sexta-feira, 26 de abril de 2024

Um guia para aprender a multiplicar o seu dinheiro



Aprender a Investir – Estratégias comprovadas para multiplicar o seu dinheiro, de Pedro Santos, especialista em investimentos e mentor do projeto Ser Riquinho, será publicado pela Contraponto a 2 de maio.

Num país onde a literacia financeira é deixada para os autodidatas, e onde a expressão “chapa ganha, chapa gasta” faz parte dos hábitos financeiros da generalidade da população, Pedro Santos leva a educação financeira a todos aqueles que querem aprender mais sobre finanças pessoais e mostra como, afinal, enriquecer está ao alcance de todos.

Numa linguagem acessível, começando pela mudança de mentalidade e liquidação das dívidas, passando pela construção de hábitos financeiros saudáveis, até chegar ao alcance da liberdade financeira, o especialista explica de forma detalhada como os investimentos permitem transformar a nossa vida e multiplicar o nosso dinheiro.

Sobre o Autor

Pedro Santos nasceu em Setúbal, em 1992. Licenciado em Gestão de Sistemas de Informação, trabalhou vários anos no setor da banca. Querendo mudar por completo a relação que tinha com o dinheiro – aos 25 anos estava com quatro dívidas e sem poupanças –, começou a estudar e a tirar vários cursos na área dos investimentos. Durante este caminho de transformação pessoal e financeira, criou o projeto digital Ser Riquinho, em 2020, tendo já ajudado milhares de pessoas a terem hábitos financeiros saudáveis e, claro, mais dinheiro. Atualmente dedica-se em exclusivo à sua carreira como educador financeiro, na qual se destaca o trabalho que tem feito nas redes sociais e o curso «O Grande Investimento», que já conta com mais de 2000 alunos. 

Belén López protagoniza “Tiempos” em noite de flamenco no Casino Estoril



Em noite de puro flamenco, Belén López protagoniza, a 22 de Junho, pelas 22 horas, o espectáculo “Tiempos” no Salão Preto e Prata do Casino Estoril. Belén López sobe ao palco para expressar todo o seu talento numa actuação inédita em que irá prevalecer a magia do flamenco. 

“Tiempos” assegura uma noite de flamenco, imperdível, no Salão Preto e Prata. Tudo tem o seu tempo: cada nota, cada gesto, cada compasso, cada lamento, cada silêncio... Quando todos convergem no mesmo espaço, respeitando-se e fundindo-se num só, surge a magia do flamenco. 

Com este espectáculo, Belén López traz-nos uma amostra dessa magia, desnudando a sua alma, acariciando cada momento numa simbiose perfeita com os outros artistas, criando uma mistura de sentimentos que nos faz perder a noção do tempo.

Belén López iniciou uma carreira brilhante aos cinco anos, destacando-se ao vencer o concurso infantil 'Bravo Bravissimo' aos sete. Com passagens internacionais, representou Espanha em São Petersburgo e dançou no prestigiado Teatro de la Zarzuela de Madrid perante a rainha Sofia.

Formada no Conservatório de Dança de Madrid, Belén López brilhou como primeira bailarina na Arena de Verona em “Carmen” de Franco Zeffirelli, ao lado de talentosos artistas. Além disso, recebeu prémios significativos, como o "Mario Maya" de Flamenco e o "Desplante" no Festival de Flamenco de Las Minas e Prémio Alma Flamenca 2024.

Com um percurso versátil, Belén López destaca-se, também, como atriz onde participou em “A casa de papel”, “Operação maré negra” entre outros. Trata-se de uma artista multifacetada que continua a encantar e surpreender o mundo da dança.

MB WAY é official cashless partner da 10ª edição do Rock in Rio Lisboa



O MB WAY é o parceiro de pagamentos do Rock in Rio Lisboa 2024, um dos maiores festivais de música do mundo que celebra 20 anos em Portugal. Esta colaboração tem como objetivo principal oferecer aos festivaleiros uma experiência inovadora e sustentável, com meios de pagamento digitais e eletrónicos, nomeadamente através da opção MB WAY eco. Para além do pagamento MB WAY, mais rápido e conveniente, com a nova opção MB WAY eco os visitantes podem também receber o comprovativo do pagamento em formato digital ao invés dos tradicionais recibos impressos em papel. 

