com música ao vivo de qualidade. 

Em noite festiva, o programa abre com a actuação da artista portuguesa Diana Lima que apresenta o seu mais recente EP intitulado "Beco com Saída". Após o aguardado concerto de Mallu Magalhães será a vez do DJ Zecka Pinheiro encerrar o cartaz, assegurando o ambiente festivo no Salão Preto e Prata. 

Esta é uma oportunidade única para desfrutar de uma noite memorável repleta de música e de talento. Reserve já o seu lugar e associe-se à primeira edição do Estoril Fest.

Personalidades proeminentes da cultura escolhem mais de 35 livros relevantes que não chegariam às mãos dos leitores há 50 anos



E se vivêssemos num país onde a leitura é um ato de rebeldia? Para dar resposta a estas questões, a FNAC, comprometida com a promoção do livre acesso à Cultura, desafiou um conjunto de personalidades proeminentes da esfera cultural a formar um conselho editorial e a indicar uma seleção de livros relevantes dos dias de hoje que, há 50 anos, teriam certamente sido proibidos. A iniciativa visa celebrar o Dia Mundial do Livro e os 50 anos do 25 de abril, e pretende ainda estimular o debate sobre o valor da liberdade de pensamento, escrita e expressão.

O conselho editorial é composto pelo escritor e jornalista João Céu e Silva, o escritor Richard Zimler, o editor e escritor Rui Couceiro, a ex-jornalista Teresa Nicolau, o escritor Valter Hugo Mãe e o editor Zeferino Coelho, todos eles personalidades das letras, reconhecidos pelo seu compromisso com a Cultura e liberdade de expressão. Da lista de livros fazem parte mais de 35 títulos onde se incluem autores como António Lobo Antunes, Dulce Maria Cardoso, José Saramago, Miguel Esteves Cardoso, Mia Couto, Frederico Lourenço, Margaret Atwood, Maria Filomena Mónica, Maria Teresa Horta, entre muitos outros autores conceituados, cujas obras não teriam chegado às mãos dos leitores há 50 anos.

Esta ação culmina com uma conversa em modo debate na FNAC Av. de Roma (antiga Livraria Barata), um local emblemático que nos tempos da ditadura proporcionou o acesso a livros proibidos pelo regime. A sessão será hoje, 22 de abril, às 18h30, véspera do Dia Mundial do Livro, e será moderada pelo jornalista Pedro Benevides, da TVI/CNN. Neste encontro, os membros do Conselho Editorial compartilharão as suas reflexões sobre a importância da liberdade de pensamento, escrita e expressão, e sobre a forma como os livros são agentes de transformação social. 

"Ler é uma das melhores formas de luta pela liberdade que temos disponível", afirma Inês Condeço, diretora de marketing e comunicação da FNAC Portugal. "Os livros contêm uma enorme sabedoria sobre o mundo, abrangendo todas as experiências e emoções já sentidas. Proporcionam a empatia necessária para compreender o que nos rodeia, dão-nos inspiração para criar novos pensamentos e abrem caminho para a liberdade de pensamento. Por estes motivos, consideramos extremamente pertinente e relevante esta iniciativa, que trata de um tema que continua a ser de grande atualidade. É crucial refletirmos sobre estas questões, debatermos e reconhecermos o papel fundamental que os livros desempenham na promoção da liberdade de pensamento e expressão”, conclui.

As escolhas do Conselho Editorial

João Céu e Silva

Levantado do Chão, José Saramago
Descrever o Alentejo dos marginais, dos pobres e dos sem terra seria impossível antes do 25 de Abril. Saramago fá-lo após se 'exilar' em Lavre e confrontar-se no pós-Revolução com uma realidade tão próxima como distante da capital que exerce o Poder e levá-la em seguida aos leitores, fazendo-se descobrir como escritor através dessa obra tão original e em que até redescobre uma nova língua, a que o destacará dos restantes escritores seus contemporâneos.

A Costa dos Murmúrios, Lídia Jorge
Um romance sobre a Guerra Colonial visto pelo olhar de quem passou pelo Ultramar e fez uma leitura errada dos acontecimentos e que só mais tarde terá direito a uma revisão do olhar. É como o desvendar das 'sessões' de um julgamento que nunca foi feito pelos portugueses em relação a um conflito que derrubou o regime ao fim de 13 anos de combates.

