Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
Uma Pequena Mentira
Theo (Maleaume Paquin) é um ás no futebol e todos acreditam que, quando crescer, se tornará um dos grandes orgulhos da selecção francesa. Filho de pais divorciados, gere com dificuldade a depressão de Laurent (François Damiens), o pai, que se deixou cair numa espiral de autodestruição e alcoolismo. Theo acredita que tudo isso é uma fase passageira e faz o que pode para o motivar. Quando é abordado pelo seleccionador do prestigiado Arsenal, convence-se de que essa é a notícia de que o pai precisava para mudar de postura perante a vida. Mas, quando se dá conta de que não foi seleccionado devido à sua estatura franzina, incapaz de desiludir o progenitor, decide manter a mentira e viajar com ele para Inglaterra. Laurent, por seu lado, está tão empenhado em ajudar o filho a concretizar o seu sonho que recupera o gosto pela vida. Mas manter uma mentira desta dimensão torna-se cada vez mais complicado para o pequeno Theo.
Uma comédia dramática sobre o amor e a amizade, que conta com assinatura de Julien Rappeneau, e que se inspira na novela gráfica da autoria de Artur Laperla e Mario Torrecillas.
O Amor Move Montanhas
Desde sempre que Rosemary Muldoon (Emily Blunt) é apaixonada por Anthony Reilly (Jamie Dornan), apesar de ele nunca se ter apercebido dessa afeição. Ele passa os dias a trabalhar na agricultura, magoado pelo constante menosprezo do pai (Christopher Walken), que pretende entregar a quinta da família a Adam (Jon Hamm), um familiar recém-chegado à Irlanda, dos EUA. Frustrado, Anthony decide por fim lutar pela sua felicidade. Mas a chegada de Adam vem dificultar muito os planos que tinha para si e para Rosemary.
Um drama romântico realizado por John Patrick Shanley (“Dúvida”), que se baseia na peça “Outside Mullingar”, da sua autoria.
Colectiv - Um Caso de Corrupção
No dia 30 de Outubro de 2015, em Bucareste (Roménia), durante um concerto de uma banda de rock, um incêndio de grandes proporções causou a morte a dezenas de pessoas, deixando quase duas centenas feridas, muitas delas em estado grave. Este filme, escrito, produzido e realizado pelo cineasta Alexander Nanau, revela a investigação de um grupo de jornalistas que deu a conhecer uma série de falecimentos, dias depois, de pessoas hospitalizadas com ferimentos não considerados fatais. O que eles provaram foi que essas mortes resultaram de um enorme esquema de fraude no sistema nacional de saúde romeno e de várias instituições do Estado.
Estreado no Festival de Cinema de Veneza, “Colective - Um Caso de Corrupção”, foi nomeado para o Óscar de melhor documentário e recebeu o LUX Prémio do Público de cinema 2021, uma distinção atribuída pelo Parlamento Europeu em parceria com a European Film Academy, a Comissão Europeia e a rede Europa Cinemas.