sexta-feira, 4 de abril de 2025

A Escolha de Sofia: Um clássico intemporal que renasce pela Livros do Brasil



Mais do que um romance premiado, esta obra é um retrato dilacerante da condição humana, uma viagem ao coração de uma mulher forçada a tomar uma decisão que ninguém, jamais, deveria enfrentar.  

Publicado em 1979, A Escolha de Sofia tornou-se rapidamente uma obra-prima, conquistando o prestigiado National Book Award em 1980. A sua poderosa narrativa ganhou uma nova dimensão em 1982, com a adaptação ao cinema, imortalizada pela extraordinária interpretação de Meryl Streep, que lhe valeu o Óscar de Melhor Atriz — um desempenho arrebatador que permanece, até hoje, como um dos mais marcantes da história do cinema.

A obra segue Stingo, um jovem aspirante a escritor que chega a Nova Iorque na tentativa de construir uma carreira literária e que se vê envolvido na intensa e complexa relação entre Sofia Zawistowska, uma mulher polaca marcada por uma escolha impensável feita em Auschwitz, e Nathan Landau, o seu carismático, mas instável, amante. O romance entrelaça passado e presente, mergulhando nas profundezas da alma humana e expondo as cicatrizes deixadas por memórias que não se apagam e por uma História que continua a ecoar.

O relançamento desta obra pela Livros do Brasil não só celebra o legado intemporal de William Styron — este ano assinala-se o centenário do seu nascimento —, mas também recupera uma narrativa poderosa e necessária, que nos confronta com os grandes dilemas humanos, como a culpa, a sobrevivência, o amor, a obsessão e o impacto traumático da violência extremista. São temas universais que continuam dolorosamente atuais.

A nova edição já se encontra disponível nas livrarias e promete emocionar e marcar uma nova geração de leitores.

Sobre o Autor

William Styron nasceu na Virgínia, nos Estados Unidos da América, a 11 de junho de 1925. Licenciado pela Universidade de Duke em 1947, trabalhou brevemente como editor em Nova Iorque, antes de publicar o seu primeiro romance, Um Leito nas Trevas, em 1951, logo recebendo várias distinções. Em 1968, com o seu quarto livro, As Confissões de Nat Turner, venceu o Prémio Pulitzer e viu-se a um só tempo alvo de críticas de racismo e da aclamação de intelectuais negros, entre os quais o escritor James Baldwin. Mais tarde, voltaria a enfrentar a polémica quando lançou A Escolha de Sofia, em 1979, história da amizade entre um escritor norte-americano e uma católica polaca sobrevivente de Auschwitz. Galardoado com o National Book Award em 1980 e adaptado ao cinema dois anos depois, foi um enorme êxito de vendas. Distinguindo-se pelo tratamento de temas trágicos e controversos num estilo narrativo clássico, rico e envolvente, William Styron debateu-se com depressão nos últimos anos da vida, publicando em 1990 o seu testemunho Escuridão Visível. Morreu, vítima de pneumonia, a 1 de novembro de 2006.