Os Cus de Judas, António Lobo Antunes
A catarse do escritor que através dos personagens vem desvendar os dramas, as ilusões e desilusões que viveram os militares forçados a combater em África, com o benefício de ser realizada através de uma fala que é um jorro impactante ao longo de todo o livro, e que tenta iniciar um debate que permita responder a perguntas sobre a identidade de um país e dos portugueses.

Bilhete de Identidade, Maria Filomena Mónica
Qualquer tentativa autobiográfica como a realizada pela autora seria impossível e proibida antes da Revolução. Permitir que uma mulher revele a sua revolta perante a condição feminina sempre foi obstaculizada e impedida de vir à luz do dia. Com a particularidade de fazer um ótimo retrato das famílias burguesas, da hipocrisia dos homens e do vazio de um regime.      

A trilogia sobre Gungunhana, Mia Couto
As Areias do Imperador - Livro 1: Mulheres de Cinza
As Areias do Imperador - Livro 2: A Espada e a Azagaia
As Areias do Imperador - Livro 3: O Bebedor de Horizonte
A história de um herói para uns e de um prisioneiro exemplar de como sufocar uma rebelião para outros nunca teve duas versões como a que o escritor veio dar com a escrita destes três volumes. A que acrescenta uma reflexão feita com as cores africanas e as fábulas e linguagem próprias do seu registo, permitindo a revisão do destino de um protagonista.

Richard Zimler
Portugueses na Lista Negra de Hitler, Miriam Assor
Já ouvi de bastante gente em Portugal (até professores de história!) que não havia portugueses nos campos de extermínio nazis. Sempre soube que não era verdade – até sabia os nomes de vários prisoneiros. Mas faltava-me um livro com documentação adequada. Miriam Assor preenche esta lacuna com um livro admiravelmente pormenorizado que nos conta a história dos prisoneiros portugueses que entraram na lista das milhões das vítimas do Holocausto. Apresentei o livro na sinagoga do Porto em 2023.

As Cartas da Prisão de Nelson Mandela, Edição de Sahm Venter
Neste livro, encontramos as tristezas e as alegrias, as dúvidas e as certezas de um homem corajoso, bondoso e profundamente dedicado à reconciliação. Foi uma leitura emocionante para mim. Eis um excerto breve de uma carta que o Mandela escreveu para a sua amiga Joy Matsieloa: “Houve muitas ocasiões em que esses pensamentos [complicados] me assaltaram o espírito. A morte do teu irmão, Gabula, foi um desses momentos dolorosos. A notícia deixou-me praticamente paralisado; não fui capaz de escrever… Na condição em que me encontrava, só consegui recolher à privacidade da cela.”

Suicídio: Modo de Usar, Claude Guillon e Yves Le Bonniec
Estava a fazer um estágio em Paris em 1982, na agência mediática United Press International, quando este livro saiu. Criou logo sensação, sobretudo nos meios católicos e nos jornais conservadores. Embora não seja de maneira nenhuma uma incitação ao suicídio, inclui receitas compostas de produtos facilmente comprados que ajudam as pessoas afetadas por doenças terminais ou outras situações insuportáveis a pôr fim à vida, de uma maneira eficaz e sem sofrimento desnecessário.

Os Cinco Pilares da PIDE, Irene Flunser Pimentel
Quando me mudei para Portugal em 1990, descobri que pouca gente falava abertamente do papel da polícia secreta no Estado Novo. Até descobri pessoas que negavam que a PIDE usasse formas de tortura. Achei isso revelador da relutância dos políticos e académicos para confrontar honestamente o passado. A historiadora e professora Irene Pimentel tem retificado esta situação com a publicação de vários livros importantes sobre a ditadura, incluindo este, que é uma biografia de cinco elementos importantes da PIDE.

Primeiro Cresci no Coração, Filipe de Bruxelas com ilustração de Pedro Rosa
Um livro para crianças, muito comovente, em que Lilás, de 5 anos, vive com dois pais. Diz ela: “O meu pai sueco chama-se pai baunilha e o meu pai português chama-se pai mel. Fui eu quem escolheu os nomes. São meus.” Fui membro de um júri que escolheu o livro para o Prémio de Melhor Livro Infantil dado pela Associação ILGA Portugal em 2013. Adorei.