Os utilizadores MB WAY podem ativar esta opção nas Definições do MB WAY em “Preferências eco”.
A parceria entre a SIBS e o Rock in Rio Lisboa representa um marco significativo na evolução dos festivais de música em Portugal, através de pagamentos por meios digitais e eletrónicos, ainda mais convenientes e sustentáveis, no recinto ao longo dos quatro dias do festival. Desde a aquisição de alimentos e bebidas até à compra de merchandising, os visitantes terão disponível, em todos os pontos de venda, o MB WAY eco de forma a melhorar a sua experiência de compra - mais simples, segura, confortável, prática e rápida.

Para otimizar os pagamentos e ter em consideração os fatores de segurança e comodidade, a organização do Rock in Rio Lisboa recomenda que os visitantes não levem dinheiro físico consigo, dando preferência a pagamentos por meios digitais e eletrónicos. Para os visitantes que, ainda assim, optem por levar dinheiro físico, haverá, ao longo dos quatro dias do festival, um sistema (num local a designar, dentro do Parque Tejo Lisboa), que possibilitará a troca deste dinheiro por um cartão que poderá ser utilizado para fazer qualquer pagamento dentro do recinto.

"Estamos entusiasmados por nos associarmos ao Rock in Rio Lisboa e podermos oferecer aos festivaleiros uma experiência de pagamento inovadora e sustentável. O MB WAY representa a vanguarda da tecnologia de pagamentos em Portugal e estamos confiantes de que esta parceria proporcionará uma experiência mais conveniente, ecológica e segura para todos os participantes do festival", afirma Luís Gonçalves, Diretor da SIBS. Acrescenta ainda que, "Qualquer utilizador pode já hoje e de forma bastante simples ativar a opção “Preferências ECO” no MB WAY. São 2 segundos, não tem qualquer tipo de custo e os nossos utilizadores passarão a contribuir ativamente para a redução de utilização de papel nos seus pagamentos. São 11 centímetros de papel que na maior parte das vezes são deitadas fora de forma imediata.”

Roberta Medina, Vice-Presidente Executiva do Rock in Rio, acrescenta ainda que: "Estamos muito satisfeitos por contar com a SIBS como nosso parceiro oficial de pagamentos eletrónicos. O dinheiro físico não será aceite nesta edição do nosso festival porque acreditamos que a adoção do MB WAY como método de pagamento principal, ou de qualquer outro tipo de método que não seja o dinheiro físico – como o contactless ou um cartão - irá melhorar significativamente a experiência, o conforto, a praticidade e a segurança de quem nos vai visitar durante os quatro dias do Rock in Rio Lisboa!”.
A 10.ª edição do Rock in Rio Lisboa realiza-se nos dias 15, 16, 22 e 23 de junho no Parque Tejo, em Lisboa. Esta parceria entre a SIBS e o Rock in Rio promete oferecer uma experiência única, onde a música, a tecnologia e a sustentabilidade se unem para criar momentos inesquecíveis.

Mais informações sobre esta parceria, disponíveis nos sites oficiais do MB WAY e do Rock in Rio Lisboa.

Casino Lisboa recebe Monólogos do Pénis



A comédia “Monólogos do Pénis” está de volta ao Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa. Após o assinalável êxito registado, em 2023, os actores Gonçalo Diniz e Ricardo Carriço sobem ao palco para protagonizar um curto ciclo de cinco representações nos dias 31 de Maio e 1, 6, 7 e 8 de Junho, às 21 horas. 

Em “Monólogos do Pénis” uma conversa entre dois amigos revela o que os homens silenciam quando as mulheres estão presentes. Os seus desejos, preferências e inquietações.

Santiago e Guilherme são dois amigos interpretados pelos actores Ricardo Carriço e Gonçalo Diniz no premiado texto do brasileiro Carlos Eduardo Novaes. A adaptação à actualidade foi entregue ao génio criativo do Luis Filipe Borges (Bóinas) e a encenação ao irreverente Paulo Cintrão.

