O ZigurFest está de volta a Lamego para celebrar 15 edições marcadas pela liberdade artística e reinvenção permanente. De 31 de julho a 2 de agosto, o festival reafirma o seu compromisso com a pluralidade, a inclusão e o território, apresentando um programa multidisciplinar que cruza música, artes visuais, performance e criação comunitária, sem nunca perder o diálogo com o património e a comunidade local.
Criado em 2011, o ZigurFest tem vindo a afirmar-se como um espaço de descoberta, colaboração e resistência cultural, e também de renovação, continuando a cumprir a sua tradição de não repetir artistas de edições passadas na programação. Este ano, o festival volta a apostar em parcerias com artistas e instituições locais, e em propostas que transformam Lamego num laboratório de criação e partilha.
O festival arranca oficialmente a 31 de julho, com a apresentação do programa (14h30) e a inauguração da exposição “Lá Está, o Sol” (15h00), fruto da residência artística de Bá Álvares e Oro Íris com a Associação Portas Prá Vida, com curadoria de Philippe Pires da Luz e apoio do Museu de Lamego. Esta colaboração estende-se ao design da edição: todos os materiais gráficos do festival partem de trabalhos dos utentes da associação. Uma parceria que pode ser levada para casa, através do merch que o festival terá este ano: t-shirts, totes e posters.
O mesmo dia marca a estreia do ZigurFest em Cambres, com concertos de Evaya, Amijas e a apresentação do projeto de residência entre a Banda Marcial de Cambres e Jerry the Cat.
À semelhança dos últimos dois anos, voltam à aliança com a Fundação de Serralves para apresentar “De um ponto nasce o mundo”. Este workshop de Filipa Valente dialoga com a exposição “ecos, rastos, ritmos” (patente na Casa do Artista de Lamego) que reúne obras de Pedro Tudela e Jorge Pinheiro. O workshop irá decorrer no dia 31 de Julho, pelas 16h30, na Casa do Artista. A participação é gratuita e a inscrição será feita no dia, por ordem de chegada.
O workshop de criação musical "Furor Iminente" decorre ao longo dos três dias e está aberto à comunidade que goste de música, quer tenha conhecimentos musicais ou não. A apresentação final acontece no Palco Ponte, a 2 de agosto. As inscrições podem ser feitas através do site oficial do festival: www.zigurfest.com.
No mesmo espírito de abertura, regressa também a ZIGUR.FM, uma rádio temporária online, com chamadas abertas a criações sonoras (mixtapes, dj-sets, colagens, etc.) de todo o país. As submissões podem ser feitas através do formulário disponível no site oficial.
Entre os destaques desta edição surge também “Ocupação para o Fim do Mundo”, de Cárin Geada e Cristina Planas Leitão, uma criação encomendada pelo ZigurFest que ocupará diversos espaços do Teatro Ribeiro Conceição, podendo ser vivida pelo público entre as 21h00 e as 23h00 nos dias 1 e 2 de Agosto. Também a programação do Palco Ponte promete dar que falar, com os concertos de Van Der, I’A’V, Paulo Vicente 4tet (com Joana Guerra, Luís Vicente e Jerry the Cat) e Just Fish a acontecerem à beira do rio Balsemão, onde o público é convidado a mergulhar — no corpo e na escuta — numa experiência profundamente sensorial.
O icónico Palco Olaria volta a afirmar-se como ponto de encontro incontornável na noite de 1 de agosto, recebendo os concertos de Ideal Victim, Deambula e Spitbender. Já no dia 2 de agosto, todos os caminhos vão dar à Alameda, onde, sob as copas das árvores e o céu aberto, se celebra o encerramento do festival com os concertos de Rafeiro, bcc e Fidju Kitxora.
Este ano, o ZigurFest reforça a acessibilidade com um serviço de pick-up exclusivo para cegos, com ponto de encontro no Teatro Ribeiro Conceição. O serviço pode ser requisitado via email: zigurfest@gmail.com. Os concertos de Rafeiro e bcc, no Palco Alameda, terão interpretação em Língua Gestual Portuguesa.
O ZigurFest conta com o apoio da Câmara Municipal de Lamego. O programa completo, informações úteis e formulários de inscrição podem ser consultados em www.zigurfest.com.