Amílcar Correia voltou ao Kosovo 25 anos depois de estalar a guerra. Harmonizou aventuras, granadas e a história do conflito num livro, que agora publica como prova de que nada está suficientemente no passado – e de que podemos ter uma bomba-relógio na Europa.
O fim da Jugoslávia parecia fechar um capítulo sombrio, mas as tensões no terreno provam que as cicatrizes continuam abertas. Entre identidades que chocam e interesses geopolíticos que se cruzam, esta região permanece numa encruzilhada perigosa, onde a paz é frágil e o futuro incerto.
Amílcar Correia chegou ao Kosovo, como repórter enviado pelo jornal Público, nas semanas que antecederam o fim da guerra. Viu com os seus próprios olhos o rasto de destruição, ouviu o silêncio rouco das aldeias ou os tiros cruzados entre vizinhos: sentiu a brutalidade de uma guerra vivida de perto. Algumas dessas histórias acompanhavam-no há anos, mas contava-as em conversa. Agora, foram ao papel.
Este livro propõe uma análise clara do passado e do presente. É uma leitura fundamental para quem procura compreender a dinâmica que impede o avanço da paz e o alargamento europeu.
Editado pela Ideias de Ler, Da Jugoslávia ao Kosovo - A Mais Breve História de um Conflito já se encontra nas livrarias.
Amílcar Correia apresentará o livro na Feira do Livro de Lisboa no dia 15 de junho, às 18h00, no Auditório Norte. A sessão contará com o autor e a presença de Jorge Moreira da Silva.
Sobre o Autor
Amílcar Correia foi o jornalista enviado do Público à guerra do Kosovo, em 1999, onde regressou 25 anos depois. Entre 2018 e 2023 foi diretor-adjunto e responsável pelo Público online. Criou, fundou e dirigiu o projeto digital P3 e foi jornalista residente no Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, nos EUA. Atualmente, é redator principal do Público. Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Fernando Pessoa, Amílcar Correia nasceu em São João da Madeira, em 1966. Em 2007 publicou o livro A Balada do Níger e Outras Estórias de África.