Rita Lee – Uma autobiografia, Rita Lee
O leitor encontra bastante sex, drugs and rock‘n’roll nesta maravilhosa autobiografia da cantora brasileira. A autora usa a língua portuguesa de uma maneira admiravelmente criativa. Adorei, em particular, as histórias sobre a sua excêntrica família. Fez-me rir com muito frequência.

O Último Cabalista de Lisboa, Richard Zimler
Em 1989, quando descobri o Massacre de Lisboa de 1506, em que 2000 cristãos novos foram mortos e queimados no Rossio, perguntei aos meus amigos portugueses: “O que sabem deste crime contra a humanidade?” Todos respondiam: “Qual crime? Não houve massacre nenhum!” Descobri que o levantamento antissemita liderado por padres dominicanos tinha sido eliminado das histórias oficiais de Portugal e de dois manuais escolares. Ainda hoje, algumas pessoas com poder político e económico preferem negar ou branquear a existência do massacre. Por exemplo, quando a jornalista do programa televisivo Visita Guiada, Paula Moura Pinheiro, quis entrevistar-me na igreja de S. Domingos, onde o massacre começou, o Patriarcado de Lisboa recusou deixar-me entrar no templo e ser filmado.

Rui Couceiro
O Amor é Fodido, Miguel Esteves Cardoso
O facto de não ser preciso explicar por que motivo este livro, editado há exatamente 30 anos, não poderia ter sido publicado no Portugal agrilhoado de antes do 25 de Abril de 1974 torna a escolha tão óbvia quanto certeira.

Pode um Desejo Imenso, Frederico Lourenço
Quando, certo dia, dei com a primeira edição deste livro, foi o título – que advém de uma bela ode de Camões – a despertar a minha curiosidade. Mas, logo depois, achei a premissa um pouco peregrina e, digamos assim, voluntariosa: no romance, Camões é gay. A minha reação imediata foi de rejeição, foi preconceituosa. Não só em relação à homossexualidade, mas sobretudo às ideias, em sentido lato. Naquela altura, não fui capaz de constatar que, há cinquenta anos, aquela ideia não teria sido mais do que uma ideia. Muitos anos depois, ela resultou num livro publicado, porque a liberdade dá-nos a possibilidade de termos todas as ideias. E, melhor ainda, de as concretizarmos, ao contrário do que autorizava a bafienta moral do regime fascista. Vinte anos depois, o livro foi, felizmente, reeditado e eu pude lê-lo de outro modo.

Ode Triumphal à Cona, Cláudia Lucas Chéu
Uma mulher teve a suprema falta de educação de fazer uma ode – ainda por cima, triumphal – às vergonhas femininas. Abençoada seja. Não só porque a fez bem, mas também porque exercitou de forma pública a sua liberdade – a liberdade que quase 50 anos antes (o livro saiu em 2022) a Revolução lhe deu. Livro poderoso e libertador, tanto quanto «o incomensurável poder da cona», essa que «Quem nunca manjou – ou quis que lha jantassem – / que atire a primeira língua.

Os Cus de Judas, António Lobo Antunes
Segundo livro de António Lobo Antunes, autor que haveria de se tornar um colosso, expõe os horrores a que o próprio autor assistiu em Angola, durante a “absurda” guerra colonial. Em forma de relato, consubstanciado através de um longo monólogo, um médico do exército partilha com uma mulher, num bar de Lisboa, tudo aquilo que viveu durante mais de dois anos de serviço militar numa guerra sangrenta, que hoje nos envergonha.

Os Cadernos Secretos do Prior do Crato, Urbano Tavares Rodrigues
Imagine-se um possível rei altamente libidinoso. Não é inverosímil que D. António fosse um homem assim, até porque teve vários filhos, de dez mulheres, todos ilegítimos, por conta da obrigação de celibato. Neste livro, Urbano Tavares Rodrigues fez do homem que acompanhou D. Sebastião em Alcácer Quibir uma personagem absolutamente fascinante, permanentemente em luta com os seus próprios demónios e com os princípios em que queria acreditar.