A peça “Monólogos do Pénis” é um fenómeno de audiências no Brasil, tendo sido vista por mais 1,5 milhões de espectadores. Esteve em cena durante mais de uma década!

Maio traz Brown's Jazz Sessions especiais



Com hora marcada para as 19h em ponto, as três alternadas sextas-feiras de maio, prometem ser inolvidáveis. Dia 3 de maio o tributo será a Elis Regina e Tom Jobim, dia 17 a John Coltraine, e dia 31 o tributo será ao Fado. Os eventos intimistas e com lugares limitados, sujeitos a reserva, vão acontecer no Library Lounge do Brown’s Avenue Hotel.

“As Brown’s Jazz Sessions são inovadoras, no sentido em que recriam um verdadeiro ambiente de clube de jazz, trazendo-nos à raiz deste estilo musical. Em Lisboa não temos nada semelhante, e este cariz intimista e quase exclusivo dos eventos, torna-os muito especiais e por isso têm esgotado muito rapidamente” refere André Rala, Director Geral do Hotel.

“O nosso library lounge já foi palco de nomes muito sonantes do jazz, assim como de artistas emergentes, que proporcionam verdadeiros espetáculos junto da nossa comunidade. Atualmente, em parceria com a Universidade Lusíada, estamos a fazer, com alunos da licenciatura em Jazz e Música Moderna, tributos a músicos incomparáveis, como Elis Regina, Tom Jobim, e John Coltraine. Para a programação de junho e julho, vamos apostar no mesmo formato de sucesso”, acrescenta André Rala. As Brown’s Jazz Session contam com a parceria absolutamente inestimável da Sónia Garcia e da Casa Oliver e com a curadoria do Professor da Universidade Lusíada, Nuno Costa. Os bilhetes podem ser adquiridos através dos canais digitais do Hotel.

Casino Estoril acolhe Gala Solidária APPW



É já no próximo dia 30 de Maio, pelas 21h30, que o Auditório do Casino Estoril recebe a Gala da Associação Portuguesa de Prader-Willi – APPW. Será um evento especial de glamour, música e solidariedade que pretende angariar fundos em prol das pessoas com Prader-Willi e suas famílias.

O Auditório do Casino Estoril acolhe um evento único que será abrilhantado por actuações de música ao vivo e muito mais. APPW convida o público a fazer a diferença e a ser um agente de mudança, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas com Prader-Willi.

A Associação Portuguesa de Prader-Willi - APPW, é uma IPSS formada por familiares e amigos que acreditam no sucesso das pessoas com a Síndrome de Prader-Willi. Por isso mesmo, a APPW nasceu com o objetivo fundamental de protecção, assistência, educação e integração social de indivíduos com a síndrome.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Estreias de cinema de 25 de Abril de 2024



Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:



A Grande Viagem 2: Entrega Especial

O urso pardo Mic Mic e o coelho Óscar já são experientes em resolver as trapalhadas das cegonhas que, de vez em quando, se enganam a entregar os bebés às respectivas famílias. Na última vez que os vimos, andaram ocupados com um filhote de panda, que lhes foi acidentalmente entregue e que tiveram de restituir aos verdadeiros progenitores. Agora, o caso repete-se com um pequeno urso, filho de uma figura importante da política das Florestas Unidas da América, que parece estar a ser alvo de uma trapaça de um velho rival.

Um filme de animação produzido pela Licensing Brands e realizado por Vasiliy Rovenskiy, que continua a história por si iniciada em 2019. Na versão dobrada em português, as vozes pertencem a Rui Unas, José Raposo, José Figueiras e Fátima Lopes. 



Amo-te Imenso

Fábio veio do Brasil para fazer um semestre numa Universidade lisboeta. Na capital, fica a viver com Celsinho, um amigo brasileiro instalado em Portugal já há algum tempo, que o apresenta ao seu grupo de amigos. Entre eles está Maria, uma portuguesa por quem Fábio se apaixona e com quem vai viver momentos verdadeiramente transformadores. Mas, para que a relação possa funcionar, ele tem de se libertar de coisas que há muito o têm impedido de avançar com a sua vida.

