segunda-feira, 10 de julho de 2023

Uma caminhada de milhares de quilómetros no coração da Antártida



Aos 55 anos, a 13 de novembro de 2015, Henry Worsley saiu de casa com uma missão: chegar ao Polo Sul a pé. Sozinho, com foco e dedicação, o já aposentado oficial do exército britânico deixou o mundo em suspenso enquanto tentava vencer onde os seus antecessores tinham falhado. Uma lenda em perseguição de outras lendas. Uma obsessão interminável pelas viagens e pelas tentativas de Ernest Shackleton.

«Era difícil de respirar, e, de cada vez que exalava, o hálito congelava-se-lhe no rosto: um candelabro de cristais pendia-lhe da barba; uma cobertura de gelo revestia-lhe as sobrancelhas como se fossem espécimes preservados; as pestanas estalavam quando pestanejava. Se te molhares, morres, recordava-se frequentemente.» Andou mais de mil quinhentos e cinquenta quilómetros, durante sessenta e dois dias, em condições adversas, contra os poderes da natureza, mas foi obrigado a desistir a duzentos quilómetros do destino final.

Escrito como um thriller de leitura compulsiva, onde o suspense leva o leitor a lutar com o cenário inóspito das profundezas da Antártica como se estivesse na pele de Henry Worsley, A Escuridão Branca, de David Grann, fica disponível a 13 de julho, com tradução de Vasco Teles de Menezes.

Terra Incognita é o nome da coleção de literatura de viagens da Quetzal. Mais do que livros de viagens com um formato especial, Terra Incognita reúne títulos e autores que desprezam a ideia de turismo e fazem da viagem um modo de conhecimento.

Sobre o Autor

David Grann (1967) é jornalista da revista The New Yorker e autor de, entre outros, o livro Assassinos da Lua das Flores (finalista do National Book Award e vencedor do Prémio Edgar Allan Poe), publicado pela Quetzal e adaptado ao cinema por Martin Scorsese, com Leonardo di Caprio e Robert De Niro.