O Evangelho Segundo Jesus Cristo, José Saramago
Se a publicação e uma possível distinção deste livro originaram uma lamentabilíssima reação de um governo de centro-direita, imaginemos como seria recebido num regime fascista, como o de Salazar. Num estado laico, o romance de José Saramago foi retirado da lista de candidatos ao Prémio Literário Europeu pelo então Subsecretário de Estado da Cultura, António Sousa Lara, sem o apoio do Ministro da Cultura, Pedro Santana Lopes, mas escudado pelo Primeiro-Ministro, Aníbal Cavaco Silva, por ofensa à moral cristã, por ser “blasfemo” e “mau”. Em consequência disso, em 1993, o escritor que, cinco anos mais tarde, haveria de se tornar o único autor de língua portuguesa galardoado com o Prémio Nobel de Literatura, deixou o país, mudando-se para Lanzarote, em Espanha.

Caderno de Memórias Coloniais, Isabela Figueiredo
É inesquecível a fortíssima relação entre o pai e a filha que protagonizam este livro. Mas também não se esquecem os vários matizes das relações entre brancos e pretos naquele Moçambique colonial. Documento de grande valor histórico e obra de inegável mérito literário, põe a nu uma das piores memórias do Estado Novo: o colonialismo.

Teresa Nicolau
A História de uma Serva, Margaret Atwood
A distopia imaginada pela romancista canadiana, é lida como se fosse real. Muitas das personagens, cenas e cenários, têm evidentes semelhanças com atitudes e ações políticas e sociais, antes tão distantes, agora tão próximas. A redução do “ser” mulher como sujeito inferior, subordinada aos papéis de reprodução e de manutenção do “lar”, numa sociedade dominada pela violência patriarcal, é o conceito do livro. Entre a emoção e a repugnância, é assustador perceber essa certa premonição de Atwood. É uma edição Bertrand.

O Acontecimento, Annie Ernaux
O relato, puro e duro de um aborto. Por acaso, aconteceu na vida da autora. Por acaso, acontece a mulheres. A importância de contar esta história, através da experiência pessoal, pela escrita da Nobel da Literatura, remete-nos para a empatia e a necessidade de melhor entender quem ao nosso lado pode estar. É uma edição Livros do Brasil.

Bilhete de Identidade, Maria Filomena Mónica
A autobiografia da socióloga, para além da vida pessoal, é um dos mais intensos retratos da condição feminina em Portugal. Quando a li, emocionei-me. A clareza e retidão desta mulher, antecipa a urgente emancipação feminina em Portugal, com a lei a acompanhar. Maria Filomena Mónica é um dos meus exemplos de vida. Grata. É uma edição Relógio D’Água.

Caderno de Memórias Coloniais, Isabela Figueiredo
Pouco sabia da Guerra Colonial e da história de que teve de chegar às outras margens do colonialismo. A escola mantém uma névoa de desconhecimento sobre esta matéria, tão drástica e importante para a História. Isabela de Figueiredo recorre à lembrança traumática desses tempos, em que as alegrias se juntam às tragédias humanas. É uma edição Caminho.

Estranhezas, Maria Teresa Horta
Caso a Poesia fosse Olimpo e tivesse deusas a celebrar, Maria Teresa Horta estaria em trono de ouro e sagradas palavras. Esta escrita de corpo e amor é mais do que literatura. É lugar intimista. A biografia recentemente publicada por Patrícia Reis melhor elucida sobre como a vida vivida melhor se transforma em poesia quando de manifesta a dor e o prazer em canto poético. É uma edição D. Quixote.

Avalanche, Marta Chaves
Gostava sim, de trazer sempre em mão, cada verso seu. A subtileza, quase matemática, de tanto rigor imagético, é cortante. Sem adorno ou fantasia, a poesia de Marta Chaves devolve-nos à realidade dos sentimentos, a integralidade necessária à aprendizagem, pura filosofia de vida. É uma edição Assírio & Alvim

Toda a Ferida É Uma Beleza, Djaimilia Pereira de Almeida
Para chorar, é necessário que o corpo se manifeste incomodado. Da cabeça ao coração, este livro pequeno muitos dias me demorei a ler. A inocência retratada pela voz de uma menina, é de uma violência que nos devolve à humanidade. Para além da brilhante literatura de Djaimilia Pereira de Almeida, há também a ilustração magnífica de Isabel Baraona. É uma edição Relógio D’Água.

