Dario Fo, Prémio Nobel da Literatura em colaboração com Franca Rame escreve e reescreve entre 1974 e 2008, esta comédia de intervenção, fruto do contexto de sucessivas crises económicas em Itália.
A história desenrola-se a partir de uma situação que envolve Antónia num protesto de donas de casa contra o aumento dos preços dos produtos dentro de um supermercado, do qual sai levando alguns produtos sem pagar. Em plena fuga encontra Margarida que a ajuda a levar os sacos para casa.
Chegadas a casa, precisam de os esconder, pois o marido de Antónia, "legalista como é " não irá certamente compactuar com uma situação de roubo. Margarida aceita ajudar a esconder o saque, começa aí um conjunto de manobras de diversão para despistar os maridos e a polícia que iniciou buscas em toda a vizinhança.
No meio desta confusão hilariante, com reviravoltas inesperadas a cada instante, junta-se a crise na fábrica onde trabalham os seus maridos e temos os ingredientes para uma comédia mordaz de crítica, mas também de consciência social.
Esta peça de teatro pode ser vista até segunda-feira, com tradução de Gil Salgueiro Nave e encenação Elsa Valentim e José Peixoto contas nos principais papeis com a interpretação de Graciano Amorim, Jorge Silva, José Peixoto, Marco Trindade, Patrícia André e Raquel Oliveira e os estagiários Joana Batalha (ESTC) e Miguel Cruz (Act – Escola de Actores).
Uma produção Teatro dos Aloés 2025.