quinta-feira, 11 de abril de 2024

Estreias de cinema de 11 de Abril de 2024



Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:



Back to Black

Nascida em 14 de Setembro de 1983, em Londres, no seio de uma família ligada ao jazz, desde muito jovem que 
Amy Winehouse demonstrou um enorme talento. Multiinstrumentista, com a sua voz única e estilo musical que combina soul, jazz e R&B, Winehouse alcançou cedo fama internacional. Mas, apesar de seu enorme talento e reconhecimento da crítica e dos fãs, ela debateu-se longamente com problemas com drogas e álcool. 

Apesar da sua morte prematura, no dia 23 de julho de 2011 devido a uma intoxicação alcoólica, Amy deixou uma marca na música contemporânea, especialmente com o seu segundo e último álbum, "Back to Black" (2006), que lhe valeu seis prémios Grammy e se transformou num dos maiores sucessos de vendas da década de 2000 — e que dá agora nome a este “biopic”. 

Escrito por Matt Greenhalgh e realizado por Sam Taylor-Johnson — autora de “Nowhere Boy” (2009), sobre um John Lennon adolescente, ou “As Cinquenta Sombras de Grey” (2015), a adaptação do "thriller" erótico escrito por E.L. James —, “Back to Black” foi produzido pela Monumental Pictures e pela StudioCanal e conta com banda sonora de Nick Cave e Warren Ellis. 

Com Marisa Abela (da série “Industry”) no papel de protagonista, no filme também participam Jack O'Connell, Eddie Marsan, Juliet Cowan e Lesley Manville, entre outros.



Revolução (Sem) Sangue

Até ao dia da Revolução dos Cravos, o histórico 25 de Abril de 1974, os portugueses foram forçados a seguir as regras da ditadura. Mas nesse dia, o regime ditatorial do Estado Novo vigente desde 1933, foi deposto e a história do país entrou num novo capítulo. 
 
O golpe foi preparado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) composto, na sua maioria, por capitães que tinham participado na Guerra Colonial, com o apoio de oficiais milicianos e uma enorme adesão da população, que se recusou a ficar em casa. 
 
Como a resistência do regime foi quase nula, a violência foi pouco significativa. Mas, apesar de pouco se falar nisso, a liberdade custou a vida a cinco pessoas — entre as quais um soldado, um estudante universitário e um funcionário administrativo — surpreendidas pelas balas da DGS (a polícia política criada, em 1969, para substituir a PIDE), durante o cerco ao seu quartel-general.
 
Com realização de Rui Pedro Sousa, que co-escreve o argumento com Amp Rodriguez, o enredo deste filme tem por base factos reais e segue os passos das vítimas entre os dias 24 e 26 de Abril de 1974, com o arranque da Revolução até à data dos seus funerais. 
 
“Na escola, tinham-me ensinado que na Revolução não tinha sido disparado nenhum tiro, até que em Novembro de 2021 li o livro ‘Esquecidos em Abril, os Mortos da Revolução (sem) Sangue’, do jornalista Fábio Monteiro, que relata a história dos que morreram”, “Fala-se muito de ter sido uma revolução sem sangue, mas nunca se falou destas pessoas, ninguém se deu ao trabalho de, pelo menos, como se lembra anualmente o 25 de Abril, se falar destes indivíduos”, prossegue. “A questão que coloco muitas vezes é que continua a ser uma revolução sem sangue porque foram apenas mortas cinco pessoas, mas quantos mortos precisávamos de ter para a revolução começar a ser considerada sangrenta?” diz o realizador.



Sleeping Dogs - A Teia

Russell Crowe dá vida a Roy Freeman, um ex-detective de homicídios com graves problemas de memória, obrigado a revisitar um caso que não consegue recordar. Enquanto faz um tratamento experimental de controlo de Alzheimer, é chamado a reabrir um caso antigo envolvendo o assassinato de Joseph Wieder, um professor universitário.

Este “thriller” policial realizado por Adam Cooper, que aqui se estreia na longa metragem, segue um argumento seu e de Bill Collage, numa adaptação do livro “The Book of Mirrors” (2017), da autoria do romeno E.O. Chirovici.