Luiza Lian é uma artista completa. Para ela, a arte vai além de cantar. A luz tem que estar de acordo com o figurino, com a ornamentação, com o grande ecrã, e, claro, com a música. Tudo precisa fazer sentido. Cada pormenor faz a arte de Luiza Lian, um dos destaques da nova música brasileira. Com três álbuns lançados - Luiza Lian (2015), Oya Tempo (2017) e Azul Moderno (2018) - e um trabalho autoral que se aprofunda na pesquisa de novas linguagens musicais e visuais, Luiza chamou a atenção da crítica especializada e passou a ser considerada uma das principais compositoras da sua geração. Superpremiada no Brasil, a cantora chega pela primeira vez a Portugal onde vai se apresentar no MusicBox, de Lisboa, no próximo dia 22. A produção é do Selo RISCO.
“Acredito que a minha música nasce já cheia de imagens, meu jeito de integrar toda arte toda arte é adicionar camadas a esse universo das músicas, traduzir suas cores e formas, e a partir daí começar a contar novas histórias”, explica Luiza Lian, que já passou por alguns dos maiores palcos do Brasil como Lollapalooza, SESC Pompeia, Teatro Oficina, Theatro Municipal de São Paulo, Festival Bananada (GO), Festival Rec-Beat SP (PE), Festival MADA (RN), totalizando, somente com a turnê “Azul Moderno”, mais de 40 apresentações em 12 diferentes estados brasileiros, além do México.
Luiza aterra em Portugal vinda da conceituada Expo 2020 de Dubai. A artista é a representante do Brasil no Palco Lusofonia, por onde também passam os portugueses Tito Paris, Marco Rodrigues, Sopa de Pedra e Danças Ocultas.
“Desde o lançamento de Azul Moderno temos um desejo muito grande de fazer esse show em Portugal, tínhamos a expectativa que isso acontecesse em 2020, mas o mundo parou. Agora sinto que será muito especial e simbólico viver esse renascimento de tudo no país, ainda mais nesse momento de reabertura”, diz a artista.
A cantora paulista foi galardoada com o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de 2018 com o álbum Azul Moderno e também foi indicada um ano antes na categoria “Melhor Show Musical”, com a turnê de Oya Tempo. Também com Azul Moderno foi ganhadora do Prêmio Multishow, onde havia sido indicada em 2017 na categoria “Revelação”. Esse álbum teve a produção de Charles Tixier e Tim Bernardes, este último um dos grandes nomes da nova geração de artistas brasileiros que recentemente gravou com Tom Zé, Gal Costa, Maria Bethânia, Paulinho Boca de Cantor (Novos Baianos), entre outros. A relação com Tim Bernardes vem desde o início da carreira. O vocalista de O Terno participou da banda com a qual a cantora lançou o seu primeiro álbum.
“O Tim é um grande amigo e co-produtor de Azul Moderno. Esse disco foi feito de uma forma muito peculiar. A ideia era que ele fosse um remix de um disco antigo (que nunca existiu). Ele construiu esse disco que existe sob o disco. Além do que fez parte de um momento muito decisivo do início da minha carreira, fundamos juntos o selo RISCO, trocamos muitas ideias importantes sobre música e arte” , conta Luiza Lian.