Valter Hugo Mãe
As Naus, António Lobo Antunes
Lobo Antunes é todo sobre o Portugal que se sobra, com seus sonhos e seus traumas. A Revolução está como portal pelo qual precisaram de passar os bons e os maus, com suas graças e crimes, para configurar um novo regime onde o tabu se pressente e desempenha um papel tão bom para a sobrevivência quanto para esconder a culpa de muitos.

A Axila de Egon Schielle, André Tecedeiro
A reunião da poesia do André Tecedeiro passa pela afirmação de um belo poeta e pela afirmação de uma comunidade inteira de pessoas até agora marginalizadas. A questão da adequação do corpo à identidade sensível é novidade na praça mas é um drama de sempre que deitou muita gente ao sofrimento e à morte.

O Retorno, Dulce Maria Cardoso
O que se esconde no processo de descolonização, o crime da guerra que tentou impedir o fim da ilegítima ocupação, a chegada traumática de um milhão de portugueses ao Portugal castrado dos anos de 1970, tudo se passa como um segredo amplo que se fez segredo porque assim se convencionou. Para deitar por baixo do tapete as agressões de uns contra outros, de todos contra todos, num episódio que só podia correr mal.

Erosão, Gisela Casimiro
O silêncio português em relação à memória negra haverá de ser uma das maiores vergonhas da nossa História. Com o terrível passado colonialista que temos, não haver uma consciência das implicações portuguesas na negritude é uma demissão triste e criminosa. A Gisela Casimiro, que adoraria "ser polícia quando grande", não publicaria na Ditadura. Mas o país precisa dela há 500 anos.

Semente em Solo Adverso - Poesia Completa, Isabel de Sá
A estreia de Isabel de Sá, em 1979, representa o fulgor da liberdade que finalmente se conquistou. Feminina, brava no combate ao puritanismo dominante, sexual, violenta, sem medo do feio e da rejeição, o lugar da mulher que ela traz é tão à revelia que ainda hoje parece uma mulher no futuro.

Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago
A obra de Saramago é, inteira, um manifesto de Liberdade. O seu pensamento acerca dos vícios de poder, as falhas na identidade nacional, a aspiração humanista e a capacidade de manter um foco universal que integre e respeite todos, é a batalha que faz de Saramago uma voz de valor fundamental para a contemporaneidade.

Zeferino Coelho
Os Reinegros, Alves Redol
Este romance não foi editado pela convicção de autor e editor de que seria proibido. Saiu já depois do 25 de abril. O receio da proibição sustentava-se na história que o livro conta: a participação operária na revolução republicana de 1910.

Ensaio sobre a Cegueira e Ensaio sobre a Lucidez, José Saramago
Estes dois romances complementares deixariam certamente o governo de Salazar ou de Caetano muito incomodados pela ousadia com que é tratado o tema – a ilusão eleitoral – e o apelo ao voto em branco e a repressão violenta a que dá origem.

Vinte a Zinco, Mia Couto
Este romance menos conhecido do escritor moçambicano denuncia o domínio colonial em Moçambique e nomeadamente o papel da PIDE, o que era então absolutamente proibido.

A Gorda, Isabela Figueiredo
A censura, que muitas vezes atuava também como uma espécie de polícia dos costumes, não toleraria a ousadia e o realismo deste livro. Para situações idênticas a decisão foi muitas vezes a proibição e a retirada dos livros do mercado.

A História de Roma, Joana Bértholo
Aquilo que neste livro tem um lugar importante – a mulher moderna, para quem a liberdade de escolha do que fazer com a sua vida faz parte natural e inalienável da sua natureza – choca frontalmente com a moral conservadora que o antigo regime defendia por todas os meios. Um livro destes seria sem dúvida proibido, e a sua autora e o respetivo editor sofreriam as consequências penais se ousassem editá-lo.