Poucas sensações rivalizam com a de conduzir uma moto de 50cc, com os cabelos ao vento e todos os sonhos à velocidade de um motor de outros tempos, que enche as ruas de excentricidade. Quem viveu na época áurea destas motorizadas lembra-as com paixão e saudade. É a pensar nesses tempos que a Quetzal publica 50 Motos Portuguesas, de Pedro Pinto. Depois de As Motos da Nossa Vida, este novo livro reúne uma lista arriscada e original: 50 grandes motos, de várias cilindradas, concebidas e fabricadas em Portugal. Um registo para amantes de motos – e da nostalgia portuguesa.
Estas motos movimentavam uma indústria inventiva e arrojada que enfrentou vicissitudes e, com poucas exceções, não resistiu ao tempo. A magia das Sachs, o motor das Pachancho, o slogan das Famel ou a elegância das Vilar Cucciolo e das Casal Carina são objetos de desejo para quem viveu essa época de ouro. Nas livrarias a 18 de novembro. Até lá, espreite o vídeo.
Sobre o Autor
Desde que a mãe lhe ofereceu uma Mobylette a pedais aos 11 anos, o mundo de Pedro Pinto
passou a girar à volta das motos. Nos anos 1970, iniciou-se nas gincanas e no motocross. Disputou os campeonatos nacionais de velocidade e motocross em 50cc e 125cc, de 1975 a 1981,
ano em que, após um acidente grave, abandonou a competição. Foi membro fundador do Moto Clube de Sintra e, a partir de 1986, revitalizou o Vespa Clube de Lisboa, associações que
dirigiu durante vários anos. Foi também membro fundador da Federação Nacional de Motociclismo, que relançou a modalidade em Portugal. Colecionando desde jovem um variadíssimo
leque de memorabilia e documentação sobre o mundo das motos em Portugal, fez também jornalismo nessa área, trabalhando para diversas revistas. Organizou a exposição «As Motos do
Século, o Século das Motos» e o respetivo catálogo (2000, Expo 98), a maior mostra sobre a
temática feita até hoje entre nós. Escreveu os livros Motos Antigas em Portugal (1995), Motorizadas
50cc Portuguesas (2015) e, na Quetzal, As Motos da Nossa Vida (2020).