sexta-feira, 29 de outubro de 2021

8 sugestões para evitar o tecnostress


Ainda se encontra colado ao seu telefone, mesmo sem e-mails para responder ou sem tarefas para completar? Está sempre de plantão para amigos ou colegas? Sente que já não é tão divertido quanto antes estar sempre ligado e sente alguma ansiedade em relação ao estar sempre “on”? Se concordar com alguma ou todas estas questões, pode estar a sofrer de stress tecnológico, conhecido como tecnostress, um termo que surgiu no livro de Craig Brod, em 1984, intitulado ‘Technostress: O Custo Humano da Revolução Informática'. O termo refere-se à incapacidade de lidar com a tecnologia que resulta em angústia. 

Atualmente, a investigação científica sobre tecnostress revela que a relação psicológica negativa com a tecnologia se apresenta principalmente de duas formas diferentes: as pessoas têm dificuldade em compreender a nova tecnologia (tecno-ansiedade), ou identificam-se excessivamente com ela (tecno-adição).  

A sobrecarga de informação e o contacto constante com dispositivos e aplicações de tecnologia digital são responsáveis por uma resposta anormal ao stresse, com sintomas físicos, emocionais e mentais específicos. Trata-se de um tipo de stresse, diferente do tradicional, causado por mudanças tecnológicas. A incapacidade de um indivíduo de se desligar ou de acompanhar as novas exigências tecnológicas é uma questão crescente que necessita de mais investigação. 

No entanto, os cientistas já alargaram a lista de sintomas (problemas de concentração e foco, desafios de produtividade, postura corporal e tensão muscular, insónia) para incluir ataques de pânico, fadiga crónica, distúrbios depressivos e queimaduras gerais. 

Estes sintomas têm um enorme impacto no equilíbrio trabalho-vida e satisfação no trabalho. Algum grau de stress na nossa vida profissional é positivo e uma força de criatividade, mas depois de um certo ponto, afecta a saúde e desempenho das pessoas. 

A tecnologia digital é uma fonte-chave de mudança. E claro que traz inúmeras mudanças positivas à sociedade e às pessoas. Contudo, pode ter efeitos adversos nas pessoas que a utilizam de uma forma pouco saudável. Há que aprender a desligar. A Adecco Portugal sugere 10 ações para evitar que o recurso à tecnologia seja prejudicial à saúde mental dos indivíduos. 

COMO LIDAR COM TECNOSTRESS: É HORA DE TERMINAR A SESSÃO! 

1.     Definir tempo para pausas e cumprir. Isto exige que se acompanhe o tempo que se está em frente de um ecrã. É uma situação em que todos ganham. Marque as pausas para a conetividade, à medida que se torna mais consciente do tempo que passa ligado. 

2.     Definir o tempo despendido para as redes sociais. Se precisar de utilizar as redes sociais diariamente, certifique-se de que bloqueia as notificações no seu telefone. Para um efeito mais drástico, apague as aplicações para as redes sociais dos seus dispositivos móveis.  

3.     Desligar o seu dispositivo pessoal. Bloqueie as distrações desnecessárias no trabalho, quando faz uma pausa e quando vai para a cama. Comece por desligar o seu telefone várias vezes durante o dia. 

4.     Reduzir as comunicações desnecessárias. Filtrar as mensagens não urgentes e reservar tempo para responder quando tiver tempo. Isto aplica-se tanto à comunicação no trabalho como à comunicação pessoal. 

5.     Anotar as tarefas no papel. Se não se quiser envolver com mais uma aplicação ou sistema para organizar as suas tarefas e pensamentos, recorrer à forma tradicional de organização em agendas em papel pode ser muito eficaz. 

6.     Concentrar-se numa tarefa de cada vez. Pare a multitarefa tecnológica, feche as múltiplas janelas e concentre-se na tarefa que tem em mãos. Se estiver a trabalhar em grupos de gestão de projetos online, crie limites claros sobre quando será contactável. 

7.     Formar os profissionais para a utilização de novas tecnologias. A formação dos funcionários para compreenderem como utilizar eficazmente uma (nova) tecnologia evitará a ansiedade e tornará os profissionais mais confiantes nas suas capacidades. 

8.     Encorajar os funcionários a desligarem-se. Cultivar uma cultura de respeito pelo tempo livre fora do trabalho ajudará os empregados a melhorar o seu equilíbrio entre a vida profissional e familiar, o que, por sua vez, aumentará a sua produtividade.