Como Perder uma Guerra no Canal História

“Como Perder uma Guerra”, série documental que o Canal História estreia hoje, 5 de fevereiro analisa os inúmeros erros que transformaram as vitórias implacáveis das potências do Eixo na II Guerra Mundial em derrotas esmagadoras.

Ao longo de cinco episódios exibidos nas segundas-feiras, 5, 12 e 19 de fevereiro, o Canal História explica como o conflito mais sangrento e traumático da História da humanidade, começou com as vitórias rápidas e decisivas das potências do eixo -Alemanha, Itália e Japão - que se transformaram em derrotas esmagadoras. 

Em finais de 1941, Adolf Hitler detinha um vasto império que incluía a Europa, e grandes porções da Rússia, do Norte de África e do Mediterrâneo. A Alemanha ocupava uma extensão de território com um número de habitantes superior ao dos EUA. O Japão tinha conquistado um império ainda maior. A guerra parecia ganha. E eis que perderam tudo. Mas como? 

“Grandes Planos”, “Quem Dava as Ordens”, “Ferramentas Adequadas”, “Heróis Conquistadores” e “Frente Interna” são os episódios que explicam como Hitler perdeu e quase ganhou a Segunda Guerra Mundial, apresentando cinco motivos, entre os quais, a resistência local, a perda de confiança dos cidadãos e o fechar os olhos às suas necessidades, por uma combinação de fatores militares, económicos e políticos, que transformaram vitórias inquestionáveis em derrotas esmagadoras. 

Canal História - “Como perder uma guerra”

Segundas-feiras 5, 12 e 19 às 22:15

Grandes Planos

5 fevereiro – 22h15

Na Europa, a II Guerra Mundial estalou quando a Alemanha invadiu a Polónia, em 1939. No entanto, os conflitos haviam já começado mais a leste, na Ásia. O papel do Japão pode teve início no chamado Incidente da Manchúria, ou de Mudken – uma inesperada apropriação de terras que levou a uma guerra em larga escala com a China, que acabaria por levar o Japão a declarar guerra aos EUA e à Grã-Bretanha. De uma escaramuça territorial na China, o Japão viu-se envolvido numa terrível e devastadora guerra mundial, que só terminaria em 1945, depois da largada das bombas atómicas em Hiroxima e Nagasaki. Mas o que provocou esta cadeia de eventos cataclísmicos? Como pôde uma pequena disputa territorial em 1931 resultar na queda total do Japão, 14 anos mais tarde?

Quem Dava as Ordens

5 fevereiro – 23h08

Cada país do Eixo tinha uma força individual. Combinadas, poderiam tê-los levado a vencer a guerra. A Alemanha tinha uma Força Aérea formidável. A Itália chegava com a segurança de vitórias recentes. A Marinha japonesa era de alto nível. No entanto, bons recursos e autoconfiança não são garantia de êxito. Apesar do contingente de 70 milhões em todo o mundo, o desfecho da guerra estava nas mãos de apenas alguns… e quem dava as ordens era somente humano, e as decisões eram movidas por conjunturas e egos, por parcialidades e jogadas de poder. Quem eram, então, os líderes que tinham nas mãos a vida do povo? E como desperdiçaram todo esse poder?

Ferramentas Adequadas

12 fevereiro – 22h15

As guerras são tanto contendas de equipamento, dinheiro e mão-de-obra quanto disputas de liderança ou estratégia. Sem armas, material e linhas de abastecimento em pleno funcionamento, um plano brilhante não passa de letra-morta. Embora tanto o Eixo como as potências Aliadas tivessem de lidar com a magnitude desta guerra, em última análise, os Aliados foram os mais capazes de alimentar a máquina de guerra. As potências do Eixo não poderiam esperar vencer sem as ferramentas adequadas.

Heróis Conquistadores

12 fevereiro – 23h08

Ocupar novos territórios nunca foi tão eficaz ou pacífico quanto os líderes do Eixo anteviam. Apesar de, às vezes, recebidos como libertadores, a Alemanha, o Japão e a Itália nunca conseguiram traduzir a aceitação inicial em apoio concreto e conhecimento local que pudessem ajudá-los a vencer batalhas. Por serem controladores implacáveis. Perseguiam grupos étnicos, faltavam às suas promessas de independência e liberdade política, saqueavam recursos e matavam civis. A sua conduta opressora suscitava a resistência local e desviava-os de operações militares importantes. Não é a melhor estratégia para vencer uma guerra...

Frente Interna

19 fevereiro – 22h15

A liderança de um país precisa da confiança e do apoio dos cidadãos para travar uma guerra com êxito. Porém, quando os combates se aproximam e as bombas caem nas cidades e vilas da pátria, esse apoio pode cair. Para a Itália, a Alemanha e o Japão, a maré da guerra começou a voltar-se contra eles em 1943. Quando os combates chegaram a esses países, o apoio aos líderes evaporou-se. Com perdas enormes no terreno e cada vez mais vítimas civis, concentraram-se desesperadamente em limitar os danos. Depois disso, os dias de Hitler, Mussolini e o imperador Hirohito ao leme estavam contados. Perder a confiança dos cidadãos e fechar os olhos às suas necessidades é mais uma forma de se perder uma guerra.