ESCOLHAS
Bem vindos a mais esta partilha.
As escolhas que fazemos e o modo de como as colocamos no nosso dia-a-dia, será sempre resultado do verdadeiro significado que damos à vida. Não uma qualquer, mas sim à própria existência pessoal no seio do colectivo.
Pelo facto de ser a vida, o maior senão o único orientador, a dizer em ultima instancia o que irá acontecer, seremos nós através das escolhas efectuadas, que iremos proporcionar-lhe as condições e características essencias para que o tudo e nada aconteça.
No aqui e agora, o sitio que nos recebe e existe de verdade, decidimos escolhas oriundas do passado numa perspectiva futura. Este padrão comportamental e estrutura mental fará com que seja criada a mensagem que enviamos a quem nos rodeia. será desta forma, poderemos concluir, que iremos estar a criar a nossa personagem. Esta será a forma como nos irão ver e identificar no seio de tantos conhecidos e desconhecidos.
Já viram a importância do nosso papel? O modo de como a mais simples decisão, origina um conjunto de reacções imediatas e rapidamente assimiladas?
Honra e palavra, dois conceitos que ao longo dos tempos têm vindo a adquirir conceitos e contextos cada vez mais abrangentes. Pelo poder da individualidade e por cultivarmos o lado racional (abdicando de sentir o lado mais sensitivo ou o próprio instinto) ao longo dos seculos estes dois conceitos têm vindo a perder a sua realidade e o seu prisma orientador. Cada vez mais o pensamento orienta-se através de prismas de auto-sobrevivência e de procura do "cantinho ao sol". Temos vindo a perder o prisma de existência grupal, focando cada vez mais o nosso foco comportamental em locais e pessoas que nos transmitam o que aparentemente procuramos e desejamos. A intolerância para com quem saia deste fluxo ou que simplesmente discorde de algo em nós (actos, atitudes ou ideias), tem vindo a criar a intransigencia e impaciencia interior. Este desiquilibrio (sim, pode ser considerado um desiquilibrio!), ao ser aceite e tolerado como o padrão existencial perfeito, fará com que a nossa existência adquira uma perspectiva cinzenta e sem brilho. Será perdida a capacidade de existência em grupo ou de simplesmente de interagir de uma forma sensata e simplificada com o acontecimento que se desenrolará em nosso redor.
Preparar e treinar o que somos e o que conseguimos serão formas de abreviar o impacto que irá acontecer. A reabilitação do modo de como esperamos resolver qualquer situação ou acontecimento, significará uma alteração radical de tudo o que significa a vida ou a existência individual. Para que aconteça esta reformulação será necessário reestruturar cada compartimento pessoal. Para lá das vivências passadas e das expectativas futuras será obrigatório "arrumar" a nossa cabeça e coração. Perdoar o que aconteceu e preparar o fisico, psicoligico e emocional significará uma maior probabilidade de equilibrio interior.
O simples mas importante facto de nos propormos a este "olhar para dentro", irá criar medo e inseguranças.
"Será que consigo?", "Irei conseguir?", "Doi muito.", "Não quero, prefiro não fazer nada.", "Para quê, se depois volta tudo ao mesmo?", "Este é o meu padrão, não conseguirei sair dele.".
Estas são algumas das "desculpas" encontradas para que se mantenha um determinado padrão "anulador" e destructivo. A mensagem verbal e não-verbal é criada em torno da certeza de que o papel individual não é prioritário e que a dependencia exterior é suficiente para a escolha de "não fazer nada". Este aguardar sereno e aparentemente tranquilo, traz uma consequência. A curto, médio e longo prazo serão criados patamares internos que possibilitarão o continuar deste padrão.
O termo "desculpas" que utiizei atrás é uma importante ligação entre o estado sonambulo e pró-activo. Para que aconteça a reabilitação psicologica e emocional é necessário que a estrutura mental identifique o seu verdadeiro conceito e razão de existir. Antes de mais compreender que a sua utilização implicará a não-acção, o abdicar de assumir a responsabilidade e por último o bloqueio da capacidade (comum a todos os seres-humanos) de criarem e concretizarem. Neste ponto, sublinho, que o equilíbrio entre o racional e o sensitivo é essencial para que se mantenha "protegido" a capacidade de inspiração e criatividade.
No meu dia-a-dia muitas vezes verbalizo: "além da minha criatividade e ousadia de concretizar, conto com a minha estupidez natural" e com a capacidade que tenho de acreditar!". Esta frase, ao ser observada "à lupa" e compreendida será um exemplo e orientação para o que pudemos fazer para manter o nosso fluxo criativo. Sendo um circuito dependente do estado do que somos e nos propomos a ser, será possível observar e compreender a escolha comportamental que aceitamos ser a nossa característica.
Todos procuramos um conjunto de características especificas!
Nem mais, esta é a procura partilhada por todos nós e na qual confirmamos que somos idênticos. Medo e coragem, vontade e desanimo, inspiração e desinspiração, alegria e tristeza, tolerância e intolerância. Cada patamar fará sempre parte do que iremos ser, sendo que será o modo de como nos iremos ligar e interagir com cada um, que simbolizará o real conceito individual que existe dentro de nós. Mais uma vez, sublinho, que este é um dos maiores motivos que nos deverá levar à reabilitação psicológica e emocional.
A partir do momento em que nos propomos a conhecer e a compreender, através da aceitação e numa perspetiva de crescimento (abdicar do juízo de valor, saudosismo e anulação pessoal) iremos estar a criar o impulso inicial para que consigamos atingir o equilíbrio e paz interior.
Por existirmos através de compartimentos diários, podemos chegar à conclusão que o treino da nossa capacidade de interligação para com cada um, ganha uma nova e "inesperada" prioridade, concordam? Acordamos e adormecemos na nossa cama, mas ao longo do dia atravessamos diversos mundos. Cada um com as suas características especificas e a aguardar por uma reacção especifica da nossa parte. Sermos e mantermos a atitude original será mesmo um desafio, mas se virmos bem é isso que nos separa de um “objecto inanimado”. Não somos estéreis e o que significamos permitirá que consiga ser atingido o que nem pensamos ou colocamos em equação de acontecer. De súbito ficamos envolvidos em algo que não colocamos em hipótese e que se confirma como sendo o nosso caminho. Estranho? À primeira vista sim, mas ao observarmos e compreendermos o que o originou, iremos confirmar que apenas é diferente.
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Recebe Boa energia e até para a semana 😊
Apresentação Nuno Reis
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