Um drama realizado por Hermano Moreira (“Mulher Arte”, “Hotel Amor”), que escreve o argumento em parceria com Juliana Calejan e cujo elenco conta com as actuações de Guilherme Gorski, Filipa Pinto, Julia Palha, Rafael Canedo, Sónia Balacó e Inês Sá Frias. 



Challengers

Na juventude, Tashi (Zendaya) foi uma promissora tenista cuja carreira terminou abruptamente após uma lesão grave no joelho. Apesar de ter sido forçada a deixar as competições, ganhou fama e respeito de todos enquanto treinadora de Art (Mike Faist), um tenista pouco dotado que, com a ajuda dela, se tornou um campeão mundialmente famoso e com quem acabou por se casar.

Asfrentar Patrick (Josh O’Connor), em tempos seu melhor amigo e antigo namorado de Tashi. Essa partida vai reacender rivalidades, dentro e fora do campo de ténis.

Um drama realizado pelo italiano Luca Guadagnino, também autor de “Chama-me Pelo Teu Nome”, Óscar de melhor argumento adaptado (James Ivory), e de “Ossos e Tudo”, Leão de Prata de melhor realização em Veneza. 

Entrevista - Paul Christopher Manuel autor de "Vozes da Revolução — revisitando o 25 de Abril de 1974"



Com as celebrações do cinquentenário do 25 de Abril a todo o vapor, o Cultura e Não Só entrevistou o autor Paul Christopher Manuel a propósito do lançamento do seu livro «Vozes da Revolução — revisitando o 25 de Abril de 1974», editado pela Tinta-da-china em parceria com a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.

Esta é apenas a primeira parte de uma conversa que nos leva a descobrir as vozes que fizeram o 25 de Abril e também detalhes curiosos de uma família luso-descendente alheada da política portuguesa até ao momento em que o patriarca se vê envolvido num episódio insólito.



Cultura e Não Só (C.N.S.) - Qual é a sua ligação com Portugal?
Paul Christopher Manuel (P.C.M.) - A minha ligação com Portugal é pessoal e profissional, começa com a história da minha família.
Os meus avós nasceram em Portugal, eram de uma pequena vila perto de Santarém e vieram para os Estados Unidos da América em 1919.

O meu avô trabalhou nas minas de carvão durante a Primeira Guerra Mundial, não tinha qualquer tipo de educação escolar, assim que atingiu a maioridade e conseguiu juntar algum dinheiro informou os seus pais que vinha para os E.U.A. porque na altura não tinha qualquer perspectiva de vida.

Ele contou-me que quando teve de deixar a aldeia conseguia ouvir o eco da voz da sua mãe a chamar por ele a dizer “filho, fica!”.

O meu avô era muito peculiar porque na realidade nunca deixou Portugal, ao contrário da restante diáspora ele regressava todos os anos à sua aldeia.

Quando o meu pai nasceu em Rhode Island, a minha avó ainda era portuguesa e o meu pai teve dupla-cidadania, por isso é que também tenho a cidadania portuguesa.

C.N.S.- Lembra-se da primeira vez que visitou Portugal?
P.C.M. - Eu era adolescente quando fui a Portugal pela primeira vez e a primeira paragem que fizemos foi no cemitério em Alcanede, para visitar a minha bisavó, e ele dizia-lhe “mãe, voltei.”
É uma ligação muito profunda e forte com o país.

C.N.S.- A sua família era muito ligada à realidade política em Portugal?
P.C.M. -  Os meus avós não se preocupavam com a política portuguesa, eles votavam sempre nos democratas nos E.U.A, mas era o máximo que se falava de política em casa.
Para eles, o importante era Fátima, Fado e Família.

