quinta-feira, 21 de outubro de 2021

As nuvens foram criadas para os sonhadores


Oito anos depois, a Quetzal volta a editar o romance para jovens e outros sonhadores de José Eduardo Agualusa. Com nova capa, A Vida no Céu regressa hoje às livrarias, numa altura em que o escritor se prepara para lançar um novo romance – disponível em novembro – e acaba de ser distinguido com o Prémio PEN pelo livro Os Vivos e os Outros, publicado durante a pandemia. 

Misto de história de aventuras e de alegoria ecológica, A Vida no Céu é uma visitação à humanidade entre as nuvens – em pleno céu, onde uma nova vida, depois de um desastre de proporções bíblicas, pode ser possível. Com o mundo coberto de água, o Homem subiu aos céus, formou aldeia e cidades flutuantes e navega em pequenas balsas ou gigantesco dirigíveis.

«Depois que o mundo acabou fomos para o céu.» Assim começa este romance, protagonizado por Carlos Tucano, um jovem adolescente angolano que procura o pai desaparecido numa tempestade. Filho do céu, Carlos Tucano deixa a aldeia onde nasceu e, ao longo desta peregrinação, vai-nos dando a ver a vida no céu com os seus prodígios, os seus mistérios, e também os seus desacertos, aos mesmo tempo que estabelece ligações com toda uma galeria de personagens extraordinários – uma curandeira e sonhadora profissional sul-africana, um pirata indonésio arrependido, um navegador solitário cego, além de uma jovem adolescente rebelde, Aimée, que conhece no mais belo dirigível do mundo – o Paris.

Sobre o Autor

José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais prestigiados prémios nacionais e estrangeiros, como, por exemplo, o Grande Prémio de Literatura RTP (atribuído a Nação Crioula, 1998); também os seus contos e livros infantis foram merecedores de prémios, como o Grande Prémio de Conto da APE e o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian, respetivamente. O Vendedor de Passados ganhou o Independent Foreign Fiction Prize, em 2004, e, mais recentemente, o romance Teoria Geral do Esquecimento foi finalista do Man Booker Internacional, em 2016, e vencedor do International Dublin Literary Award (antigo IMPAC Dublin Award), em 2017. A partir de 2013, José Eduardo Agualusa começou a publicar a sua obra na Quetzal.