quinta-feira, 25 de junho de 2020

"O Cordeiro de Deus" na selecção oficial do Festival de Cannes


"O Cordeiro de Deus" , o mais recente filme de David Pinheiro Vicente, integra a competição oficial de curtas-metragens do Festival de Cannes 2020.

O filme parte do imaginário do realizador sobre uma vila no interior de Portugal e cruza as tradicionais festas de verão com violência e sexualidade. Sobre "O Cordeiro de Deus" , David Pinheiro Vicente revela: Neste retrato de uma família pobre do interior de Portugal, pareceu-me fundamental que as personagens tivessem direito à sua própria natureza contraditória, numa abordagem que não fizesse delas vítimas, mas sim pessoas complexas que, como todas as outras, estão presas nos sintomas dos seus problemas.

"O Cordeiro de Deus" é a segunda curta-metragem de David Pinheiro Vicente, que, em 2018, se estreou na realização com Onde o Verão Vai (episódios da juventude), um filme que teve a sua estreia mundial na competição Berlinale Shorts, foi exibido em mais de 40 países e festivais, recebeu prémios em San Sebastian, Tel Aviv e Vila do Conde e estreou em televisão e online pelo canal Arte-ZDF.

O filme "O Cordeiro de Deus"  aguarda ainda estreia em Portugal, mas foi já adquirido para exibição em televisão e online pelo canal Arte France. David Pinheiro Vicente foi apontado como um dos 10 Próximos Jovens Realizadores pela European Film Academy e um dos Dez Novos Realizadores a Seguir pela European Film Promotion.

Esta curta-metragem é uma coprodução da produtora portuguesa Artificial Humors, de Gabriel Abrantes, e a francesa La Belle Affaire Productions, que também já coproduziu outras obras nacionais, como Amor Fati de Cláudia Varejão ou Alva de Ico Costa.

Sinopse
Numa quinta do interior de Portugal, um rapaz testemunha uma situação violenta e sexual. Nessa noite, é confrontado com o problema da sua mãe, ter de matar o cordeiro que criam no pátio para as festas da aldeia. O irmão mais novo não se quer despedir do animal, mas ninguém lhe explica o que vai realmente acontecer. As consequências parecem inevitáveis.