C.N.S. -  Como surge este interesse com o 25 de Abril de 1974?
P.C.M. -  Os meus avós ficaram chocados quando vieram a Portugal no ano de 1975, eles iam visitar um amigo chamado Manuel Santos que vivia em Rio Maior, um percurso de 30 minutos de carro.
Eles estavam no carro à espera do amigo quando o meu pai que estava com uma grande dor de cabeça, decide ir à farmácia buscar uma aspirina, enquanto os restantes ficaram a aguardar o amigo.
O meu pai sai e só regressa passado mais de uma hora, segundo a minha avó ele parecia ter visto um fantasma, estava pálido e assustado.

O meu pai caminhou até à praça principal, onde durante a noite os militantes socialistas apreenderam e destruíram carros e armas que pertenciam aos militantes comunistas. Ele entra neste cenário de destruição e começa a tirar fotos.

Deveriam estar na praça perto de 200 a 300 pessoas que o cercaram porque pensavam ser um jornalista que fazia parte de um jornal comunista, queriam tirar-lhe a máquina fotográfica para se vingarem dos comunistas.

Começaram logo a confrontá-lo na praça, a acusá-lo de ser um espião, comunista, e o meu pai só conseguia dizer que não era nada disso e que era americano, só que o meu pai não soava como um americano, ele sentiu-se ameaçado e que a sua integridade física ia ser posta em causa, a sorte foi que no meio da multidão estavam três primos que o reconheceram e identificaram.

Quando me encontrei com o meu pai perguntei-lhe o que se passava em Portugal, porque era um país calmo e pacifico, e de um momento para o outro com este acontecimento a nossa família ficou mais interessada na política.

No inicio do meu livro conto a história do ponto de vista da diáspora, que via o país como algo estável e tradicional. Como tínhamos a nossa liberdade na América não existia noção dos abusos do regime.

C.N.S. - Quando teve contacto com a revolução em Portugal?
P.C.M. - Estava a estudar em Boston quando se deu a revolução, e no ano de 1976 vim a Portugal para estar com a família.

Ao sair do aeroporto vi os retornados, vi os graffitis e também vi o país parar para ver o discurso do presidente Eanes.

Esperava ver um país calmo e ordeiro, mas estava tudo muito agitado. Como referi fiquei com a família em Porto de Mós, e nessa altura a vila apenas tinha 3 cafés, um para comunistas, um para socialistas e outro para o PSD/CDS.

Apercebi-me que tinha havido um corte com o passado e que a juventude estava atraída pelo comunismo europeu.

C.N.S. - Em que momento percebeu que tinha de falar sobre a revolução do 25 de Abril?
P.C.M. -  Foi algo que demorou tempo até me aperceber, porque tal como o meu avô eu ia todos os anos a Portugal.
Na altura eu inscrevia-me em cursos para os luso-descendentes aprenderem português, e em 1988 decidi que queria fazer a minha dissertação sobre Portugal apesar de não ter um tema em específico.
Inscrevi-me num curso para luso-descendentes em Coimbra, e acontece que têm um centro de documentação do 25 de Abril, alguns dos meus colegas e amigos falaram-me deste centro e incentivaram-me a ir visitar este centro.

Comecei também a interessar-me sobre as origens da democracia e a verdade é que ninguém liga a Portugal, tivemos um momento na história em que controlávamos o mundo e isso desapareceu, mas de repente vem uma terceira onda democrática e um dos meus professores indica-me esta onda de que ninguém falava e que tinha origem em Portugal.

Pensei para mim ao ver os recursos que tinha em Coimbra e ao presenciar todas as mudanças a que tinha assistido que era o momento para falar com os Capitães de Abril, porque eles estavam disponíveis para falar ao mesmo tempo, eu era visto como um estranho por ser americano e estar a estudar a história mas também era visto como português pelas minhas raízes ao país.

A directora do Centro 25 de Abril a Dra. Natércia Coimbra começou a telefonar em meu nome, e apresentou-me a todos os capitães, depois conheci o Vasco Lourenço que me colocou em contacto com outros capitães através da Associação 25 de Abril.

Através de amigos que trabalhavam para o Presidente Mário Soares fui também estabelecendo contactos com outras pessoas ligadas à revolução.

Os meus maiores interesses ao falar com os capitães era o porquê de terem feito a revolução, mas principalmente que refletissem naquilo que tinha lido sobre Portugal ter lançado esta nova terceira revolução da democracia no mundo, e se eles concordavam ou não com esta ideia.

