Conhecemos da Ilíada o nome de heróis masculinos como Aquiles, Heitor, Ulisses e Agamémnon. Mas e elas? Onde estavam as mulheres da Ilíada no decorrer da Guerra de Troia? Quem foram, na verdade, Helena, Briseida, Cassandra, Andrómaca ou Hécuba? Em Míticas – As Mulheres da Ilíada, a historiadora e classicista Emily Hauser reconstrói, através de dados dos textos originais, de recentes descobertas arqueológicas e de estudos de ADN a vida das mulheres que estiveram no centro da História, mas à margem das narrativas.
Míticas propõe uma releitura do célebre poema épico da Antiguidade à luz da experiência feminina. Ao contrário daquilo a que a tradição nos habituou, o mundo antigo não foi feito apenas de homens, nem as suas histórias são as únicas que merecem ser contadas. Partindo da interseção entre literatura, história e ciência, Hauser devolve contexto, humanidade e voz a estas figuras femininas: rainhas, escravas, mães, deusas e guerreiras que viveram e morreram num dos períodos mais turbulentos da Idade do Bronze e cujos legados, até agora, permaneciam esquecidos.
Mais do que uma reinterpretação literária, Míticas – As Mulheres da Ilíada é uma investigação rigorosa, que pretende redesenhar o mundo antigo, colocando as mulheres no mapa.
Míticas – As Mulheres da Ilíada chega às livrarias a 31 de julho.
Sobre a Autora
Emily Hauser licenciou-se em Estudos Clássicos em Cambridge e doutorou-se na Universidade de Yale no mesmo âmbito de estudos. Foi Junior Fellow da Harvard Society of Fellows e é professora de História Clássica e Antiga na Universidade de Exeter. Colabora com muitas organizações e redes dedicadas aos Estudos de Receção Clássica e Mulheres nos Clássicos, incluindo o Women's Classical Caucus (no Reino Unido e nos EUA), o Durham Centre for Classical Reception, o Institute for the Classical Tradition da Universidade de Boston, o Institute of Greece e o Centro de Receção Clássica da Universidade de Exeter.