Continua……

Entrevista conduzida por Rui Cardoso em exclusivo para o "Cultura e Não Só".

Sergio & Os Assessores comemoram o 25 de Abril "ao vivo"



Na estrada desde Março passado com salas esgotadas, "LIBERDADE25" vai neste semana em que se comemoram o 50º aniversário do 25 de Abril de 1974, chegar à rua!

Com uma óbvia relação com a celebração que este ano se celebra, a nova produção de palco tem hoje e nos próximos dias apresentações agendadas para Évora, Loulé e Lisboa, em espectáculos de acesso livre, e ainda no Auditório Municipal de Lousada:
  •      24 ABR | PRAÇA DO GIRALDO | ÉVORA (entrada livre)
  •      25 ABR | LG. MON. ENGº DUARTE PACHECO | LOULÉ (entrada livre)
  •      27 ABR | AUDITÓRIO MUNICIPAL | LOUSADA
  •      28 ABR | PALÁCIO BALDAYA | LISBOA (entrada livre)
Recorrendo à canção publicada em 1974 no álbum "À queima roupa", SÉRGIO & OS ASSESSORES construíram um espectáculo evocativo da sua obra cuja lírica, ou não fosse Sérgio Godinho o "escritor de canções", se confunde com o relato do quotidiano nacional das cinco décadas que nos separam daquela "madrugada".

Com uma discografia iniciada em 1971 e que se mantém activa até ao dias de hoje,  Sérgio proporciona em "LIBERDADE25" uma viagem carregada de emoção por algumas das suas canções mais representativas - de "Maré Alta" a "Grão da mesma mó", passando por "Com um brilhozinho nos olhos" ou "Cuidado com as imitações", SÉRGIO & OS ASSESSORES transportam o público numa viagem temporal que tem a particularidade de confirmar a contemporaneidade da mensagem e da intuição musical de Sérgio Godinho. Fundamental, a presença de OS ASSESSORES, a banda que o acompanha há um par de décadas, dirigida por Nuno Rafael.

Inevitável ainda de destacar em "LIBERDADE25", a justa evocação  aos companheiros de sempre: a Zeca Afonso, com uma assombrosa versão de "Os Vampiros"; ou a José Mário Branco, relembrando parcerias do início de carreira e que se prolongaram até "Mariana Pais, 21 Anos", canção do álbum "Nação Valente". Ou ainda, partilhando um dos seus fétiches musicais mais antigos, trazendo a palco "Ora Vejam Lá", original do Conjunto de António Mafra, um divertido tema em que a reivindicação pela "semana inglesa" se confunde com compromissos amorosos.

Karetus celebram 50 anos da Revolução dos Cravos e uma década de reconhecimento do cante com "Liberdade"



Carlos Silva e André Reis são os protagonistas de Karetus. Apaixonados pela música electrónica, ambicionam mudá-la para o que chamam de “Full Flavour”, uma ideia que não liga a estilos ou ritmos, e cujo principal objectivo é simplesmente fazer e tocar boa música. São conhecidos pelos seus espetáculos eletrizantes e pelo seu repertório com sucessos como Burra, Maluco (feat. Wet Bed Gang) ou Bella Ciao, para enumerar alguns.

O ano de 2024 carrega um duplo marco histórico profundamente enraizado na cultura portuguesa: os 50 anos da Revolução do 25 de Abril e a comemoração de uma década desde o reconhecimento do cante alentejano como Património Imaterial da Humanidade. Assinalando tão importantes momentos, os Karetus editam hoje nas suas redes sociais Liberdade.

Trata-se de uma colaboração que inclui as vozes do Grupo Coral "Os Camponeses de Pias", de Paulo Ribeiro, com João Parreira nas teclas.

O vídeo musical, concebido por Vasco Eusébio e Ricardo Reis, captura a essência vibrante e alegre desta celebração.



O tema vai integrar o próximo álbum do duo. Intitulado Modas, procura homenagear a tradição musical portuguesa, reimaginando-a com novas cores e texturas sonoras.